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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reitoria na UFSC: OCUPAÇÃO VITORIOSA!

Na última quinta-feira estudantes da UFSC decidiram em Assembleia Geral ocupar a reitoria por considerar insuficientes as medidas tomada pela reitoria desde o início do semestre, desde quando houve vários atos e uma semana de vigília. Após o reitor ter garantido o não corte de vagas no curso de economia e ter se posicionado pela abertura de diálogo por parte do governo federal em relação às reivindicações dos servidores técnico-administrativos, propôs na Assembleia aumentar o valor da Bolsa Permanência para R$ 420,00 reais (que não cobria o reajuste da inflação do período), no entanto, com o corte de 150 novas bolsas.
Após um dia de ocupação o movimento cresceu e os estudantes chamaram o reitor para uma mesa de negociação, demonstrando disposição ao diálogo. Nesse momento, a administração central se mostrou irredutível, fechando qualquer canal de negociação, dizendo que não negociaria com os estudantes até que desocupássemos a reitoria. Debatemos nossas propostas logo após a primeira reunião de negociação e determinamos que não sairíamos da reitoria sem tentar novamente uma abertura de diálogo e uma futura conquista. No terceiro dia de ocupação buscamos novamente o diálogo com o reitor e a segunda reunião mostrou que nossas expectativas com a futura negociação estavam corretas, pois o reitor ao fim da reunião ventilou uma proposta. Manteria o aumento da Bolsa Permanência de R$ 420 sem o corte das 150 novas bolsas. Compreendemos que era ainda muito insuficiente, além de não haver nenhuma garantia formal assinada pelo reitor.
Discutimos mais uma vez na ocupação e decidimos resistir, chamando mais uma reunião de negociação no quarto dia de ocupação. Como antes, as reuniões da ocupação só cresciam, contando em vários momentos com mais de uma centena de estudantes. A reivindicação do aumento estava pautada na inflação de 2008 a 2011 segundo dados do IBGE, valor calculado em R$ 441,04, o mínimo sem o qual não desocuparíamos a reitoria. Além disso, reivindicamos a criação de uma comissão paritária e permanente que discutiria o reajuste anual da bolsa permanência, uma audiência pública que avaliaria as propostas da referida comissão, a manutenção das 150 novas bolsas cortadas, garantia de todas as conquistas do movimento (manutenção do posicionamento contra o corte de vagas, calendário da conclusão das obras e o reconhecimento das reivindicações dos servidores e pela abertura de diálogo por parte do governo), além da garantia de não criminalização dos estudantes e/ou suas entidades que participaram da ocupação. Esta terceira reunião foi, na verdade, a única que realmente garantiu a negociação por parte da reitoria. Saímos dela com todas reivindicações assinadas, com exceção do aumento para R$ 441,04.
Após avaliarmos a proposta por escrito do reitor, a assembleia da ocupação decidiu fazer mais uma contra-proposta, demonstrando real abertura ao diálogo por parte do movimento. Nossa proposta era que o reajuste de 2012 da Bolsa Permanência partisse do mínimo de R$ 441,04. Fizemos a última conversa de negociação com o reitor por telefone e saímos vitoriosos!

Nossas vitórias:
1)      Reajuste imediato da Bolsa Permanência para R$ 420,00;
2)      Manutenção do edital que lança 150 novas Bolsas Permanência;
3)      Criação de uma Comissão Paritária Permanente para o reajuste anual da bolsa, com o mínimo de 5% (R$ 441) para início de 2012;
4)      Audiência Pública sobre os trabalhos da comissão;
5)      Garantia das conquistas do movimento estudantil acordadas previamente à ocupação da reitoria (posicionamento contra o corte de vagas, calendário de conclusão das obras);
6)      Reconhecimento das reivindicações dos servidores técnico-administrativos e pela abertura de negociação pelo governo federal;
7)      Não criminalização dos estudantes e/ou das entidades estudantis que realizaram a ocupação.
Esta luta é um exemplo e demonstra a força do movimento estudantil organizado. A ocupação é um instrumento de luta legítimo e muitas vezes necessário. A decisão que os estudantes tomaram em assembléia resultou em avanço nas conquistas e no fortalecimento do movimento estudantil.
Chamamos todos estudantes a seguir na luta, pois unidos teremos ainda mais vitórias.
Frederico Maragno Reinheimer

Nova onda de lutas no movimento estudantil:


