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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Indicativo de Greve na Rede Municipal de Ensino de Vitória da Conquista


Os professores da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista votaram o indicativo de greve na assembleia desta quarta-feira, 25, ocorrida no Salão Arquidiocesano Dom Climério, conforme programação da Primeira Semana Municipal em Defesa e Promoção da Educação Pública.
A categoria está indignada com o fato de a prefeitura municipal descumprir a Lei nº 1762/2011, do Estatuto do Magistério. Lei que a própria administração instituiu em 30 de junho de 2011. Também, pelos gestores estarem tentando impedir a mobilização da categoria. Estes acionaram o Ministério Público para embarreirar a realização Primeira Semana Municipal, evento proposto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e que vem debatendo a melhoria da educação.
Para o professor Marivan Pereira, da Escola Municipal Edvanda Maria Teixeira, o movimento dos professores é extremamente necessário. “Nós estamos dispostos a cumprir todo o cronograma proposto pelo sindicato. Isso vai ser enriquecedor para o professor. Acho que o indicativo de greve foi votado em um momento oportuno. Eu, por exemplo, já perdi muitos benefícios e, como comentei na assembleia, o que mais a categoria deverá perder para tomar uma providência?”
A aprovação, ou não, da greve deverá ocorrer na próxima assembleia, agendada para sexta-feira, 04, um dia após a reunião de negociação do SIMMP com o governo, na qual será discutida a jornada de trabalho do magistério municipal. Os docentes requerem o cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Nacional, que estabelece 2/3, no máximo, para interação com os alunos e 1/3 para estudos e planejamento.
Após a assembleia, ainda pela manhã, os profissionais da educação se dirigiram para a porta da prefeitura, onde realizaram uma manifestação.

Vereadores votam contra audiência pública

Ainda nesta quarta-feira, no turno vespertino, os educadores participaram de uma discussão acerca do investimento dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. A proposta era que o debate acontecesse em uma Audiência Pública. No entanto, os vereadores da Bancada de Situação, unanimemente, votaram contra o requerimento feito pelo vereador Arlindo Rebouças, Presidente da Comissão de Educação da Câmara.
“Estou pasma ante a truculência do Governo, ‘nunca antes na historia desse município’ um requerimento de um vereador para uma audiência pública tinha sido rejeitado. Acredito que o Prefeito fez muita pressão para coibir as nossas atividades. Nós já havíamos negociado, anteriormente, com os vereadores Arlindo e Alexandre, pessoas muito comprometidas e que, historicamente, mantiveram uma boa relação comigo. Acredito que a câmara tem boas intenções, mas, vacilaram nessa questão”, destacou a presidente do SIMMP, Geanne Oliveira.
 O sindicato havia convidado a Secretaria Municipal de Educação, os vereadores Alexandre Pereira e Arlindo Rebouças e representantes da Associação dos Docentes Universitários (ADUSB), do LUTE e da UESB para participarem da audiência. O professor Márcio Freudenthal também foi convocado a fazer parte da mesa, representando a base.
Durante o encontro, o vereador Arlindo Rebouças solicitou do SIMMP o envio de uma denúncia sobre o descumprimento da lei pela prefeitura, que deverá ser encaminhada para a Comissão de Educação da Câmara.
Fonte: Simmp

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