Ao
invés de aplicar sobre o salário base do professor, com jornada de 40 horas,
que era de R$ 1.187,98, o percentual de 22,22%, que resultaria no piso salarial
de 2012 em R$ 1.451,00, o governo fez outra opção, transformou a remuneração em
subsídios. Considerando a situação de uma professora primária, com 25 anos de
serviço e jornada de 40h, vejam como fez o governo Wagner:
*
Salário Base de Dezembro de 2011 - R$ 1.187,98; + Vantagens de: 31% de regência
de classe (R$368,27); 27% de AC (R$ 320,75), 25% de avanço (R$ 296,99); 25% de
adicional (R$ 296,99); 10% de incentivo à qualificação (R$ 118,79). Ele juntou
o salário base R$ 1.187,98 + R$ 1.401,79 (de vantagens) = R$ 2.589,77, tirou as
vantagens da remuneração desses professores e transformou em subsídio, a menor,
ficando assim: R$ 1.659,70 subsídio, retroativo a janeiro de 2012 e o restante,
R$ 930,07, em vantagem nominal identificada.
Com
esse valor, o governo esta dizendo que paga acima do piso nacional, mas na
realidade os professores não tiveram nenhum reajuste e ainda perderam vantagens
e dinheiro, acabando a carreira e penalizando os professores que têm
licenciatura plena, especialização, mestrado e doutorado.
Se
o governo Wagner cumprisse a Lei do Piso e o Acordo que assinou, seria assim:
*
Salário Base de Dezembro de 2011 (professor primário) - R$ 1.187,98 + 22,22%
(percentual de correção do piso para 2012) = R$ 1.451,00 mais as vantagens de:
31% de regência de classe (R$ 449,81); 27% de AC (R$ 391,77), 25% de avanço (R$
362,75); 25% de adicional (R$ 362,75); 10% de incentivo à qualificação (R$
145,10), totalizando R$ 1.712,18. Somando o Salário Base R$ 1.451,00 +
Vantagens R$ 1.712,18 = Remuneração R$ 3.163,18.
O
governo diz que não tem dinheiro para cumprir o ACORDO, mas não abre as contas
do FUNDEB para provar e nem diz como esta sendo gasto os recursos do fundo.
Então, se o governo provasse que não tem como cumprir o Acordo, e se quisesse
garantir os estudantes em sala de aula, já teria solicitado do MEC recursos
para auxiliar no pagamento do que é de direito dos professores.
Porém,
o governo preferiu ficar na ilegalidade, não negociar com a categoria,
descontar os salários dos professores grevistas dos meses de abril e maio,
divulgar na imprensa inverdades e deixar os estudantes da Bahia sem aulas.
GOVERNO
SÉRIO RESPEITA O MAGISTÉRIO.
A
GREVE CONTINUA!
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