Parece que os ventos da juventude indignada em todo o mundo, chegou ao Brasil. Só nessa semana da Jornada Nacional de Lutas, 7 reitorias foram ocupadas e 3 greves gerais de universidades estão em curso.
Todo mundo reconhece que 2011 foi um ano que começou diferente. Dia 25 de janeiro, começou uma Revolução no Egito e fez a força da praça Tahrir ocupada derrubar a ditadura de Mubarak e se tornar incentivo para a luta de jovens de todo o mundo. Foi assim na Espanha, Portugal, Grécia, Inglaterra, mais recentemente no Chile.
Os ventos da primavera árabe e do movimento 15-M parece que chegaram ao Brasil. Após o início das aulas, os estudantes vem se mobilizando com força em diversas universidades do país, fazendo assembléias com centenas de alunos que tem votado greve, manifestações e ocupações de reitoria, método muito utilizado no último ascenso estudantil de 2007.
Atualmente, a UFPR e a UNIFESP se encontram em greve geral, além dos Institutos Federais da Bahia, antigos CEFETs. Só nessa semana, as reitorias da UFPR, IFBAs, UFSC, UEM, UFF, UFES e UFS foram ocupadas. Todos as lutas expressam solidariedade à greve dos servidores federais e tem impulsionado indicativos de greve também dos professores universitários.
A semelhança nas pautas específicas é impressionante. Tratam-se de problemas acumulados nas universidades desde a expansão de vagas que se iniciou em 2007. Depois do aumento do número de alunos, a já pouca assistência estudantil se agravou muito, e hoje faltam vagas nas moradias, refeições nos restaurantes universitários, poucas bolsas e valores muito baixos. O governo federal, quando decretou o REUNI, não o fez de forma responsável. É fundamental que aumente o índice de jovens nas universidades, que não passa dos míseros 14%, o que é inaceitável é empurrar uma condição de ensino precária, com falta de estrutura, professores e sem a garantia da permanência estudantil.
É evidente que essa situação das universidades e institutos federais revela a enorme importância do aumento do investimento na educação pública. Atualmente, menos de 5% são investidos, e o governo Dilma, além de ter cortado no início do ano 3,1 bilhões de reais da educação, propôs um novo Plano Nacional da Educação que prevê um residual aumento de 7% do PIB, só para 2020! É por isso que a luta para resolver os problemas específicos de cada universidade, passa necessariamente por fortalecer a campanha nacional em defesa de 10% do PIB pra educação pública já! Campanha esta que está ganhando adesão de cada vez mais entidades e movimentos em todo o Brasil.
Outra semelhança entre todas as lutas é a ausência da União Nacional dos Estudantes. A UNE não apareceu em nenhuma para prestar apoio, e não é difícil entender a razão. Todas, sem exceção, acabam por se chocar contra o governo Dilma e sua política educacional, em especial o novo PNE. A UNE também não apareceu no dia 24 de agosto, na grande Marcha em Brasília que reuniu mais de 20 mil trabalhadores, sem terras e estudantes. Fica cada vez mais claro que a sua defesa dos 10% do PIB pra educação serve mais para aplaudir o governo do que realmente organizar a luta estudantil na base.
É necessário que as lutas em cada uma dessas universidades e colégios se fortaleçam e que, nas demais, as entidades estudantis construam iniciativas de luta para defender a qualidade da educação pública. Isso passa pela formação dos comitês da campanha dos 10% do PIB para educação pública já, organizando as entidades, planejando debates, seminários, manifestação e a construção de um grande Plebiscito Popular em novembro. É dessa forma que a luta da juventude brasileira pode se potencializar e alçar vôos ainda mais altos, trazendo os trabalhadores pras ruas junto conosco, e realmente transformando a educação em nosso país.
FONTE
Enquanto isso, o Andes-SN fez vista grossa para o indicativo de greve dos professores em várias federais e aprovou um acordo rebaixado com o MEC. Será isso sinal de medo de perder a base para o Proifes ou indicativo de uma nova política do Sindicato mais afeita à negociação com o governo federal?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A BAHIA PÁRA NOS DIAS 30 E 31 DE AGOSTO!

NENHUM PASSO ATRÁS! NENHUMA CONCESSÃO AO GOVERNO!

Unanimidade!
OS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DA BAHIA decidiram REJEITAR A PROPOSTA DO GOVERNO e votaram a favor da suspensão do projeto de lei na Assembleia Legislativa da Bahia. As entidades sindicais reunidas também apresentaram e votaram a proposta de paralisação das atividades, por 48 horas de todo funcionalismo público estadual, na próxima terça e quarta-feira.Na próxima segunda-feira, 29, haverá uma plenária com servidores e as entidades no auditório da Fetrab na Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia – AFPEB, na Rua Carlos Gomes, 95, Centro – Salvador-Ba.O Sindicato dos profissionais de Educação do Estado da Bahia, mais uma vez da provas de que não corresponde as expectativas dos filiados. O Sr. Rui Oliveria, secretário geral da entidade, afirmou na Assembléia Legislativa da Bahia, na última terça-feira, que as mudanças no PLANSERV teriam que acontecer e que ele não estava lutando contra o Projeto, mas pela reformulação do Projeto, que não tinha jeito o governo não ia abrir mão.Afinal, nós contribuimos para o Sindicato para que? Para mais gente falando em nome do governo ou defendendo o trabalhador? Se o sindicato tem na diretoria membros de partido que compõem o governo, problemas destas pessoas. E a categoria deu a resposta acertada, se mobilizou, manifestou-se na Assembléia e votou pela retirada do PROJETO nº 19.394/2011.Não são apenas restrições ao uso para emergências e urgências, o projeto prevê aumento no pagamento do beneficiário, dependentes e agregados, prevê o reajuste automático anual através de decreto do governador, sem que passe pela ALBA, além de outras alterações, todas extremamente graves e prejudiciais ao trabalhador. 
A ASSISTÊNCIA QUE OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO MAIS PRECISAM, O PLANSERV NÃO DISPONIBILIZA. TRATAMENTO DA VOZ.
ESTE GOVERNO JÁ PRIVATIZOU A BR-324, TERCEIRIZOU (PRIVATIZOU) OS SERVIÇOS NAS ESCOLAS E HOSPITAIS PÚBLICOS, A FONTE NOVA, ETC E AGORA QUE FORÇAR OS SERVIDORES A FAZEREM PLANO FUNERÁRIO. POR TUDO ISTO.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Quem são vocês? SOMOS ESTUDANTES!"

Luana Diniz,
Coletivo ‘A manhã desejada – ANEL LONDRINA’

Essa foi a palavra de ordem mais entoada por cerca de 600 estudantes na tarde da última quinta-feira, dia 25, no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Alunos do campus de Maringá e os companheiros que cursam graduação nas extensões de Umuarama, Cianorte e Cidade Gaúcha, se uniram em uma mesma campanha. A razão do ato era o fim do prazo para a reitoria dar uma resposta concreta a respeito das reivindicações que exigiam a contratação de mais funcionários para o Restaurante Universitário (R.U.) realmente atender a demanda - aliás, as extensões nem R.U. possuem -, cardápio vegetariano, a construção da segunda unidade do R.U., pela retirada da pauta do Conselho de Administração do ponto que se refere ao financiamento estudantil por meio das fotocopiadoras e cantinas.
A pauta específica foi essa relatada acima, porém os estudantes protestam contra uma medida muito mais ampla que é o corte de verbas que acontece na universidade, uma realidade que não é uma particularidade da UEM, mas que vem ocorrendo em todo país. Com o repasse de verbas reduzido para a educação, o governo ataca cada vez mais o ensino já precário das instituições públicas. Se não bastasse o abandono da estrutura física de muitos prédios nos diverso campus espalhados pelo país, ainda há a falta de professores, laboratórios sem equipamentos necessários, ausência de políticas efetivas de acesso e permanência. Por essas razões, devemos intensificar a luta pelos 10% do PIB para a Educação, Já! por meio de ocupações, de discussões, de paralisações, nós temos que pressionar os governos estaduais e federal a atenderem nossa reivindicação de mais verba para a educação imediatamente! Só assim iremos transformar essa lamentável realidade na qual se encontra nosso ensino. Não queremos menos do que 10% PIB para a Educação! Investimento já por uma formação com qualidade e para todos.

