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Otávio Lisboa Torres, militante
da USP repassou esse histórico de todos as
greves das universidades nos últimos 30 anos. É ótimo para debater com os
estudantes que caíram naquela mentira de que greve não dá em nada.
Viva a greve das federais! Pelo
fim do vestibular! Controle das universidades pelos estudantes e trabalhadores!
Reproduzimos o histórico das
greves nas universidades brasileiras.
Reivindicações e Resultados
1980 1981 1982 1984 1985 1987
1989 1991 1993 1994 1995 1996 1998 2000 2001 2003 2005
Greve 1980
Duração: 26 dias (16/11 a
11/12/1980)
IFES em greve: as 19
universidades autárquicas e mais 7 escolas
Reivindicações: Reposição
salarial de 48% retroativa a mar./80, um novo plano de carreira, verbas para a
educação até atingir a 12% do orçamento da União, reajuste salarial semestral, revogação
imediata do D.L. n.6733/79.
Resultados: Em 11/12/80 foram
publicados o D.L. n. 820 e o Decreto n. 85.487, estabelecendo um novo plano de
carreira do magistério superior das Instituições Federais Autárquicas e o reenquadramento
dos docentes.
Greve 1981
Duração: 20 dias, de 11/11 a
01/12/81
IFES em greve: as 19
universidades autárquicas e mais 5 escolas
Reivindicações: reposição
salarial de 45%, retroativa a mar./8l; reajuste semestral igual ao inpc, em
set./8l; enquadramento dos professores colaboradores que haviam sido
discriminados em 80; 12% do orçamento federal para a educação.
Resultados: Reposição salarial
de 30% para os docentes das lES autárquicas, a partir de 01/1/82; reenquadramento
dos colaboradores discriminados; fixação de um prazo de seis meses para
discutir a reestruturação da universidade.
Greve 1982
Duração: 32 dias, de 18/11 a
20/12/82
IFES em greve: 18 universidades
autárquicas e mais 3 escolas
Reivindicações: reposição
salarial de 23,8% sobre o salário de maio/82; reajuste semestral igual ao INPC,
em nov./82; aposentadoria integral; atribuição das vantagens dos estatutários
aos regidos pela CLT, e vice-versa; correção de distorções no enquadramento na
nova carreira docente; reestruturação da universidade com base na Proposta da
ANDES.
Resultados: Recuo do governo na
implantação, via decreto, do ensino pago nas universidades federais e da
transformação das autarquias em fundações.
Greve 1984
Duração: 84 dias, de 15/05 a
07/08/84
IFES em greve: as 19
universidades autárquicas e mais 8 escolas
Reivindicações: reposição de
64,8% sobre o salário de jan./84; reajuste semestral, em jul./84, com base no
INPC e garantido por lei; 13º salário para os estatutários e quinquênio para os
celetistas; piso salarial de três salários mínimos para os servidores
técnico-administrativos; verbas para o pleno funcionamento das lES.
Resultados: A greve se encerrou
sem nenhuma conquista. Mas em jan./85 os docentes das autarquias tiveram uma
reposição salarial de 20%, interpretado como resultado da greve de 84.
Greve de 1985
Duração: 45 dias, de 10/08 a
23/09/85
IFES em greve: as 16
universidades fundações
Reivindicações: reposição
salarial de 38,5%, reajuste salarial igual ao INPC do semestre, implantação de
reajuste trimestral, adicional de 5% a cada quinquênio, adicional de DE não
inferior a 50%, 5% de produtividade, aposentadoria integral, verbas para
custeio e capital das lES fundacionais no montante de 954 bilhões de cruzeiros.
Resultados: O MEC
comprometeu-se a elaborar um novo Plano de Cargos e Salários para as lES
fundacionais, com isonomia salarial, a entrar em vigor em jan./86. (Com o novo
plano de cargos e salários, algumas categorias de docentes em algumas fundações
tiveram, em 86, ganho superior a 50%)
Para saber sobre as demais
greves, consulte Coletivo
Lênin
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