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domingo, 19 de fevereiro de 2012

PM na USP: reintegração de posse e prisão de estudantes

De USP Em Greve
DOMINGO, 19 DE FEVEREIRO DE 2012

TROPA DE CHOQUE PRENDE 12 ESTUDANTES DA MORADIA RETOMADA
Imagem da PM na USP hoje 19 de fevereiro


Hoje, por volta das 5h, a Tropa de Choque entrou na USP e fez a reintegração de posse da Moradia Retomada. Sabemos, por enquanto, que 12 estudantes foram presos e levados ao 14º DP em Pinheiros-SP.


SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

Justiça decide que reintegração de posse da Moradia Retomada na USP ocorra até 6 de fevereiro
Foi divulgado no dia 17 de janeiro de 2012, por meio do Diário da Justiça da Capital, a decisão judicial que estabeleceu o prazo de 20 dias para a execução da reintegração de posse da Moradia Retomada, localizada no térreo do bloco G do Conjunto Residencial da USP (CRUSP), próximo aos guichês de venda de ticket para o bandejão.
Não podemos aceitar mais esse ataque aos estudantes!

Em março de 2010, frente a mais de 100 calouros que tiveram o alojamento emergencial negado pela COSEAS, os moradores do CRUSP, reunidos em assembléia, decidiram pela retomada de parte do bloco G que antes era moradia e havia sido tomada pela Divisão de Promoção Social da COSEAS e pelo banco Santander, inviabilizando a utilização do espaço como moradia estudantil. Mesmo diante da falta de vagas, a reitoria criminalizou esse movimento expulsando 6 estudantes em dezembro de 2011.
Esta ocupação, além de permanência estudantil imediata, serviu para pressionar a Reitoria a finalizar a construção de um novo bloco no CRUSP, uma conquista do acordo resultante da ocupação da Reitoria em 2007.

Permanência estudantil

A luta pela moradia estudantil na USP é antiga. Foi somente com a justificativa de abrigar atletas dos Jogos Pan americano, da década de 60, que a Reitoria construiu 12 blocos do atual CRUSP (Conjunto Residencial da USP). Negada a liberação do uso dos blocos para moradia estudantil, os estudantes ocuparam bloco por bloco, entre os anos de 64 e 68. Se o surgimento do CRUSP remonta a história de luta estudantil, a origem da COSEAS, por outro lado, foi pautada na pretensão de controle e repressão da Reitoria ligada à Ditadura Militar, com a função de vigiar a vida pessoal e política dos moradores.

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