Por Silvanei Rocha
Oliveira (Silvinha)
Consultando o Aurélio, recolho
estes significados para “dignidade”: autoridade moral, honra, decência,
respeito a si mesmo... E, a partir dessa constatação semântica, sou tomada por
sentimentos ambivalentes: por um lado, sinto-me desvalorizada, esmagada por um
governo que tem a seu favor o jurídico, a mídia, a desinformação da sociedade,
o controle político, o poder econômico; por outro lado, sinto-me satisfeita,
honrada por pertencer a essa categoria que ousou enfrentar o “Golias”. Muito
mais que coragem, nessa luta desigual, demonstrou nobreza de princípios, o que
me deixa orgulhosa de ser PROFESSORA.
Em 11 de abril de 2012,
Iniciava-se o reinado do terror wagneriano, uma repugnante combinação de
medidas cruéis: abomináveis decisões judiciais, bombardeio de propagandas
enganosas, intimidação do estado. Cortaram nossos meios de subsistência,
fragilizaram nossa sanidade mental, enfim, tentaram de todas as formas nos
desestabilizar. No entanto, mantivemos o equilíbrio, às duras penas, a fim
revelar para a sociedade a real faceta desse governo que age contra os
professores, contra os alunos e, sobretudo, contra a educação.
Na realidade, os petistas
revelaram ser mais adeptos de selvagerias contra os trabalhadores do que seus
modelos carlistas. O sadismo que os carlistas levaram décadas para manifestar,
os petistas aprenderam em poucos anos. Embriagados
com as sucessivas vitórias eleitorais, esse governo tende a fazer pouco dos
protestos dos professores, por acreditar que todos são passíveis de cooptação e
que, por isso, se manterá eternamente no poder.
Compartilhar experiências nessa
luta, em processo há mais de três meses, suscitou-me a seguinte reflexão:
“Quando querem transformar dignidade em doença / Quando querem transformar
esperança em maldição / É o bem contra o mal e você de que lado você está?”
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