Goya – Asta su Abuelo (1797/99). |
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CaprichosEle entra na sala de aula e escreve o seu nome na lousa: Prof. Dr.
fulano de tal. Durante sua brilhante exposição – de acordo com a sua própria
opinião – um aluno, um tanto desatento às exigências hierárquicas e
ritualísticas, lança-lhe uma pergunta. O problema não está no questionamento. O
Prof. Dr. fulano de tal, do alto da sua sapiência naquilo que lhe dá o status
de “o” especialista, tem resposta para tudo (e se não tem, enrola, pois quem
ousará duvidar da sua autoridade?!). Não, a irritação que o Prof. Dr. fulano de
tal expressa em seu tom de voz é uma reação à impertinência do aluno. E ele, o
professor, deixa-o claro na resposta: “Aqui em sala de aula – e aponta para o
escrito na lousa – sou o Prof. Dr. fulano de tal. Pobre aluno que ousou
chamá-lo apenas de professor!
Ela é doutora, uma das poucas
naquela instituição. Isto lhe parece garantir status diferenciado em relação
aos demais. Os colegas comentam nos corredores sobre a arrogância da Profª Drª
fulana de tal. Mas eles têm lá as suas vaidades e, no final das contas, a Profª
Drª fulana de tal sabe que, embora não tenham o mesmo título, desempenham a
mesma função – e quem sabe, sejam melhores naquilo que fazem! Por via das
dúvidas, ela tem o cuidado de não ultrapassar certos limites. Muito diferente
se dá em relação aos seus alunos. Estes, coitados, têm apenas como mérito a
vitória no funil do vestibular. Para a ela isto não tem grande valor – e talvez
ela tenha razão, pois não há correspondência direta entre memorização de
conteúdo, inteligência e capacidade de reflexão crítica.[1] Ela não admite
intromissão dos alunos; os que ousam lhe dirigir a palavra são rispidamente
colocados em seu devido lugar. A Profª Drª fulana de tal não admite, sobretudo,
questionamentos sobre as verdades que verte diante dos pupilos. Os que insistem
em questioná-la são silenciados e ela não hesita em usar adjetivos nada
positivos para aquelas mentes em formação. “São uns burros! Estudem primeiro!”
(Quem sabe quando tiverem doutorado possam conversar de igual para igual; o que
não sabemos é se a Profª Drª fulana de tal ainda estará sobre ou sob a face da
terra). Mas eis que os alunos decidem protestar e mostram que são inteligentes
o suficiente para adotar uma estratégia cujo resultado é tão positivo quanto
dolorido: o desprezo. Um belo dia ela se dirige à sala de aula e se vê diante
de uma situação inusitada: a sala está vazia; os alunos e os móveis utilizados
por estes estão na parte externa da sala; dentro, apenas a mesa da Profª Drª
fulana de tal. A propósito para que serve o educador se não tem a quem educar?
Ele é um excelente professor.
Domina o conteúdo e se impõe em sala de aula. Para ele, rigor científico
equivale às grandes teorias expostas por autores que escrevem em estilo
ininteligível para a maioria dos seres mortais.[2] Para ler tais textos, e
compreendê-los minimamente, seus alunos precisam recorrer aos dicionários das
várias áreas do conhecimento humano. Ele não se importa, afinal já sabe e teve
que passar por isso. Sua linguagem obedece à formação teórica, política e
ideológica que teve: é igualmente ininteligível. Numa das suas aulas, os alunos
conseguem trazê-lo para o mundo real e estabelecem acirrado debate sobre as
eleições. Ele se vê pressionado pelo questionamento da sua posição política.
