“Nas ruas, nas praças, quem
disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!”
Apesar do projeto da direção da
faculdade de colocar catracas e câmeras em pontos “estratégicos” UNESP Franca
(que já estavam compradas!), alegando um laudo técnico de segurança, o
movimento estudantil compareceu em peso na Congregação com faixas, cartazes e a
ideia firme de que essa não é a melhor forma de garantir segurança na
universidade.
Muito pelo contrário, as catracas e
as câmeras representam a privatização do espaço público, a afirmação de que a
universidade é para apenas uns poucos que passaram pelo crivo do vestibular e
dos concursos públicos! A comunidade, já com pouco acesso ao espaço
universitário, teria de enfrentar mais uma barreira, dessa vez física, para
usufruir de um espaço que é essencialmente seu. Sem contar do avanço do
controle e da vigília constante que afetaria, certamente, as já poucas
atividades políticas e culturais no campus.
Apesar da reticência de alguns
professores, em especial do diretor da faculdade, o movimento estudantil
convenceu com muita força e sólida argumentação e, por unanimidade, as catracas
e câmeras foram reprovadas. Isso demonstra que, apesar do caráter
antidemocrático das congregações (70% de votos para professores, 15% para
estudantes e 15% para funcionários), os estudantes ainda podem, por sua
organização e energia, influenciar nos rumos da faculdade. Resta agora saber
como o diretor da faculdade vai se explicar, diante da comunidade, sobre o mau
uso feito do dinheiro público.
Essa foi a primeira vitória para
garantir minimamente que a universidade continue com seu caráter público e
livre. As tarefas ainda são muitas e a próxima é garantir que a nova moradia
seja digna e não se pareça com um quartel militar, como está colocado o atual
projeto. Mas pelo menos por hoje poderemos gritar: A UNESP É e CONTINUARÁ A SER
LIVRE!
Diretório Acadêmico da UNESP
Franca, Gestão Rompendo Amarras
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