2011 - A Greve de professores e estudantes na UESB

          Os meses de março e abril de 2011 trouxeram dias desagradáveis para o governo do Estado da Bahia e os Reitores das Universidades públicas baianas e, em particular, da UESB. Nos dias 29 e 05, estudantes e professores, respectivamente, deflagraram uma greve cujos desdobramentos políticos surpreenderam a muitos, principalmente antigas lideranças sindicais acostumadas ao ritual das negociações no interior das salas governamentais.
As motivações para o movimento já vinham de algum tempo: o sucateamento crescente da educação pública, os ataques desferidos contra a autonomia universitária, a ausência de uma política de permanência estudantil. Todavia, o que o impulsionou foi a publicação do Decreto nº 12.583/11 ao impor várias medidas de contingenciamento aos serviços públicos no Estado e a maneira capciosa pela qual o governo do Estado pretendia conduzir a assinatura do acordo com os docentes, assegurando a incorporação de 70% da CET aos salários desde que a categoria não realizasse greve por um período de quatro anos (2011-2015). Estudantes e professores repudiaram a atitude autoritária e a irresponsabilidade do governo petista no tratamento da coisa pública e, por mais de dois meses, sustentaram uma greve que denunciou a permanência de uma política de destruição das Instituições públicas e as dificuldades para se fortalecer a luta mesmo diante de problemas tão gigantescos. A greve foi de extrema importância para o aprendizado político e a retomada da luta em defesa de melhores condições de trabalho e de ensino. Por isso mesmo, é preciso examinar algumas questões surgidas no decorrer do movimento de modo a dimensionarmos sua potencialidade e contradições.
1. O descenso dos movimentos estudantil e docente
A greve ocorreu em momento em que os movimentos estudantil e docente haviam passado por forte descenso. A sua retomada mostrou-se – e ainda mostra-se – difícil. A experiência acumulada pelos estudantes, quanto ao último período, não lhes era estimulante nem de envergadura suficiente para ampliar-se em número de militantes e em formulação política: mesmo instrumentos de representação institucional mais ampla inexistiam (o DCE há tempo estava vago e, com raríssimas exceções, os CA’s encontravam-se desestimulados, tendo ocorrido casos em que fora difícil articular chapa para concorrer às respectivas diretorias). Para muitos estudantes, a percepção é de que esse modelo de representação encontra-se superado e desmoralizado. O que se viu no decorrer do movimento foi o espírito de luta e avanço político de vários estudantes comprometidos em realizar mobilização independente de suas representações. Combateram fortemente a letargia acadêmica tendo a capacidade de articular propostas e enunciá-las, mesmo em situação adversa de um corpo estudantil cuja tradição recente fora, no âmbito político, ressoar propostas e aparelhismo de uma nova direita.
Os professores ressentiam-se, igualmente, de letargia: havia poucos dissidentes das diretrizes políticas de um grupo majoritário, o qual restringia a atuação ao âmbito negociador do sindicato e que convergia com a reprodução política dessa nova direita, mesmo quando esta submeteu-se, ainda mais, ao conciliábulo de experientes quadros sobreviventes do carlismo/ditadura.
O ambiente, assim, não era propício a um movimento mais afirmativo: o que restava da velha direita no movimento docente facilmente foi atraído e dissolvido em articulação e em aceitação de propostas formuladas por outro grupo, o majoritário, que, a passos rápidos, em situação subordinada, aninhou-se no poder, domesticou-se e hoje, em condomínio político, ajuda a gerenciar o Estado a serviço do capital.
Podia-se, legitimamente, antever que a greve anunciada seria aquela ultimamente tão conhecida: com data para começar, data para findar e pauta aceitável pelos governantes porque rebaixada, economicista, sem vontade alguma de alterar o mínimo. O ambiente não se apresentava favorável a paralisação de atividades acadêmicas e mobilização politicamente afirmativa.
 2. A Surpresa
O que surpreendeu, no entanto, foi o fato de que, em ambiente contraposto à mobilização, os estudantes anteciparam-se à greve que prometia ser apenas reduzida articulação e negociação sindical. Apesar do ambiente geral de demorada desmobilização e infenso à luta, um número apreciável de estudantes conseguiu surpreender com suas assembléias, seus piquetes e sua deflagração de greve. A consciência da manipulação, que há muito torturava estudantes, a insatisfação quanto ao amesquinhamento de sua posição, a desconfiança diante do ensino oferecido, a falta de política de permanência estudantil, os custos pesados de estudar em escola pública sucateada, a indiferença de professores e gestores auxiliou a ainda tímida retomada de preocupação política e a mobilização. Os estudantes conseguiram, apesar do ambiente adverso, parar a Universidade antes mesmo do que era previsto pelo sindicato dos docentes e com nível de preocupação maior, inclusive quanto ao sentido do decreto contigenciador do governo.
 3. O encontro
O movimento que motivou os estudantes também motivou grupo de professores, pelas mesmas questões e por terem projeto político divergente com o que vem ocorrendo no encaminhamento sindical, além de entenderem a universidade de modo diverso, diferenciando-se da direita tradicional e da nova direita. Mas, tal como ocorria (e ocorre) com os estudantes que comandaram a paralisação, não há unidade teórica e estratégica entre os professores que divergem da forma como está vegetando a universidade e da política colaboracionista do sindicato.
O encontro entre esses dois grupos (estudantes e professores que divergem do grupo majoritário) foi frutífero, inclusive porque, logo formularam o consenso não divergente de propósitos e que as reivindicações convergiam para o mínimo atendimento de que é necessário retomar a discussão de projeto de universidade e estancar a onda avassaladora da prática governamental que vem sucateando a universidade. Em síntese, esse foi o espírito dos atendimentos, mesmo com divergências pontuais.
4. Evidentes limitações
O quadro descrito implicava em claras limitações: força majoritária daqueles que viviam ou convergiram no e para o sindicato e demorado descenso dos movimentos discente e docente, não unidade dos grupos divergentes, referenciamento subordinado do sindicato aos grupos que partilham o governo. Mesmo quando a chibata foi acionada pessoalmente por integrantes “históricos” do grupo majoritário que, com unhas, dentes e cinismo, ocuparam o primeiro plano da repressão direta e/ou da ressonância desta, o que se viu foi a preocupação da nova direita em protegê-las.
O fato demonstrava as dificuldades dos sócios subordinados, dos condôminos minoritários, diante de gerentes e síndicos obsequiosos: como deveriam portar-se os sindicaleiros? – Rebaixando a pauta para deter a fúria dos amigos governantes fortemente incomodados com os molengos que permitiram a extrapolação do faz-de-conta em que se haviam tornado anteriores greves meia-boca. Mas também: impedir propostas que representassem qualquer avanço, desqualificar e esvaziar a Assembléia Universitária, hostilizar os estudantes.
 5. Fúrias também se encontram
A fúria governamental (corte de salários, desqualificação dos órgãos colegiados, propaganda mentirosa, intervenção direta na universidade, proposta de perda de liberdade etc.), teve como contrapartida a fúria da nova direita acomodada, aí representada por sócios minoritários que esperam a mesma escalada de seus membros que ora compartilham a administração do Estado.
As fúrias se encontram, mas para ferir as mesmas pessoas. Ambas as fúrias opressoras que elegeram os adversários como inimigos e que buscaram uma negociação rebaixada – e insatisfatória – que terminou prevalecendo. Triste situação: lutar junto com amigos para abafar movimento necessário de retomada, de no mínimo, um clima de decência política na universidade. Mas, a fúria subordinada dos sindicaleiros faz antever o início de uma mudança na qual o papel de correia de transmissão dos partidos governantes no movimento universitário estará fortemente comprometido pela deslegitimização de suas lideranças face às futuras reivindicações.
 6. Duplo movimento
Vê-se, no âmbito da greve, um duplo movimento: aquele do grupo que, como razão de ser, buscava a negociação e por isso desqualificava ações do grupo que tinha maior exigência, e aqueloutro representado por estudantes e professores divergentes que perseguiram a ampliação da greve, das mobilizações, seu referenciamento social e o repúdio ao decreto intervencionista na vida universitária. Não era possível unificar movimentos tão divergentes e mesmo a tentativa de alguns professores para a conciliação não apresentou nenhuma densidade para ampliar e substituir o profundo dissenso. Daí, a greve retomou o caminho desejado pela nova direita domesticada e alcançou aquilo que o governo perseguia: o controle direto da universidade, agora pela janela transversal da justificativa de acompanhar a aplicação do decreto contigenciador na universidade. Os furiosos agora sentar-se-ão na mesma mesa e planejarão a continuidade da destruição daquilo que resta da sempre imperfeita autonomia universitária e os ajustamentos necessários ao amortecimento de lutas dos indóceis estudantes e professores.
Um movimento cumpriu seu desiderato, porém à custa da deslegitimização de seus patrocinadores e de seu indiferenciamento diante de qualquer agrupamento da direita. Esse comprometimento poderá significar uma relação de força diferenciada na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, capaz mesmo de lançar em definitivo para os braços, um dos outros, professores que ficaram oscilando entre os dois grupos que mais dissentiram. Veja-se a situação de alguns professores que tentaram um meio conciliatório e aquele grupo que, de Jequié, participou da assembléia, mas sem qualquer viço e mesmo com a omissão diante dos maltratos aos estudantes.
O outro movimento, dos professores e estudantes que querem bem mais que negociação com pauta rebaixada, não conseguiu impedir o acerto entre sindicaleiros e síndicos do poder. No entanto, formou uma consciência crítica perante um número maior de estudantes e professores, cada vez mais desiludidos quanto as formas de mediação conciliadoras com o Estado, que tem o sindicato como interlocutor. Compreender o papel destes mediadores faz saltar a vista que a única luta possível é aquela na qual a base do movimento conduza os caminhos a serem seguidos. O movimento é embrionário, mas pode significar a refundação da participação mais ativa do que tem sido dos docentes e discentes na vida da universidade e do meio social mais amplo. Para esses, a tarefa é difícil: um lutar na contra corrente da mediocridade e dos conciliábulos, mas há uma vaga cuja pequena crista se vislumbra nesse difícil oceano de nossa história recente. 
Vitória da Conquista, 26/08/2011