Então, ele recorre àquele tipo de argumento aparentemente inquestionável e que
finda qualquer discussão: “Vocês não compreendem, vocês só lêem o jornal Folha
de S. Paulo”. Pronto! Em outras palavras: “Como ousam discutir comigo, eu que
tanto li e que tenho a experiência dos anos? Cresçam, leiam os textos que li,
estudem os autores que estudei e, então, talvez terão condição de me
questionarem”. A vaidade dificulta o entendimento de que a retórica pomposa nem
sempre dá conta de tudo; que a realidade é mais rica que a cinzenta teoria; e
que, para se posicionar politicamente, nem sempre é necessário o domínio das
teorias complexas. Sua atitude demonstra uma visão elitista e preconceituosa em
relação ao conhecimento que não se enquadra nos cânones formais da academia. O
professor perdeu o debate político, as estribeiras e do alto da sua alegada
experiência, fundada no acúmulo de leituras, ele se mostra incapaz de manter o
equilíbrio diante dos seus tão inexperientes alunos. Ele perdeu também a
oportunidade de refletir sobre os vínculos entre a excelência do seu
conhecimento teórico e a vaidade no inconfessável sentimento de superioridade.
Ela escreve mal. Seu estilo é
panfletário. Uma eterna repetição de slogans e fórmulas desgastantes, recheadas
por inumeráveis citações, argumentos de autoridade que, repisados à exaustão,
demonstram pelo menos uma coisa: ela é leitora de um único autor. [3] Sua
verdade é a verdade revelada pela interpretação do texto sagrado. Ela talvez
não tenha consciência do que faz, mas age como sacerdotisa de um culto profano.
É a guardiã do dogma, é sectária. Mas... ela é sua Ex.ª a Drª., e tudo lhe será
perdoado! Como disse Aquele cujo nome conhecemos: “Ela não sabe o que faz!” Ela
continuará a associar as palavras e se imagina a auctoritate no assunto. Uma
autoridade menor, é verdade; uma espécie de reflexo de uma luz maior e
poderosa, isto é, a autoridade na qual se espelha e cita abusivamente.[4] Ela
propaga esta luminosidade, se nutre dela. Em sua humilde condição de discípula,
ela se vê como o instrumento de difusão da energia que deve alimentar a
humanidade. Todo o seu poder advém do autor sacralizado e dos seus livros
canônicos.[5] Não obstante, não esqueçamos: ela é a Ex.ª a Drª E isto lhe dá mais força em sua missão
redentora; dá-lhe, ao menos, a condição de estabelecer um séqüito de aprendizes
e guardiões do dogma. Seu profeta ainda não foi canonizado pela Santa Madre
Igreja, mas foi elevado à altura dos cânones reconhecidos pelos profanos, os quais
constituem várias igrejas – que polemizam entre si, mas se saciam nas mesmas
fontes.
Ele escreve bem! Seu estilo é
erudito e demonstra ruptura com os enquadramentos estanques entre as diversas
áreas do conhecimento humano. Definitivamente, ele não é um especialista. O que
o qualifica positivamente, pelo menos na percepção de alguns dos seus colegas,
é visto como embuste pelos mexeriqueiros a postos. “É um charlatão!”, dizem as
más línguas. Não devemos legitimar este tipo de comentário, nem participarmos
do jogo mais antigo e preferido dos que passam a própria vida a falar da vida
alheia. Contudo, como diz o dito popular, “onde há fumaça, há fogo”. Quando se
escreve sobre tudo e todos, arrisca-se a perder o bom senso sobre a limitada
capacidade humana em relação ao conhecimento. Assim, se tais injúrias nos
chegam aos ouvidos, devemos ter o bom senso de pensar sobre o nosso proceder.
Mas eis que entra em cena a vaidade: imersa em sua própria luz, sua Ex.ª o Dr.
faz ouvido de mouco. E a sua fama atinge o ápice. Um olhar atento e não
propenso aos mexericos poderia ajudá-lo a perceber que sua pretensa erudição
não é suficiente para mascarar o conhecimento enciclopédico e dicionáristico;
e, talvez o mais importante, poderia contribuir para que ele tivesse o bom
juízo de não se imiscuir no que não deve. Mas quem ousará falar-lhe sobre tema
tão complexo e, ainda por cima, tenha a capacidade de não ferir sua vaidade? O
risco é que ele, embevecido, não o escute e ainda lhe atire a pecha de invejoso
ou algo parecido.
