Após 11 anos a comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) voltou a promover umas das instâncias mais importantes da instituição. A realização da Assembléia Universitária (AU) na terça, 19, foi considerado um momento histórico por ampliar a aliança entre os três segmentos (professores, estudantes e funcionários), rever posicionamentos tomados pelas categorias, respeitando-se pontos em comuns e distintos, e, finalmente fortalecer o movimento paredista em curso.
Com quase sete horas de intensos debates políticos e reflexões de qual caminho adotar para implementar a luta unificada, a AU tirou indicativos que servirão para nortear a greve e se tornou um primeiro passo para que as ações saiam dos muros da academia e passe a envolver a sociedade na defesa da Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade e Socialmente referendada.
Apesar de a famigerada Lei 7176/97 ter retirado o papel da AU, a sua realização enquanto espaço de proposição política foi uma ação crucial para o fortalecimento da instituição. Prova disso, foi a ampla participação dos três segmentos acadêmicos e segmentos sociais da comunidade externa, responsáveis pela aprovação de proposições mais avançadas no sentido de radicalizar o movimento, uma vez que este é o único rumo que resta na luta contra a política de sucateamento da Educação Pública.
Encaminhamentos consolidados
A primeira medida adotada pela AU foi conscientizar os servidores-técnicos a ingressarem na greve unificada para o seu fortalecimento. Os funcionários, entretanto, afirmaram que apesar de já ter iniciado uma mobilização, a deflagração da greve requer um tempo maior haja vista as dificuldades encontradas em seu interior. Mesmo com esta categoria ainda não estando em greve, foi aprovada a criação de um Comando Unificado, com os seus membros sendo eleitos no próximo encontro já agendado para o dia 04 de maio, às 8h, no campus de Itapetinga.
A deliberação tomada no dia anterior pelos professores (veja aqui) em liberar as aulas dos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) e os estágios foram reavaliados e considerados como sendo um impedimento no fortalecimento do movimento, pois está minando a luta. Com a nova decisão, os alunos sinalizaram que será necessária a realização de piquetes para impedir as aulas.
No que diz respeito às questões referentes à reitoria, a plenária da AU aprovou uma Auditoria Pública nas contas da Universidade em busca de transparência, já que a administração não se mostra disposta a apresentar para a Comunidade Acadêmica como as verbas da instituição estão sendo aplicadas. Também foi aprovada a campanha para mudança no Estatuto da UESB e a ocupação da Rádio e TV UESB devido a sua inoperância quanto à cobertura do movimento.
Com a instituição do Comando Unificado, apesar da permanência de ações programadas no interior de cada categoria estarem garantidas, a partir de agora as atividades devem ser programadas conjuntamente. Nesta perspectiva, a AU deliberou por um encontro com os professores da Rede Pública de Ensino de Vitória da Conquista e acatou a decisão tomada na assembleia dos docentes e na próxima quinta, 28, um Ato Público será realizado na região do Iguatemi, em Salvador, com a participação das demais universidades.
Que coisa!!!! A assembleia da ADUSB DELIBEROU, democraticamente, o retorno das aulas das pós-graduações. A assembleia (universitaria), citada acima, sem nenhum formalismo INDICOU a formação de piquetes por parte dos alunos, segundo o noticiário acima. Pergunto-me, o que faremos?? A ADUSB vai rever a decisão da assembleia, que é institucionalizada? Vou marcar as aulas da minha turma do mestrado?? O impedido de desenvolver atividades de pós-graduação é um procedimento que não se justifica, podendo prejudicar alunos e a própria instituição, pois temos contratos de bolsas com instituições de fomento como FAPESB, CNPq e CAPES, e por isso houve o BOM SENSO, dos professores em liberá-las, o que temo não ter acontecido na AU. Por favor ADUSB, o que faremos?
ResponderExcluirFaço minhas as palavras de Márcio.
ResponderExcluirPessoal,
ResponderExcluirEstou com um documento em mãos liberando as atividades de Estágio pelo Comando de Greve com data do dia 12/04. Com base nesse documento, fiz reunião na Escola Campo com direção e professores firmando o convênio de Estágio e os alunos já estão em campo.Penso que uma atitide dessa fere o nome da instituição UESB na comunidade.Além do mais, aqui em Jequié aconteceu uma greve na rede municipal inviabilizando nossas atividades. Pergunto: O que fazer agora??