domingo, 28 de agosto de 2011

POR QUE 7% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO É POUCO?


CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS ADICIONAIS NECESSÁRIOS PARA O NOVO PNE GARANTIR UM PADRÃO MÍNIMO DE QUALIDADE

A partir da lógica utilizada nas notas explicativas e na planilha de custos apresentadas pelo Ministério da Educação (MEC) para justificar suas opções na elaboração do PNE 2011/2020, foi publicada uma Nota Técnica (NT) com o objetivo de calcular qual deve ser a “meta de aplicação de recursos públicos em políticas educacionais como proporção do produto interno bruto (PIB)” (CF/88, Art. 214, Inciso VI) para o cumprimento de dois princípios da Constituição Federal de 1988 (CF/88): garantir a “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” e o “padrão de qualidade”.
Àqueles que desejarem conhecer o documento, clicar NOTA TÉCNICA.

sábado, 27 de agosto de 2011

liderança dos estudantes chilenos denuncia repressão dos carabineros durante a greve nacional

Santiago, 26 ago. 2011, Tribuna Popular TP.
Camila Vallejo, presidenta de la Federación de Estudiantes de la Universidad de Chile, repudió la brutal represión de Carabineros en contra de los manifestante en el Paro Nacional del 24 y 25 de agosto, que resultó con miles de detenidos, cientos de heridos y un adolecente asesinado por, según testigo, disparos de parte de las fuerzas represivas del gobierno.
Como en los peores momentos de la dictadura militar en Chile, el gobierno de Piñera responde con represión, asesinato y asalto en contra de una ciudadanía que exige cambios de raíz en la institucionalidad de Chile.
A través de su cuenta Twitter, Camila Vallejo, fue denunciando la violenta actuación de Carabinero en medio de las protestas en distintos lugares del país, y las agresiones premeditadas con objetivos precisos de herir a los manifestantes a través del lanzamiento a escasos metros y al cuerpo de las bombas gas lacrimógeno y balines de goma, sin contar los disparos que se han denuncias en distintos lugares.
“Carabineros ha actuado de manera violenta porque se está utilizando de manera desmedida los balines de goma, que se están lanzando a no más de cinco metros de distancia de los estudiante lo que ha dejado a cinco compañeros heridos, y producto del uso de las bombas lacrimógenas han sido heridos otros dos compañeros, uno en el área cercanías a los ojos y también en el rostro”, señaló la dirigente.
Camila Vallejo además hace un llamado a la ciudadanía a denunciar los actos de violencia y entregar la información para respaldar las denuncias que se presentarán de la represión de carabineros.
Para a matéria completa, clicar TRIBUNAPOPULAR.