Seja num ou noutro caso, o que
escreve bem ou mal, é muito difícil tecer qualquer comentário sem ferir
susceptibilidades. A propósito, há no meio acadêmico uma falsa identificação
entre titulação e capacidade de escrever. O fato de o indivíduo ter o título de
doutor não é garantia automática de que ele saiba escrever bem e, muito menos,
que é um bom professor – no sentido didático e pedagógico. Escrever bem não é
apenas juntar palavras e formar frases altissonantes. A suposta erudição
demonstrada num texto ininteligível não é, necessariamente, uma qualidade
intelectual; pode ser, simplesmente, pura afetação. A complexidade na linguagem
muitas vezes caracteriza um exercício de arrogância, de pose acadêmica,
relacionado à necessidade do intelectual em se firmar pelo status.[6]
Mas, voltemos à sua Ex.ª o Dr.
No fundo ele se imagina imune ao risível. Portanto, ele age com naturalidade,
como se os simples mortais, incluindo seus alunos, fossem obrigados a pagar um
tributo à sua titulação. Estes, por seu turno, projetam nele o futuro a ser
alcançado. Suas atitudes passam a ser modelares – para o bem e para o mal. Além
de modelo a ser seguido – ou repudiado – o Prof. Dr. fulano de tal, pela
posição que ocupa na hierarquia acadêmica, tem recursos para manter aos alunos
sob sua dependência.
É claro, há as exceções.
Tomemos os exemplos acima como tipos ideais. Não significa que existam na
realidade exatamente como descritos, mas representam espécies que podem ser
encontradas na selva acadêmica. E, a favor, destes tipos, devemos acrescentar
que: 1) a cultura e os valores predominantes no campo acadêmico são elitistas;
2) a universidade reproduz os princípios que fundamentam a competição na
sociedade; 3) a vaidade é humana.
Demasiadamente
humano
A vaidade é humana, demasiadamente
humana! Eis um pleonasmo necessário. Sim, porque muitas vezes são precisamente
tais características as que menos se tornam objeto de nossas reflexões – e não
me refiro aos exercícios mentais filosóficos, sociológicos ou coisa do tipo,
mas sim, a uma atitude que, me parece, deveria pautar nossas ações cotidianas.
Comecemos por assumir que, em menor ou maior grau, todos somos vaidosos. Já os
antigos, através do mito de narciso, ensinaram que o desejo desenfreado em
atrair a admiração e a atenção produz consequências que podem ser trágicas. No
limite é uma demonstração de tremenda sandice.
É incrível como, mesmo diante
de situações nas quais a vaidade não faz qualquer diferença, os homens e
mulheres não conseguem se livrar deste sentimento. O diálogo entre um
jardineiro e o visitante de um cemitério, escrito por Alexandre Dumas Filho
(2003:47), em A Dama das Camélias, ilustra bem este aspecto:
“Quero dizer que existe gente
que é orgulhosa até no cemitério. Parece que esta mademoiselle Gautier fazia a
vida, desculpe a expressão. Agora ela está morta e é igualzinha às mulheres que
nada fizeram de reprovável e das quais regamos as flores todos os dias. Pois
bem, quando os parentes das pessoas que estão enterradas ao lado dela souberam
a vida que essa moça levava, revoltaram-se por ela ter sido enterrada aqui e
disseram que deveria haver um lugar só para esse tipo de mulheres, como há para
os pobres. O senhor já viu uma coisa dessas? Eu teria postos essas pessoas no
lugar deles! Gente gorducha que vive de rendas, que não vem sequer quatro vezes
por ano visitar seus defuntos, que traz pessoalmente as flores... e veja que
flores! Eles reclamam dos gastos de conservação das sepulturas daqueles por
quem dizem chorar, escrevem nas lápides sobre lágrimas que jamais derramaram e
se fazem de difíceis, querendo escolher a vizinhança”.
