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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Evasão em mestrado chega a 70%

Foto Internet
Baixo valor de bolsa e exigências de trabalho levam aluno a desistir de programa de pós


DHIEGO MAIA,
DE SÃO PAULO

A pressão do mercado de trabalho e o baixo valor das bolsas para pesquisa fazem com que os índices de evasão em programas de mestrado sejam consideráveis. Isso acontece mesmo nas dez universidades mais bem colocadas no ranking de pesquisa científica do RUF (Ranking Universitário Folha).

Os cursos da pós-graduação mais afetados pela evasão são os de engenharia, tecnologia e ciências médicas.

O levantamento mostra universidades com índices acima de 10% como USP (Universidade de São Paulo) e Ufscar (Universidade Federal de São Carlos).

A maior taxa de evasão foi registrada no programa de matemática aplicada e computacional da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com 70%.

Na avaliação de pró-reitores de graduação, o baixo valor das bolsas concedidas aos estudantes explica em grande parte os índices de abandono. O valor é de R$ 1.500 para cursos de mestrado e R$ 2.200 no doutorado.

Na Unicamp, a falta delas foi a responsável pelo alto índice de evasão, diz a pró-reitora Ítala D'Ottaviano. Ela diz que a instituição disponibilizou "bolsas emergenciais para reter os alunos".

É considerado evasão quando o aluno abandona ou pede desligamento do curso. O aluno também pode ser forçado a deixar a pesquisa por não atender aos critérios de ensino, por exemplo.

Para especialistas, as oportunidades no mercado de trabalho também são fortes causas de evasão.

"O mestrando é mais jovem e mais sujeito a ficar balançado com as propostas de trabalho. Quem faz um doutorado tem maturidade suficiente para não desistir por qualquer coisa", diz Vladimir Pinheiro, pró-reitor da pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A bancária Ângela Pereira, 37, tentou concluir um mestrado profissional em matemática pela Unesp (Universidade Estadual Paulista).

As aulas ocorriam às sextas-feiras. Para estar presente, ela viajava 200 km de Guarulhos, onde mora, até Rio Claro, no interior de São Paulo. "No começo fui conciliando o mestrado com as folgas acumuladas que eu tinha no banco. Quando elas acabaram, não tive mais como deixar o trabalho."

Pereira conta que o seu mestrado era modular. Quando ela perdia um dia de aula, era difícil acompanhar o ritmo da turma na semana seguinte. "Virou uma bola de neve".

Quando tinha razão Luís Inácio: Luís Inácio (300 Picaretas)

Os Paralamas do Sucesso

 

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

 

 

Eles ficaram ofendidos com a afirmação

Que reflete na verdade o sentimento da nação

É lobby, é conchavo, é propina e jeton

Variações do mesmo tema sem sair do tom

Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei

Uma cidade que fabrica sua própria lei

Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia

Se essa palhaçada fosse na Cinelândia

Ia juntar muita gente pra pegar na saída

 

Pra fazer justiça uma vez na vida

Eu me vali deste discurso panfletário

Mas a minha burrice faz aniversário

Ao permitir que num país como o Brasil

Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado

Por um par se sapatos, um saco de farinha

A nossa imensa massa de iletrados

Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez

O congresso continua a serviço de vocês

Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão

Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição

Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena

João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena

De exemplo em exemplo aprendemos a lição

Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão

De rádio FM e de televisão

Rádio FM e televisão

 

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

São trezentos picaretas com anel de doutor

Fonte: Letrasmus

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Educação brasileira fica entre 35 piores em ranking global

São Paulo – O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) é mais um órgão internacional a martelar o que mesmo as autoridades brasileiras reconhecem: quando se trata de educação, o Brasil está mais perto dos piores exemplos do mundo do que dos melhores. Em seu Relatório de Capital Humano, o WEF colocou o país na 88ª posição de um total de 122 países quando se trata de educação.
 