Estudantes da UFSC ocupam reitoria

Nota de Esclarecimento dos estudantes da UFSC

Depois de um processo de mobilizações que culminaram no Ato "Prata receba meu recibo", ocorrido dia 17/08, iniciou-se uma vigília no hall da reitoria. Essa vigília teve como objetivo fazer com que o Reitor Álvaro Prata se manifestasse publicamente a respeito dos problemas que se tornaram evidentes desde o final do semestre passado, com a falta do R.U., e da B.U., demonstrando a precarização da estrutura universitária.
No processo de negociação estabelecido durante a vigília obtivemos algumas conquistas, como o posicionamento do reitor contra a redução de vagas na UFSC. Porém o corte de vagas também ocorre de forma indireta, através da falta de políticas de permanência, fazendo com que muitos estudantes abandonem seus cursos.
Por isso exigimos que se faça, ao menos, um reajuste da bolsa permanência com base na inflação ocorrida entre 2008 e 2010, que eleva a bolsa à R$470,00, democratizando assim o acesso e a permanência ao ensino superior.
O aumento proposto pelo reitor sequer atende este reajuste inflacionário. Sua proposta, de R$420,00, não somente é insuficiente, mas também é falaciosa, pois se baseia na redução do número de bolsas.
Durante toda sua gestão o Prof. Prata não concedeu nenhum reajuste da bolsa permanência e o aumento do número dessas não acompanhou o processo de expansão de vagas ocorrido na universidade durante o mesmo período.
Como o reitor se nega a atender este pedido os estudantes em assembléia, no dia 25/08, votaram por ocupar a reitoria. É preciso deixar claro: não estamos tomando nenhuma atitude precipitada ou autoritária como afirmou o Prof. Prata, em nota publicada à comunidade.
O instrumento da ocupação só foi utilizado diante da constante negativa do reitor em atender a reivindicação de ajuste da bolsa permanência e as demais pautas. Esta é uma decisão interna da universidade (orçamentária) e só depende das prioridades da reitoria. Em nenhum momento nos negamos a ouvir o reitor e mesmo em ocupação reiteramos que estamos abertos ao diálogo e as negociações.
Somente nos manifestando e a pressionando a reitoria de forma enfática é que teremos nossas reivindicações atendidas.
A ocupação é um instrumento legítimo utilizado pelo movimento estudantil para conquistar suas pautas de luta. Esperamos que toda a sociedade compreenda que esta não é uma luta só dos estudantes mas de todos aqueles que defendem o ensino público, gratuito, de qualidade e de amplo acesso.
Não é a ocupação da reitoria que prejudica os estudantes, como afirmou o Reitor, mas sim a falta de estrutura e sua irresponsabilidade administrativa e política que precarizam o ensino. Não estamos exigindo nem menos, nem mais, apenas o que nos é de direito.


FONTE: OCUPÇÃOREITORIAUFC.

PRIMEIRO CONGRESSO FREIRIANO INTERNACIONAL VIRTUAL DE EDUCACIÓN TRANSFORMADORA PARA A LIBERTAÇÃO

I. CONSIDERACIONES GENERALES

Durante los días 15(Setiembre) al 6(Octubre) del 2011 se celebrará el I Congreso Freiriano Internacional Virtual de Educación Transformadora para la Liberación, con el nombre de EDUTRAL 2011, Edutral que corresponde a las iniciales de Educación Transformadora para la liberación en homenaje al natalicio de Paulo Freire el 19 de setiembre de 1921.
EDUTRAL 2011 es una conferencia anual sobre educación freiriana transformadora para la liberación, organizada sobre plataforma Internet por Foro-Red Paulo Freire Perú-Mundo, cuya exposición de ponencias, debate y diálogo será a través del foro virtual:http://es.groups.yahoo.com/group/peruforopaulofreire/ . Y expuestos en forma permanente en el blog del foro, o panel virtual a efectos del Congreso: http://peruforopaulofreire.blogspot.com/ donde se creará paneles virtuales para cada ponente y a través de los cuales se expondrán también los acuerdos y conclusiones.

EDUTRAL 2011 desea unir y representar a educadores individuales y organizaciones e instituciones nacionales e internacionales del mundo de la educación, interesados en la forja y diálogo de una base de conocimiento, en relación a la educación transformadora para la liberación.

EDUTRAL 2011 debe entenderse como una reunión educativa científica que utiliza como canal de comunicación Internet, de forma que los participantes acuden, desde sus propias computadoras u ordenadores con las mismas posibilidades y características que los congresos convencionales, al menor costo posible y con la más amplia participación y mayor comunicación entre participantes.
Para maiores informações, clique PAULOFREIRE..

Chile vive segundo dia da greve geral de trabalhadores

A quinta greve nacional desde o retorno da democracia em 1990 reflete que há algo que resiste à mudança no Chile: a direita que criou o atual modelo econômico, político e social instaurado com a ajuda do ditador Augusto Pinochet nos 17 anos que durou sua ditadura. Mobilização reúne trabalhadores e estudantes: os dois atores que mais perderam com a sociedade de mercado instalada pela direita, aprofundada pelos governos da Concertação entre 1990 e 2010 e radicalizada pelo atual governo. A reportagem é de Christian Palma, direto de Santiago do Chile.

