Ontem a televisão anunciou a morte do leão ARIEL depois de padecer por muito tempo de paralisia das patas dianteiras e traseiras. Programas de televisão já haviam feito reportagens falando do seu sofrimento, médicos veterinários se ofereceram gratuitamente para tratá-lo, se revezando dia e noite. Montaram uma UTI de última geração na casa em São Paulo, enquanto milhares de reais foram doados pelas pessoas. A imprensa brasileira e a de outros países noticiaram com grandes manchetes a sua morte e os canais de televisão deram grande destaque pela morte do coitadinho do Ariel.
Mas, afinal o que tem a ver o ARIEL com a minha filha?
Ela está com sete cistos no cérebro que crescem na proporção de meio milímetro por mês. É uma professora com pós graduação, mãe de família, diretora abnegada de uma escola pública, paga um plano de saúde chamado PLANSERV, já teve negado quatro (4) pedidos pelo Estado da Bahia e corre serio perigo de vida conforme os laudos médicos, a imprensa nunca a entrevistou, não recebe nenhuma doação como aquelas que abarrotaram a casa do Ariel, nem estamos pedindo, o médico cobra cem mil para operá-la, nenhum médico se ofereceu gratuitamente para realizar a operação nem acompanhá-la dia e noite com aquela mesma abnegação dos médicos do Ariel.
Moral da história.
Neste país é melhor ser bicho do mato que ser professor do Estado.
E ainda tem gente que sonha em ser professor...
MAX BRANDÃO CIRNE
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