Recebi uma mensagem (link abaixo)
da Diretoria de Desenvolvimento Pessoal da UFFS e gostaria de problematizar a
nova política do MEC.
Sob o apanágio do discurso da
inclusão, o FIES, antes voltado para a graduação, agora foi ampliado para a
pós-graduação. Aparentemente, quem "ganha" é o estudante desprovido
de condições materiais mínimas para cursar a educação superior no Brasil. No
entanto, o FIES virou uma verdadeira bolsa para os tubarões da educação, que
vinham sofrendo as consequências da inadimplência. Além de ganhar esse tipo de
bolsa, os empresários da educação têm ultimamente lucrado muito com
investimentos na bolsa de valores, voltando-se, portanto, para a transformação
da educação no país numa mercadoria qualquer.
Temos sim que saudar as
políticas do MEC que são voltadas para a expansão da educação pública superior,
o que compreende o repasse de mais verbas para tal setor. Em vez de ampliar o
FIES, creio que o governo federal deveria ampliar os recursos para a política
de permanência dos estudantes de graduação e pós-graduação da educação pública
superior. Enfim, creio que devemos nos mobilizar para a crítica da privatização
dos recursos públicos destinados à educação pública nos seus mais diferentes
níveis. Apoiar o FIES é, para mim, uma forma de sustentar o argumento de que a
educação privada é a mais eficiente para garantir a inclusão. Se tomarmos como
referência o número de matrículas no ensino superior, isso pode ser verdadeiro.
Mas as perguntas que ficam são as seguintes: por que não reverter esse quadro?
O que representa o sistema privado de educação superior para a produção
científica no Brasil? Quanto ganham os empresários da educação com esses
programas e quanto perde a universidade pública?
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