EM 19 DE JUNHO DE 2012*
Entre 2007, primeiro ano da
administração petista, e 2011, o governo Jaques Wagner elevou em 162,5% os
gastos com propaganda, promoção e divulgação das ações do Estado. Nesse
período, as despesas com publicidade saltaram de R$ 46 milhões para R$ 122
milhões. Os dados estão no relatório de contas de 2011 do governo do estado elaborado
pela conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), Ridalva
Figueiredo.
Em comparação com 2010, quando
foram gastos R$ 109 milhões, houve um aumento de 12%. A Secretaria de
Comunicação Social e a Casa Civil foram as instâncias do governo estadual que
registraram maiores despesas na área, com R$ 29,2 milhões e R$ 13,9 milhões,
respectivamente.
Entre as estatais, os gastos
com publicidade foram liderados pela Empresa Baiana de Turismo (Bahiatursa),
com R$ 11,4 milhões, seguida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento
(Embasa), com R$ 7,3 milhões, e a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), com R$
3,3 milhões.
Se o orçamento para a
divulgação dos projetos do governo não para de aumentar, os recursos destinados
a ações de combate à seca, problema que fez mais da metade dos municípios
baianos declarar situação de emergência neste ano, foram considerados
insuficientes pelo conselheiro Pedro Lino, que votou pela desaprovação das
contas do governo durante julgamento realizado na semana passada.
“Através de pesquisa realizada
por minha assessoria nos sistemas corporativos do Estado, verificou-se que
foram aplicados recursos no montante de R$ 37.599.143,88 através da execução de
apenas dois projetos e duas atividades visando a assistência às famílias e
municípios e implantação de soluções hídricas. Entretanto, nenhuma destas ações
foi estabelecida como meta prioritária”, critica o conselheiro no parecer sobre
as contas do poder executivo, destacando que a quantia empregada para reduzir
os efeitos da seca foi mais de três vezes menor do que os recursos destinados a
promover as ações do governo.
*Publicação autorizada pelo
autor jornalista Guilherme Vasconcelos
Fonte: Consulado
Social
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