Isso nos coloca mais perto dos lanternas Burkina Faso (121º) e Iêmen (122º) do que da Finlândia (1º) e Canadá (2º), que lideram neste indicador. Olhando a lista de maneira invertida, pode-se dizer que o país tem o 35º pior desempenho em educação.
Para chegar a esta nada honrosa posição, o Brasil falhou principalmente na qualidade do ensino emmatemática e ciência, quando de fato ficou entre os 15 piores do mundo, em 112º lugar (veja tabela detalhada abaixo).
Matemática já era a pior disciplina entre os brasileiros atestada no último Pisa, exame realizado com alunos de 65 países do globo cujo resultado mais recente é de 2010. O Brasil ficou então em 57º na disciplina.
 

Educação leva o Brasil – e o brasileiro - para baixo

 
O chamado Índice de Capital Humano, do WEF, mede o quanto os países permitem que o desenvolvimento de seus habitantes se converta em vantagem econômica.
 
A educação é a principal culpada por deixar o Brasil na 57º colocação geral de qualidade de mão-de-obra, já que nos demais indicadores – como emprego e ambiente estrutural – o desempenho brasileiro fica até 12 casas abaixo.
Não só isso: Brasil está melhor que a média da América Latina e de países de mesmo nível de renda em todos os pilares do índice. Menos, claro, em Educação.
 
Veja mais detalhes abaixo:
 
Indicador de educação
Posição no ranking (entre 122 países)
Acesso
 
Taxa de matrícula na educação básica
69º
Taxa de matrícula na ensino superior
76º
Diferença de gênero na educação
Qualidade
Acesso à internet nas escolas
86º
Qualidade do sistema educacional
105º
Qualidade das escolas de educação básica
109º
Qualidade do ensino de matemática e ciências
112º
Qualidade de gerenciamento das escolas
43º
Conclusão
Pessoas com mais de 25 anos com ensino médio
57º
Pessoas com mais de 25 anos com ensino superior
64º
EDUCAÇÃO (geral)
88º
 
Marco Prates
Exame
 

Brasil não cumprirá meta contra analfabetismo até 2015, afirma UNESCO

29 de janeiro de 2014

O Brasil tem 13,9 milhões de analfabetos adultos, segundo levantamento feito entre 2005 e 2011 pela Unesco, no Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, que será divulgado nesta quarta-feira, 29. O número é maior do que a população de São Paulo, 11,8 milhões, e de todo o Estado do Rio Grande do Sul, 11,1 milhões. O País está entre os dez que concentram a maior parte (72%, no total) do número de analfabetos adultos do mundo, que é de 774 milhões, junto com Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito.


"Esse indicador mostra a parte, mas não o todo. Além de ter uma herança de analfabetos, o sistema educacional brasileiro tem produzido ainda mais analfabetos", afirma a pesquisadora em Educação da USP e doutora em Educação por Harvard, Paula Louzano. "Oito por cento das pessoas que têm ensino médio completo podem ser consideradas analfabetos funcionais, segundo o último relatório do Inaf (indicador de analfabetismo funcional)."


Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, o alto número de analfabetos no País influencia as gerações seguintes. "Em uma família em que um membro é analfabeto, há um contexto menos favorável à educação dos filhos", afirma. No entanto, para Priscila Cruz, do Todos pela Educação, resolver o problema do analfabetismo entre adultos não é tarefa fácil. "É preciso admitir que é uma área muito difícil de se conseguir resultados, pois não existe uma lei que obrigue o adulto a frequentar a escola."


Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012 mostram que, no segundo ano do governo Dilma Rousseff, a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais parou de cair. Em 2011, era de 8,6%. Chegou a 8,7% em 2012, mais longe de cumprir a meta firmada na ONU de 6,7% até 2015.


Segundo a Declaração de Dacar "Educação para Todos", elaborada pela Cúpula Mundial da Educação em 2000 e que compõe os objetivos do Relatório da Unesco, os países deveriam reduzir o analfabetismo em pelo menos 50% até 2015. "O Brasil também não vai atingir essa meta", afirma a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes. Ela afirma que o País precisa observar se os recursos para a educação estão de fato sendo bem empregados. "Além da redução no analfabetismo, o Brasil precisa alcançar uma melhor qualidade de ensino e corrigir as distorções idade/série."