Durante muito tempo acreditei
que a morte nos igualava. “Pelo menos isso!”, pensava. Hoje, tenho consciência
de a sociedade cria desigualdades que extrapolam o próprio caráter da finitude
humana. Mas deixemos estes homens e mulheres de ares aristocráticos em seus
próprios devaneios e retomemos o fio da meada.
Max Weber observou que a
vaidade pode levar o político a cometer um dos pecados fatais em política, ou
ambos, simultaneamente: se abster de assumir uma causa e do sentimento de
responsabilidade. Se o político está sujeito à vaidade, o intelectual padece da
mesma doença. “A vaidade é um traço comum e, talvez, não haja pessoa alguma que
dela esteja totalmente isenta. Nos meios científicos e universitários, ela
chega a constituir-se numa espécie de moléstia profissional”, sentencia Weber.
(grifos nosso) Não obstante, o sociólogo alemão é condescendente com os colegas
acadêmicos, pois considera que a vaidade do intelectual não oferece tanto risco
à sua atividade quanto o que ocorre em relação ao político: “Contudo, quando se
manifesta no cientista, por mais antipatia que provoque, mostra-se
relativamente inofensiva, no sentido de que, via de regra, não lhe perturba a
atividade científica”. (WEBER, 1993: 107) Será?! Para o estudante ou o colega
que tem que suportar a vaidade desmedida, talvez seja o oposto que ocorra. Do
ponto de vista puramente empírico, os que nos oferecem mais riscos são os que
estão mais próximos!
Mas deixemos Weber em paz!
Independentemente das suas formulações sobre a vocação do cientista e do
político, o fato é que esta “espécie de moléstia profissional” grassa em nosso
meio. E as pessoas sensatas talvez se perguntem: por que? Há, inclusive, a
espécie de ingênuo que candidamente imagina que este tipo de comportamento é
algo contraditório com o espírito culto que, em tese, permeia a universidade.
“Como é possível?, se pergunta. Ele tem a esperança de que os colegas, através
do diálogo e da persuasão, superem as influências nefastas que os fazem agir
incivilizadamente. Como diria aquele personagem das histórias em quadrinhos:
“Santa ingenuidade!!!”.
Todavia, observe-se que mesmo
este tipo de ingênuo padece da mesma “espécie de moléstia profissional”: na
essência sua postura é prisioneira de uma vaidade enrustida numa pretensa
humildade; é uma atitude idealista, no sentido de que desloca a universidade –
e os que nela trabalham – da realidade social na qual está inserida; é elitista
porque, no fundo, se imagina como partícipe de um mundo constituído por seres
especiais, dotados de moral e cultura superiores e capazes de escapar às
futilidades humanas. Este personagem não se reconhece no mundo real e se
escandaliza porque seus pares não representam o mundo imaginário do Olimpo. É
vaidoso e talvez não o saiba porque lhe parece natural a vaidade de sentir-se
superior!
Concluindo...
Se a vaidade é humana, não é
possível compreendê-la apenas pelo senso comum quanto às atitudes observáveis
no campo acadêmico. A sociologia pode contribuir para compreendermos este
fenômeno.[7] E isso talvez seja um bom começo para evitarmos repetir o que
reprovamos nos outros. Mas, é claro, a sociologia – ou as grandes teorias, em
geral – não são antídotos para tal moléstia. Um grande passo para quem deseje
se curar é voltar-se para si mesmo e... mudar de atitude. No mais é necessário
muita, muita, muita paciência!
Notas:
[1] Em artigos publicados nesta
revista procuramos analisar criticamente o vestibular e o método de ensino
decoreba, um dos seus principais pilares, e que influi sobre todo o processo de
ensino-aprendizagem, do nível fundamental ao superior. Ver: À mestra e ao mestre
com carinho e compreensão!; O engodo do vestibular e os dilemas da classe média
empobrecida; “Estudo Errado”: Qual é a capital de Kubanacan?; e, As dimensões
da relação aprender-ensinar; e, Vale nota, professor?!
