Os professores da rede
municipal de ensino de Vitória da Conquista votaram o indicativo de greve na
assembleia desta quarta-feira, 25, ocorrida no Salão Arquidiocesano Dom
Climério, conforme programação da Primeira Semana Municipal em Defesa e
Promoção da Educação Pública.
A categoria está indignada com
o fato de a prefeitura municipal descumprir a Lei nº 1762/2011, do Estatuto do
Magistério. Lei que a própria administração instituiu em 30 de junho de 2011.
Também, pelos gestores estarem tentando impedir a mobilização da categoria.
Estes acionaram o Ministério Público para embarreirar a realização Primeira
Semana Municipal, evento proposto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE) e que vem debatendo a melhoria da educação.
Para o professor Marivan
Pereira, da Escola Municipal Edvanda Maria Teixeira, o movimento dos
professores é extremamente necessário. “Nós estamos dispostos a cumprir todo o
cronograma proposto pelo sindicato. Isso vai ser enriquecedor para o professor.
Acho que o indicativo de greve foi votado em um momento oportuno. Eu, por
exemplo, já perdi muitos benefícios e, como comentei na assembleia, o que mais
a categoria deverá perder para tomar uma providência?”
A aprovação, ou não, da greve
deverá ocorrer na próxima assembleia, agendada para sexta-feira, 04, um dia
após a reunião de negociação do SIMMP com o governo, na qual será discutida a
jornada de trabalho do magistério municipal. Os docentes requerem o cumprimento
integral da Lei do Piso Salarial Nacional, que estabelece 2/3, no máximo, para
interação com os alunos e 1/3 para estudos e planejamento.
Após a assembleia, ainda pela
manhã, os profissionais da educação se dirigiram para a porta da prefeitura,
onde realizaram uma manifestação.
Vereadores votam contra audiência pública
Ainda nesta quarta-feira, no
turno vespertino, os educadores participaram de uma discussão acerca do
investimento dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. A proposta era
que o debate acontecesse em uma Audiência Pública. No entanto, os vereadores da
Bancada de Situação, unanimemente, votaram contra o requerimento feito pelo
vereador Arlindo Rebouças, Presidente da Comissão de Educação da Câmara.
“Estou pasma ante a truculência
do Governo, ‘nunca antes na historia desse município’ um requerimento de um
vereador para uma audiência pública tinha sido rejeitado. Acredito que o
Prefeito fez muita pressão para coibir as nossas atividades. Nós já havíamos
negociado, anteriormente, com os vereadores Arlindo e Alexandre, pessoas muito
comprometidas e que, historicamente, mantiveram uma boa relação comigo.
Acredito que a câmara tem boas intenções, mas, vacilaram nessa questão”,
destacou a presidente do SIMMP, Geanne Oliveira.
O sindicato havia convidado a Secretaria
Municipal de Educação, os vereadores Alexandre Pereira e Arlindo Rebouças e
representantes da Associação dos Docentes Universitários (ADUSB), do LUTE e da
UESB para participarem da audiência. O professor Márcio Freudenthal também foi
convocado a fazer parte da mesa, representando a base.
Durante o encontro, o vereador
Arlindo Rebouças solicitou do SIMMP o envio de uma denúncia sobre o
descumprimento da lei pela prefeitura, que deverá ser encaminhada para a
Comissão de Educação da Câmara.
Fonte: Simmp
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