Historiadores Contra a Guerra
(Historians Against the War – HAW), grupo de historiadores dos Estados Unidos,
colocou em circulação desde 31 de julho a seguinte Carta de Historiadores ao
presidente Obama e Congressistas dos Estados Unidos.
A reportagem é de Adolfo Gilly,
publicada por La Jornada, 07-08-2014. A tradução é do Cepat.
Eis a carta.
“Condenamos os ataques
realizados contra civis em Gaza e em Israel. Reconhecemos também o dano
desproporcional do exército israelense, armado e apoiado pelos Estados Unidos
há décadas, que está a infligindo o povo de Gaza.
Lamentamos profundamente que as
forças israelenses estejam matando e ferindo tantas crianças palestinas. As
condições desesperadas que reinam em Gaza por causa da política israelense
tornaram virtualmente impossível uma real evacuação das zonas de guerra. Consideramos
inaceitável o fracasso dos funcionários estadunidenses eleitos em
responsabilizar Israel por tais ações.
À medida que vemos crescer o
número de mortos e vemos o terror dos habitantes presos em Gaza, chamamos vocês
para pedir um cessar fogo, e a retirada imediata das tropas israelenses de Gaza
e um cessar permanente do bloqueio, de tal modo que seu povo possa retomar
alguma forma de vida normal. Nós os encorajamos a suspender a ajuda militar a
Israel até que haja certeza de que esta ajuda não será utilizada para cometer
crimes de guerra.
Entretanto nós, historiadores,
reconhecemos esta situação como um momento de uma aguda crise moral na qual é
de vital importância que a política dos Estados Unidos para com o conflito
entre Israel e Palestina mude de orientação.
Até o momento no qual escrevo
estas linhas a carta reuniu mais de 660 assinaturas de historiadores de
numerosas e qualificadas universidades dos Estados Unidos. E, entre elas, nomes
muito conhecidos entre nós do México como John Womack (Harvard), Robert Brenner
(UCLA), Mike Davis (UC Riverside), Paul Buhle, John Foran (UC Santa Barbara),
Stuart Schwartz (Yale) e outros.
Permito-me fazer notar a
gravidade e a moderação dos termos deste documeto, cuja vigência segue de pé
mais do que nunca, agora que Benjamin Netanhayu, forçado pela condenação
mundial a interromper sua ofensiva, declara que esta foi justificada e
proporcional, e que o Hamas é o responsável pelos crimes de guerra dos
governantes israelenses”.
O endereço para reunir mais adesões,
incluindo o nome e filiação acadêmica.
Fonte: IHU
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