 
A quinta greve nacional desde o retorno da democracia em 1990 reflete que há algo que resiste à mudança no Chile: a direita que criou o atual modelo econômico, político e social instaurado com a ajuda do ditador Augusto Pinochet nos 17 anos que durou sua ditadura.
Na noite de terça-feira, 23 de agosto, na véspera dos dois dias da greve convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT), a principal organização sindical do país, que representa cerca de um milhão de trabalhadores, começou a primeira grande manifestação cidadã de rechaço ao governo e ao modelo vigente com um novo e massivo “panelaço”, onde milhões de pessoas saíram de seus lares com suas panelas para protestar simbolicamente – do mesmo modo como faziam contra Pinochet – contra a precariedade dos mais pobres devido ao neoliberalismo extremo chileno.
Para ler a matéria por inteiro, clique CARTAMAIOR.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Universidades Federais: Governo recua na proposta a docentes

O caso das Federais confunde-se com o ocorrido na greve das estaduais baianas
O governo federal recuo na proposta salarial aos docentes, gerando indignação e um impasse que, ainda não se sabe se poderá ser resolvido amanhã (sexta). Depois de criar expectativas em relação à proposta apresentada sexta passada, na reunião marcada para a tarde de hoje, o secretário de relações sindicais do ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, apresentou como verdadeira uma informação que circulava desde ontem, em Brasília, através de correspondência enviada ao Ministério da Educação, segundo a qual, a proposta oficial não incluía a incidência do índice de 4% de reajuste sobre a Retribuição por Titulação (RT).

O interlocutor do governo afirmou que as entidades haviam entendido mal (“interpretação equivocada”) a proposta e que não havia sido dito que os 4% seriam calculados em cima da RT. Esse não entendimento foi negado tanto pelo ANDES- Sindicato Nacional dos Docentes como pelos membros do Fórum de Professores (Proifes). Após a decepcionante reunião, cada uma das entidades se retirou para encontros específicos com o objetivo de avaliar essa atitude considerada despropositada dos interlocutores do governo.

Para a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa Pinto, o que aconteceu nesta tarde foi lamentável. “O governo mentiu e falseou as negociações, pressionando a conclusão dos trabalhos (justificando para isso os prazos da LDO) e dando um golpe na última hora, esperando que o dado passasse despercebido”. Através da intervenção da secretaria de Ensino Superior do MEC, foi marcada uma nova reunião para esta sexta (14h), no ministério do Planejamento, cujo objetivo é solucionar o impasse.
Texto: Fritz R. Nunes com informações de Rondon de Castro
Foto: ANDES-SN
Assessoria de Impr. da SEDUFSM

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Por incrível que pareça!!!



Durante o ano de 2011, as representações docentes se reuniram com o Governo Dilma com o objetivo de reorganizar a carreira, conforme foi pactuado no segundo Governo Lula. A ideia geral era de equilibrar a carreira docente com outras semelhantes no Governo Federal, a exemplo da carreira de pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia e da carreira de pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Este texto se propõe a comparar os salários destas carreiras, desde o ano de 1998 até 2011, dentro de sua principal referência, que é o salário inicial de um pesquisador/professor com doutorado.

Metodologia
Para esta comparação, foram utilizados dados obtidos junto ao Relatório intitulado “Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais”, disponibilizado pelo Governo Federal em sua página do servidor.
Foram comparados dados de três carreiras distintas:
· Professor Adjunto 1 em Dedicação Exclusiva com Doutorado, das Universidades Federais, estando este na ativa e recebendo a Gratificação de Estímulo a Docência (GED);
· Pesquisador do IPEA;
· Pesquisador do Ministério de Ciência e Tecnologia, com doutorado.
Todas as carreiras tiveram como base o salário inicial, com as gratificações a que os servidores possuem direito, como a GED, durante o Governo Fernando Henrique. Esta gratificação foi incorporada posteriormente.
Para o cálculo da inflação foi utilizado o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), do IBGE, obtido junto ao banco de dados do IPEA.
O ano de 1998 foi escolhido como base pelo fato de ser o primeiro ano com o lançamento do caderno com os salários do Governo Federal.

Resultados
O que se vê no gráfico 1, com o salário nominal das três carreiras, é certa equivalência, estando inicialmente o pesquisador da carreira de Ciência e Tecnologia com salário abaixo das demais. O professor adjunto era o que percebia a maior remuneração em 1998 (R$ 3.388,31), quando calculado com a GED cheia (140 pontos).
Gráfico 1 – Salário nominal das carreiras, desde 1998.
Fonte: organizado pelo autor, com dados do Governo Federal
Quando observada a evolução salarial das carreiras, verifica-se que os docentes das universidades federais tiveram seus salários reajustados bem abaixo das demais. O pesquisador do IPEA recebe em 2011, de salário inicial, aproximadamente R$ 13 mil, enquanto os docentes com doutorado pouco mais de R$ 7,3 mil. Os pesquisadores do MCT recebem pouco mais de R$ 10,3 mil. Quando calculado o percentual de distorção, verifica-se que para equiparar-se aos salários do MCT, seria preciso um reajuste no salário dos docentes por volta de 41,1%, e para equiparar-se aos do IPEA, seria necessário um reajuste de 76,7%.
Esta distorção se mostra ainda mais evidente quando descontada a inflação pelo IPCA, com base em 1998.

 Gráfico 2 – Salário real das carreiras, descontada a inflação, desde 1998.
Fonte: organizado pelo autor, com dados do Governo Federal e do IPEA.
Verifica-se que houve perda salarial dos professores quando descontada a inflação do período. O salário real do professor é 2,8% inferior ao primeiro ano da série (1998). As outras duas carreiras tiveram ganhos reais dentro deste período.
Quando colocado em Base 100, descontada a inflação do período, a distorção fica ainda mais evidente, como pode ser verificado no Gráfico 3.
Gráfico 3 – Salário real das carreiras com Base 100, descontada a inflação desde 1998.
 Fonte: organizado pelo autor, com dados do Governo Federal e do IPEA.
Dada a proposta do Governo de reajuste de 4% no próximo ano e posterior congelamento do vencimento, com discussão apenas em 2013, a perda em relação à 1998 é significativa, considerando a previsão de inflação de 6,5% para o ano de 2011 e 5% para os anos de 2012 e 2013. Caso a categoria aceite esta proposta, o Professor Adjunto 1 deverá receber por volta de 86% do que recebia em 1998, já descontada a inflação pelo IPCA, conforme pode ser visto no Gráfico 4.
É possível verificar certa estabilidade nos vencimentos dos professores, desde o ano de 1998. Não há ganho significativo do salário em nenhum momento, apenas a reposição da inflação, seja no Governo FHC, seja no Governo Lula.
Gráfico 4 – Previsão de salário real das carreiras até 2014 na hipótese de aceitação da proposta do Governo, com Base 100, descontada a inflação desde 1998.
Fonte: organizado pelo autor, com dados do Governo Federal e do IPEA.
4 – Conclusão
A proposta oferecida pelo Governo Federal, além de não atender ao que teria sido acertado, de equiparação com a carreira do Ministério da Ciência e Tecnologia, ainda representa enorme perda potencial durante o Governo Dilma.
Os resultados mostraram que a realidade hoje é ainda pior do que em 1998, quando foi concedida a GED, para aqueles que a recebiam em sua totalidade, quando alcançado os 140 pontos.
5 – Referências
IPEADATA – www.ipeadata.gov.br Dados do Servidor – www.servidor.gov.br
FONTE: ACERTO DE CONTAS

