Crédito: carreiradocente,
20 JULHO 2012
1. A Greve dos professores do
ensino federal já toma 100% das Universidades Federais em todo o país e
demonstra sua força levando o governo a antecipar sua proposta e abrir
negociações com os professores.
2. A força desta greve
demonstra o acerto das decisões tomadas no último Congresso Nacional do
ANDES-SN de aprofundar o trabalho de base e de aproximar as reivindicações e
bandeiras de luta às demandas reais da categoria, o que nos levou à construção
de nossa pauta fundada na defesa da carreira docente, dos salários, as
condições de trabalho e da educação pública.
3. A proposta apresentada pelo
governo e que abre a negociação com nosso movimento grevista, como seria de se
esperar do governo Dilma, é limitada e insuficiente além de aprofundar a
desestruturação da carreira e regredir em vários pontos mesmo em relação à
situação atual. O governo mente intencionalmente sobre os índices apresentados
tentando, naquilo que o próprio Secretário do MPOG denominou de “estratégica de
comunicação”, mascarar o aumento oferecido. Os 45% anunciados e propalados pela
grande mídia seriam concedidos apenas aos titulares, que representam uma
pequena parte da categoria, escalonando os índices menores para as outras
classes e níveis que constituem a maioria dos professores. Além disso, embute
no calculo do aumento dos 4% já pagos
com atraso este ano relativo ao acordo do ano passado, parcela o pagamento em
três anos até 2015 sem considerar a inflação. Desta maneira, considerando o
aumento médio nominal, teríamos apenas 28,3% e se considerarmos a previsão
moderada de inflação de 5% ao ano, este índice cairia para 10,8% de aumento
médio.
4. O mais grave é que o governo
restringiu a oferta à pauta salarial e
apesar de avançar por força da pressão do movimento para pontos da carreira
apresentada pelo ANDES, aceitando os 13 níveis da carreira e não os 21
inicialmente propostos e incorporando o Professor Titular na carreira, de fato aprofunda distorções, mantêm a
divisão por classes (Titular, Associado, Adjunto, Assistente e Auxiliar)
contraria a posição dos professores de um único cargo de professor do ensino
federal, mantêm a divisão em duas carreiras (magistério superior e EBTT) e
impõe o mínimo de 12 horas de aula quando a LDB estipula de 8 a 12 horas,
demonstrando claramente seu projeto contrário à vinculação entre ensino,
pesquisa e extensão.
5. O governo fecha os olhos às
demandas dos professores por melhores condições de trabalho e à avaliação clara
do movimento docente dos efeitos de uma expansão que não veio seguida das condições
necessárias, assim como se mantêm intransigente diante das demandas dos
técnicos administrativos e estudantes.
6. Desta maneira, o PCB apoia a
decisão do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN de indicar às assembleias da
categoria a rejeição do acordo nos termos oferecidos e o esforço de apresentar
uma contraproposta que tenha como referência a proposta de carreira dos
professores federais apresentada pela entidade nacional representativa dos
docentes.
7. Chamamos todos a fortalecer
as mobilizações do conjunto do funcionalismo público federal em greve e as
mobilizações propostas para o dia 2 de agosto pelas Centrais Sindicais,
massificar a luta e fortalecer as assembleias dos docentes para respaldar o CNG
nas negociações que se abriram.
Todo apoio às reivindicações
dos docentes federais
Por carreira docente, salários
e condições de trabalho
Em defesa da Educação Pública
Base dos Professores Federais do PCB
CC do PCB
Nenhum comentário:
Postar um comentário