A matéria não se propõe a determinar as causas que levaram às estatísticas, mas que os números sejam comparados e refletidos com as condições materiais em que estão envolvidos os agentes sociais do processo (professores e alunos) e o próprio sistema educacional, voltado para a privatização da educação. Portanto, não se trata de mera coincidência a luta por uma educação para além do mercado, tal qual leva a cabo os governos municipais, estaduais e federal no Brasil.
Segundo o Censo 2010, 966 mil crianças estão fora da escola (Foto: Reprodução/Globo Nordeste) |
Segundo
Censo 2010, quase 1 milhão de crianças estava fora da escola.
Número
de estudantes com superior completo cresceu 80% em uma década.
Dados
do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) revelam que, naquele ano, metade da população brasileira com 10 anos ou
mais de idade não tinha instrução ou tinha o ensino fundamental incompleto.
Segundo o instituto, o número de pessoas nessa condição era de 65,1% em 2000, e
caiu para 50,2% dez anos depois.
Por
outro lado, no mesmo período o número de brasileiros que terminou o ensino superior
cresceu 80%. Em 2010, 7,9% da população tinha esse grau de instrução, contra
4,4% em 2000.
A
região Nordeste é a que tem o nível mais baixo de instrução: 59,1% da população
com o fundamental incompleto e 4,7% com superior completo. No outro extremo,
44,8% dos habitantes do Sudeste tinham cursado apenas parte do fundamental,
quanto 10% tinha nível superior.
O Censo
2010 do IBGE mostrou também que 966 mil crianças e adolescentes de entre 6 a 14
anos não estavam matriculados na escola, o que representa 3,3% da população
nessa faixa etária. Já entre os jovens de 15 a 17 anos, o número foi bem maior:
16,7%. Apesar de a porcentagem de exclusão escolar ter caído (em 2000, o índice
era 22,6%), o número ainda está longe da meta do governo de ter, até 2022, 98%
de todas as crianças e jovens de 6 a 17 anos na escola.
Fonte: G1, em São Paulo
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