Mundo


O cenário da educação em todo o mundo até o ano que vem, quando expira o prazo estabelecido pela Convenção, não é positivo. Nenhuma das metas globais do documento serão atingidas até 2015, segundo o relatório. De acordo com os dados, 57 milhões de crianças estão deixando de aprender simplesmente por não estarem na escola. Além da falta de acesso, a falta de qualidade é o que mais compromete a aprendizagem. Para alcançar os objetivos estabelecidos, que vão desde a universalização do ensino primário (1.º ao 5.º ano do ensino fundamental) à redução dos níveis de analfabetismo dos adultos, o documento pede aos governos que redobrem os esforços para todos os que enfrentam desvantagens - seja por pobreza, gênero, local de residência ou outros fatores.

 
O Brasil, porém, é citado como exemplo quando comparado com outros países, por ter receitas fiscais mais elevadas, que ajudam a explicar como investe dez vezes mais do que a Índia, por criança, na educação primária, por exemplo. A prioridade a escolas da área rural, e com maior ênfase dada a grupos indígenas altamente marginalizados, foi citada no documento como experiência que tem resultado em melhora nos números da educação, assim como as reformas que melhoraram as taxas de matrícula e aprendizagem na Região Norte. O relatório também afirma que bônus coletivos a escolas, como os que existem no Brasil, que recompensam as instituições de ensino, podem ser uma forma eficiente de melhorar os resultados da aprendizagem.


UOL Educação

UFPB lança edital com 17 vagas para Professor de 3º Grau

27/01/2014


Vagas são para João Pessoa e Rio Tinto, nos Departamentos de Química, Terapia Ocupacional, História, Ciências Exatas, Sistemática e Ecologia, Música e Letras


A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através de edital publicado nesta segunda-feira (27), no Diário Oficial da União, abre inscrições do concurso público de provas e títulos para Professor de 3º Grau. No total, estão sendo ofertadas 17 vagas para o CCEN, CCHLA, CCS, CCTA e CCAE, nas classes de Assistente, Auxiliar e Adjunto, com jornadas semanais de 40 horas e salários de R$ 3.594,57 a R$ 8.049,77.


As vagas oferecidas são para as áreas de Química Orgânica, Ensino de Biologia, História da América, Língua Portuguesa e Linguística, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Algoritmos e Estruturas de Dados, Arquitetura de Computadores e Sistemas Operacionais, Educação Matemática, Saúde Pública e Saúde Mental, Viola, Clarineta e Tuba.


Para participar, é necessário que o candidato apresente, pessoalmente ou por procurador legalmente habilitado, os seguintes documentos: requerimento de inscrição, disponível em www.ufpb.br/concursoprofessor; comprovante de pagamento no valor de R$ 65,00, R$ 85,00 e R$ 120,00, de acordo com a titulação; e cópia autenticada de documento oficial de identidade com foto.
 

As inscrições devem ser realizadas nos seguintes períodos e locais: Departamento de Química (CCEN) e Departamento de Terapia Ocupacional (CCS), de 3 a 28 de fevereiro; Departamento de História (CCHLA), de 10 a 28 de fevereiro; Departamento de Ciências Exatas, de 3 de fevereiro a 03 de março; Departamento de Sistemática e Ecologia (CCEN), de 3 de fevereiro a 7 de março; Departamento de Música (CCTA), de 7 de fevereiro a 7 de março; e Departamento de Letras (CCAE), de 10 de fevereiro a 10 de março.
 

O Processo Seletivo consiste nas etapas: Prova Escrita, Prova Didática, Prova de Plano de Trabalho e Exame de Títulos. Já o conteúdo programático, o calendário oficial das provas e o nome dos membros titulares e suplentes que compõem a Banca Examinadora serão entregues aos candidatos, pelo Departamento responsável, no ato da inscrição.