Uesb torna-se membro da Udual

Estudantes, professores e técnicos poderão realizar intercâmbios
por Gisele Aguiar

A Uesb acaba de avançar mais um passo no caminho da educação de qualidade. A Universidade foi aprovada como membro titular da União de Universidades Públicas da América Latina e do Caribe (Udual), uma associação civil, que congrega instituições de nível superior, visando promovê-las enquanto capazes de intervir, nacional e internacionalmente, no processo de democratização e desenvolvimento social dessas regiões.
Para alcançar esse privilégio, a Uesb passou por uma avaliação do Conselho Diretivo da Udual, a qual foi cuidadosamente preparada pela Pró-reitoria de Extensão (Proex), contando com o total apoio e acompanhamento da Assessoria da Gestão de Projetos e Convênio Institucionais (Agespi) da Instituição.
Dentre os vários benefícios obtidos com essa aprovação, pode-se destacar: participação em fóruns de discussão e análise de modelos acadêmicos, nas diversas regiões do continente; divulgação da pesquisa acadêmica, científica e humanística através do trabalho editorial Udual em suas revistas e livros; acesso à biblioteca on-line da Udual, ao Diretório de Universidades da América Latina, seminários e produtos de informação e conferências realizadas sob os auspícios da União; e representação em fóruns internacionais como a Unesco.
Além destas oportunidades, os professores, técnicos e alunos da Universidade terão acesso à Chamada/Convocação Internacional de Mobilidade e Intercâmbio promovida pela Udual. Segundo a Proex, todos os anos haverá seleção, prevista para os meses de setembro e outubro, e em breve será divulgado o funcionamento dessa Chamada para o ano de 2012.
Fonte: UESB.

Cobertura das manifestações pelos 10% do PIB para a Educação

Caros internautas que acompanham o Forum Universitário da UESB, ontem publicamos matéria (Manifestações em SP e DF defendem 10% do PIB para a educação), dando conta dos movimentos sociais brasileiros acerca do tema educação pública.
Hoje, fizemos uma turné pelos principais jornais on line do país e trouxemos a cobertura das manifestações.Quem estava lá achou que, ao vivo, foi bem mais bonito e forte do que aparece nos jornais. Em todo o caso, vale a pena conferir!

 
http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5310947-EI8266,00-Alunos+e+professores+da+Unifesp+fazem+apitaco+por+educacao.html

http://br.noticias.yahoo.com/professores-unifesp-fazem-manifesta%C3%A7%C3%A3o-sp-165900836.html

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,professores-da-unifesp-fazem-manifestacao-em-sp,763055,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/964565-professores-e-funcionarios-da-unifesp-protestam-na-av-paulista.shtml



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jornada pela reforma agrária

Via Campesina mobiliza 17 estados em jornada pela Reforma Agrária

23 de agosto de 2011
Da Página do MST

A Via Campesina Brasil realizou protestos em 17 estados e em Brasília, na Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, que acontece em todo o Brasil desde o dia 22 de agosto.
As principais pautas trabalhadas pelo Movimento referem-se à questão das dívidas dos pequenos agricultores, cujo valor chega a R$ 30 bilhões, de acordo com o Ministério da Fazenda, e o contingenciamento do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Os R$ 530 milhões destinados para promover desapropriações de terras para este ano já foram totalmente executados. O cenário para 2012 é ainda pior: está previsto um corte de R$ 65 milhões, segundo dados do próprio Incra, com o orçamento despencando para R$ 465 milhões.
Desde segunda-feira (22/8) os movimentos que integram a Via Campesina estão acampados em Brasília com quatro mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de 23 estados e do Distrito Federal, em um grande Acampamento por Reforma Agrária nos arredores do Ginásio Nilson Nelson.
Abaixo, um balanço das manifestações.

Alagoas

Mais de 2.000 trabalhadores do campo foram mobilizados. Houve ocupação do Complexo da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, em Paulo Afonso (BA) e a sede da Eletrobrás Distribuição Alagoas, em Maceió. No início da tarde, mais duas ocupações foram realizadas: superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na praça Sinimbu e a Secretaria do Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas (Seagri).

Bahia

Cerca de 400 pessoas realizam um acampamento em frente à Universidade do Vale do São Francisco, na cidade de Juazeiro. Os manifestantes pretendem debater o problema das barragens, o combate ao uso de agrotóxicos, o incentivo à agroecologia e o endividamento dos agricultores. As linhas de crédito para o agronegócio comprometem a produção de alimentos. Cerca de 80% dos agricultores da região estão com altas dívidas, que os impede de acessar novos créditos. A dívida em todo o Brasil chega a R$ 30 bilhões.
Para acesso à matéria por inteiro, clique JORNADA.

Assembléia Universitária publiciza endereço de E-mail

A Assembleia Universitária, como deliberado em sua última sessão, em Jequié, informa a constituição de mais um meio de comunicação entre professores, estudantes e funcionários, assim como para toda a comunidade. Trata-se de um e-mail que pretende ser o canal através do qual uma comunicação saudável e profíqua se estabeleça. Qualquer pessoa que queira comunicar-se com a comissão responsável por cada uma das sessões da AU pode fazê-lo, também, pelo e-mail: au.uesb@yahoo.com.br.

