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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Greve na Bahia: Nada de novo no front... porém, que se cumpra a lei!


Maisa paranhos

O governo Wagner é fruto arcaico, remanescente de uma esquerda que não soube sê-lo. Ou não quis sê-lo... Não temos que estar surpresos. Temos sim, é que tratar de ser vitoriosos, malgrado a existência da APLB/sindicato e de um governo de um partido que se diz dos trabalhadores...
Sempre tivemos o sindicato contra nós, desde o início da greve.
Tivemos, mais uma vez, que passar pelo processo experimental do peleguismo deste sindicato, para acreditarmos, mesmo, que são pelegos, mesmo. Ainda bem que, desta vez, nós caímos na real, ainda em greve, ou seja, vamos rumo à vitória. É árdua a luta do trabalhador, mas é maravilhoso quando vencemos.
E venceremos!!!
Venceremos por nós, pelos nossos alunos, pela educação pública e pela garantia constitucional da dignidade da pessoa humana. Pelos direitos fundamentais postulados em nossa constituição. Caso contrário, de que valerá a nossa Constituição?
Quero que ela não seja em vão! Quero que ela não seja uma "lei para inglês ver"..
Venceremos em nome da justiça (e não migalha) social.
Venceremos porque nada queremos além do cumprimento de uma lei.
Não queremos ver a lei do piso no chão, pisoteada... Queremos acreditar que existe um poder judiciário, austero e justo em nosso estado e em nosso país. Estar em harmonia com os outros dois poderes, só tem validade ética se esta harmonia refletir a harmonia dos três poderes junto ao povo.
Desta forma, haveremos de diferenciar a efemeridade das conveniências político- partidárias, da função do poder judiciário de nosso estado.
Cumpra-se a lei!
Estamos sendo maltratados por quem deveria, pelo servidor público, zelar, pois outra não é a função do Estado. A Bahia está se tornando uma anomalia, na atual experiência governista. Esperamos e acreditamos que a justiça se faça presente.
Não recuemos de nossos direitos.  A greve é um direito, o cumprimento da lei é um direito. Abrir mão de um direito, implicará abrir mão de outros direitos. Assim, se hoje recuarmos de um reajuste previsto em lei federal, este reajuste será acumulado...
O Estado representado pelo governo Wagner já nos deve o que não nos foi pago em 2009/ 2010/ 2011... Em 2012, estamos em greve para um reajuste que deveriam ter-nos pago desde 2009... E se negam a pagar na íntegra o referente a 2012?
Não há justificativas... Desta forma superemos a disfunção da APLB sindicato. Superemos as manobras de quem obstrui as informações de nossos processos jurídicos. Superemos aqueles que se apropriam de nossa representação sindical e fazem da mesma trampolim carreirista... Pois, se é verdade que o mundo do trabalho sempre foi disputado pelos partidos políticos, e isto é fato, não é menos verdade que nós, trabalhadores em educação, não possamos destituir de seus cargos no sindicato, aqueles que não cumprem com os deveres da representação classista para os quais foram designados!
Desta forma, não toleraremos que deliberações de nossas assembleias sejam publicamente maculadas pelos diretores da APLB sindicato, quando dão declarações errôneas sobre o nosso movimento nos órgãos da imprensa.
Não toleraremos mais as manobras tentando calar as vozes dos professores. Torna-se insuportável as interpretações "equivocadas" sobre as votações em nossas assembleias. E que não venham com coerções de natureza policialesca, violenta, ou tentativas de destituição e/ou execração públicas.
Desqualificam-se, a si próprios, os que assim fazem, perdendo toda a legitimidade!  Se não são capazes de respeitar e encaminhar nossas propostas soberanamente aprovadas em assembleias, que se retirem!
A luta continua e certamente, venceremos!

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