O edital completo pode ser conferido na página do Diário Oficial da União. Mais informações através dos telefones(83)3216-7431 – Química, (83)3216-7406 – Sistemática e Ecologia, (83)3216-7339 – História, (83)3216-7996 – Terapia Ocupacional, (83)3216-7123 – Música, (83)3291-1805 – Letras; e (83)3291-1805 – Ciências Exatas.

CNTE convoca greve nacional

Só uma desconfiança: a CUT atrelada ao governo, pelega, tem algo a oferecer à organização da classe trabalhadora? (Fórum Universitário Permanente da Uesb)
29 Janeiro 2014

A CNTE convoca mobilização nacional para os dias 17, 18 e 19 de março. Trabalhadores em educação vão parar o Brasil para exigir o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC.

A mobilização foi anunciada pelo presidente da CNTE após, ao arrepio da Lei, o Ministério da Educação orientar a atualização do piso em 8,32%, com a publicação, no dia 18/12 do ano passado, por meio da Portaria Interministerial nº 16 (DOU, pág. 24), da nova estimativa de custo aluno do Fundeb para 2013, a qual serve de referência para a correção do piso salarial do magistério em 2014.

O critério utilizado pelo MEC para atualizar o piso, em 2014, compara a previsão de custo aluno anunciada em dezembro de 2012 (R$ 1.867,15) com a de dezembro de 2013 (R$ 2.022,51), sendo que o percentual de crescimento entre os valores foi de 8,32%, passando o piso à quantia de R$ 1.697,37. Até então, a previsão de atualização era de 19%.

Assim como no ano passado, a CNTE questionou o percentual de correção do piso para 2014, uma vez que dados já consolidados do Fundeb, até novembro de 2013, apontavamm crescimento do valor mínimo de aproximadamente 15%. E isso levou a crer que o MEC agiu na ilegalidade, a fim de contemplar reivindicações de governadores e prefeitos que dizem não ter condições de honrar o reajuste definido na Lei do Piso, mas que, em momento algum, provam a propalada incapacidade financeira.

Se, em 2013, o calote no reajuste do piso foi de cerca de 8%, este ano ele ficará em torno de 7%, totalizando 15%, fora as contradições interpretativas do acórdão do STF sobre o julgamento da ADIn 4.167, que excluiu o ano de 2009 das atualizações e fixou percentual abaixo do previsto em 2010, conforme denunciado à época pela CNTE.

Diante da nova “maquiagem” que limitará o crescimento do piso, inclusive à luz do que vislumbra a meta 17 do PNE, a CNTE antecipou sua decisão de organizar grande mobilização nacional da categoria no início doano letivo, orientando suas entidades filiadas a ingressarem na justiça local contra os governadores e prefeitos que mantêm a aplicação dos percentuais defasados para o piso do magistério, como forma de contrapor os desmandos dos gestores públicos que têm feito caixa com os recursos destinados à valorização dos profissionais das escolas públicas.

Plano Nacional de Educação

O plenário do Senado Federal aprovou dia 17, a versão do PNE que seguirá para análise final na Câmara dos Deputados.

Em nota (clique aqui), a CNTE expôs sua contrariedade ao relatório final do Senado, apontando os pontos críticos que a Entidade lutará para que sejam revertidos na tramitação da Câmara dos Deputados, que deverá ocorrer no início deste ano.

Essa tramitação derradeira colocará frente a frente os substitutivos aprovados pela Câmara e o Senado, devendo prevalecer um dos dois textos. E a CNTE lutará pela manutenção das metas de alfabetização até o fim do primeiro ciclo do ensino fundamental, pela expansão das vagas públicas na educação profissional e no ensino superior, pela destinação das verbas públicas (10% do PIB) para a educação pública, assim como requererá a manutenção de artigos do projeto de lei e de estratégias do substitutivo da Câmara, a exemplo da que prevê a fixação de prazo para aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional – a fim de que o PNE não se torne uma nova carta de intenções – e da que garante a complementação da União ao CAQ, além de outros pontos.

Fonte: CNTE