Educação: Manifestações exigem 10% do PIB

Manifestações em SP e DF defendem 10% do PIB para a educação

MARIANA DESIDÉRIO
DE SÃO PAULO 24/08/2011 - 08h00
As cidades de São Paulo e Brasília recebem até o fim do mês diversas manifestações em favor da destinação de 10% do PIB do país para a educação.
As primeiras manifestações ocorrem nesta quarta-feira nas duas cidades. Em Brasília será organizada por movimentos sociais, centrais sindicais e estudantes, como parte de uma série de mobilizações. Em São Paulo o ato é chamado pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo e pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do ABC.
No dia 27 de agosto (sábado) acontece manifestação em São Paulo organizada por estudantes independentes e, no dia 31 (quarta-feira), outro ato em Brasília, organizado pela UNE (União Nacional dos Estudantes), reivindicará a mesma pauta.
O texto do Plano Nacional de Educação, enviado à Câmara pelo governo federal em 2010 e que deve valer para a próxima década, fala em 7% do PIB para a educação.
Emendas de parlamentares de diferentes partidos --dentre eles Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys (PSOL), Newton Lima (PT), Rogério Marinho e Domingos Sávio (PSDB)-- propõem o aumento do valor para 10% até 2020. O texto ainda vai ser votado pela Câmara.
PADRÃO MÍNIMO
De acordo com estudo feito pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o custo para garantir educação com um padrão mínimo de qualidade até 2020 é de 10,403% do PIB nacional.
"Para o Brasil romper com a dinâmica de só garantir o acesso --ou seja, só ampliar vagas sem qualidade é preciso 10% do PIB, em 10 anos", diz Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
O tal "padrão mínimo de qualidade" usado pela campanha prevê valorização de professores, creches com período integral e mínimo de cinco horas de aulas para as outras etapas de ensino. Inclui ainda salas de aula com no mínimo 15 estudantes (número máximo na pré-escola) e no máximo 30 (número máximo no ensino médio).
"A questão que fica é: o Brasil quer ter uma educação que combine qualidade com acesso? Se sim, precisa investir, na ponta do lápis, entorno de 10% do PIB para a educação pública", afirma Cara.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação estará presente nas manifestações que acontecem em Brasília amanhã e no dia 31 de agosto.
MARCHA DA EDUCAÇÃO
Em São Paulo, um ato previsto para este sábado (27) é organizado por estudantes independentes.
"Muitas pessoas acabam deixando de participar de protestos por temas importantes porque acham que servirão de 'massa de manobra' para interesses de terceiros. A gente quer evitar isso", diz Felipe Fontes, estudante de jornalismo da USP e organizador da Marcha da Educação, como foi batizado o ato, em referência à Marcha da Liberdade e à Marcha da Maconha.
A ideia da manifestação surgiu da visão de que, mesmo com o crescimento econômico do país e a confiança internacional, a educação não recebe a atenção devida, afirma o estudante.
"[10%] é o mínimo necessário para tirar do estado de coma profundo que se encontra o sistema de ensino do país", diz.
HORÁRIOS
As manifestações que acontecem em Brasília (nesta quarta-feira e no dia 31 de agosto) não tiveram local de concentração divulgado.
Em São Paulo, a manifestação de amanhã tem concentração a partir das 10h no Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista.
No sábado (27), o protesto em São Paulo está marcado para 13h, também no Masp.
FONTE: FOLHA

Entidades ligadas à educação pública realizam manifestação hoje na Paulista

Ato pela valorização da educação pública em São Paulo e no Brasil!

Entidades ligadas à educação pública realizam manifestação

dia 24 de agosto, na Av. Paulista
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo e a Associação dos Docentes da Universidade Federal do ABC conclamos para hoje, quarta-feira (24/11) às 10 horas, ato no vão livre do MASP. O ato reclamará valorização da educação pública em São Paulo e no Brasil. Querem, assim, repercutir no Estado de São Paulo a manifestação da Jornada Nacional de Lutas dos Movimentos Sociais que será realizada no mesmo dia em Brasília, além de mobilizar quem não poderá comparecer ao ato nacional. A intenção é sensibilizar a população para a importância de aumentar os investimentos em educação e valorizar o trabalho de professores e servidores técnicos nas universidades e escolas públicas. A manifestação contará com a participação de docentes, servidores técnicos em educação e estudantes de diversas cidades e instituições do estado de São Paulo.
Suas bandeiras:
- Mais verbas para educação pública, gratuita, de qualidade e em todos os níveis.
- Aumentar para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) o investimento em educação.
- Defesa da valorização dos salários e da carreira de professores e servidores técnicos em educação.
- Melhoria das condições de trabalho e contratação de pessoal nas universidades federais, principalmente nas unidades recém criadas pelo governo federal.
- Impedir a aprovação do Projeto de Lei 549/2009 que “congela” por 10 anos os salários e os investimentos no âmbito dos serviços públicos federais.
Mais informações:
Secretaria da Adunifesp-SSind. – (11) 5549-2501 / (11) 5572-1776

CHILE: GREVE GERAL por 48 horas


População chilena realiza greve nacional de 48 horas com forte adesão de movimentos



Apesar dos desmentidos da parte do governo chileno, mais de 80 organizações sociais já confirmaram sua participação nas mobilizações que terão lugar hoje (24/11) e quinta (25/11) no país. Além das 48 horas de paralização das atividades trabalhistas, as organizações que convocam a atividade solicitam à população "parar el consumo por dois dias”.
Em coletiva de imprensa realizada neste mês, Arturo Martínez, presidente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), afirmou que mais de 80 organizações sociais já aderiram à convocatória. Professores, estudantes, trabalhadores de transporte público, taxistas, funcionários públicos, defensores de direitos humanos, indígenas, sindicalistas e ambientalistas são alguns dos grupos que já manifestaram apoio à atividade.
"Será uma grande paralisação nacional social de todos chilenos e chilenas, onde se expressarão demandas de todos os setores sociais para que se respeitem os direitos sociais e cidadãos e se reitere a necessidade de ter no país um novo modelo econômico, uma nova Constituição Política e um novo Código do Trabalho”, destacou.
A mobilização também se somará aos protestos realizados nos últimos meses pelos estudantes chilenos contra a mercantilização do ensino. A ideia, de acordo com Martínez, é promover uma ação de unidade no país com a participação de diversos segmentos da sociedade. "Esperamos que as autoridades respondam as demandas dos trabalhadores e das organizações sociais e iniciemos um debate sobre os temas laborais e sociais”, comentou.
Para a matéria completa, clique AGÊNCIA LATINA