Na noite de hoje, 4 de junho,
em assembleia com mais de 2.500 trabalhadores, os metroviários de São Paulo
decretaram greve a partir da zero hora do dia 5, quinta-feira.
A categoria rejeitou 100% da
proposta do governador Geraldo Alckmin e, por unanimidade, tirou greve em tempo
indeterminado.
Dentre os principais pontos
rejeitados na proposta do governo do estado, está o reajuste de todas as
clausulas econômicas em 8,7%. A contraproposta dos trabalhadores é de reajuste
salarial de 35%. E outros dois pontos que são fundamentais para os
trabalhadores não são mencionados pelo governador, o adicional de
periculosidade para agente de estação e aumento da PR, ambas aprovadas pelo TRT
na audiência realizada hoje.
Uma liminar do governo que
obriga ao serviço a circular com 100% da frota em horário de pico foi
anunciada. No entanto, o sindicato dos metroviários afirmou não ter recebido
formalmente essa liminar até a hora da votação da greve.
O Movimento Luta de Classes (MLC)
esteve presente em todo processo da Campanha Salarial da categoria, e nesta
assembleia reafirmou o apoio ao movimento e expressou a importância desta greve
para a luta da classe trabalhadora, na maneira em que ela influência outras
categorias e mostra a força dos trabalhadores organizados.
Ricardo Senese, Delegado
Sindical da Estação Palmeiras – Barra Funda e membro do MLC, confirma que o
sucesso dessa mobilização está na união da categoria.. “O sentimento é só
voltar a trabalhar quando todos os trabalhadores forem atendidos nas suas reivindicações.
Precisamos também que a população e os movimentos sociais em geral expressem
seu apoio a nossa greve, divulgando e fortalecendo esse momento histórico da
categoria metroviária”, concluiu Senese.
Fonte: A
Verdade, Redação, São Paulo.
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