[2] Em certos casos, a
complexidade das grandes teorias também pode ser um recurso para que elas se
firmem, tornando-se áreas restritas à uma ínfima minoria de especialistas. Tais
teorias, como assinalou MILLS (1982:30) na crítica a Parsons, padecem de “um
formalismo complicado e árido, no qual a divisão dos Conceitos e uma
interminável redisposição torna-se a principal tarefa”. É preciso traduzi-las.
E, então, fica nítido que a sua complexidade é um recurso formalista, ou seja,
que não é preciso escrever longos e ininteligíveis parágrafos para explicar as
coisas simples. Os conceitos são necessários, mas é preciso relacioná-los com a
realidade social e movimentar-se entre os diversos níveis de abstração. Em
geral, a ininteligibilidade esconde o fetichismo dos conceitos e cumprem uma
função excludente, gerando a ilusão de que o seu domínio torna alguns
superiores aos demais.
[3] A necessidade de citar e
recitar está vinculada a uma espécie de humilde sacerdócio. Como analisa
BOURDIEU (1998: 162): “O sacerdócio comum cita e recita; o grande sacerdócio
suscita e ressuscita. Pode acontecer que leve a audácia até o ponto de expor as
discordâncias ou mesmo as contradições (é o caso de Abelardo) encontradas nas
fontes de revelação”.
[4] A identificação com o
‘profeta’ não é apenas um exercício de sacerdócio, ela gera dividendos, isto é,
‘lucros’: “O eu sacerdotal deriva da autoridade do profeta de origem; todavia,
por maior que seja a modéstia (condição de participação no capital herdado de
autoridade) que o impede de falar efetivamente na primeira pessoa, ele não pode
esquecer que possui algum mérito por restaurar o capital em sua integridade
através da desbanalização, revolução da leitura que define a revolução
letrada.” (BOURDIEU, 1998: 160 e 62) Ele é o instrumento de propagação da
palavra, a qual, proferida por ele parece-lhe ter a mesma autenticidade daquela
pronunciada (escrita) pelo profeta de origem: “O sacerdócio se instaura como
guardião da autenticidade da mensagem, a única capaz de proteger contra a
“recaída” nos erros...” [em relação ao profeta] (Id.: 162-63).
[5] “Só o discípulo faz
legitimamente o “sacrifício do intelecto” em favor do profeta, como só crente o
faz em favor da Igreja. Nunca, porém, se viu nascer uma nova profecia (...) em
razão de certos intelectuais modernos experimentarem a necessidade de mobilizar
a alma com objetos antigos e portadores, por assim dizer, de garantia de
autenticidade, aos quais acrescentam a religião, que aliás não praticam,
simplesmente pelo fato de recordarem que ela faz parte daquelas antiguidade. Dessa
maneira substituem a religião por um sucedâneo com que enfeitam a alma como se
enfeita uma capela privada, ornamentando-a com ídolos trazidos de todas as
partes do mundo. Ou criam sucedâneos de todas as possíveis formas de
experiência, aos quais atribuem dignidade de santidade mística, para
traficá-los no mercado de livros. Ora, tudo isso não passa de uma forma de
charlatanismo, de maneira de se iludir a si mesmo”. (WEBER, 1993: 50)
[6] Com enfatiza MILLS
(1982:235): “Escrever é também pretender para si um status pelo menos bastante
para ser lido. O jovem acadêmico participa muito de ambas as pretensões, e
porque sente que lhe falta uma posição pública, com frequência coloca o status
acima da atenção do leitor a quem se dirige. (...) O desejo do prestígio é uma
das razões pelas quais os acadêmicos escorregam, com tanta facilidade para o
ininteligível”. Mas também é o caso do acadêmico já em idade avançada, que, por
arrogância ou falta de criatividade, procura impressionar pela falsa erudição.
[7] A sociologia e, também a
literatura e o cinema. Ver: Óleo de Lorenzo e Patch Adams: A arrogância
titulada; Os intelectuais diante do mundo: engajamento e responsabilidade; e,
Aqui jaz fulano de tal... e a sua superioridade!.
Fonte: Revista Espaço Acadêmico
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