Governistas afirmaram que não negociam com a categoria em greve.
Foto: Ascom Fórum das ADs
Após quatro meses do surpreendente aparecimento da cláusula restritiva, finalmente o governo recebeu o Movimento Docente (MD) para discutir o desfecho da Campanha Salarial 2010. O encontro ocorrido na tarde desta sexta, 15, no entanto, foi considerado pelo Coordenador de Desenvolvimento da Educação Superior (CODES), Clóvis Caribé, pelo Superintendente de Recursos Humanos da Secretaria da Administração (SAEB), Adriano Tambone e pela Coordenadora de Articulação Social da Secretaria de Relações Institucionais (SERIN), Meire Cruz e Souza, como sendo apenas uma “reunião preparatória” para reabertura da Mesa Setorial de Negociação.
Na velha e já conhecida prática da enrolação, desta vez, o governo afirmou que não poderia apresentar nenhuma resposta, não abriria o diálogo, já que as três secretarias que compõem a Mesa Setorial de Negociação (SEC, SAEB e SERIN) já haviam se reunido apontando para a condição de somente conversar com a categoria desde que estejam desenvolvendo as suas atividades fins, e, finalmente, que não retiraria a cláusula. Desta forma, o reinício do diálogo já nasce ameaçado pela imposição deste novo condicionamento.
O governo rejeita, assim, a greve enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora e tenta deslegitimar o movimento paredista - já em curso em três das quatros Universidades Estaduais da Bahia, esquecendo que a causa da paralisação geral é uma resposta à sua política para a Educação Superior, responsável por pagar um dos piores salários da região Nordeste do país, além de impor sucessivos decretos que ferem a autonomia das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) ao promover cortes em seu orçamento e atacando direitos dos docentes resguardados no Estatuto do Magistério.
Mesmo diante de tal informação, o Fórum das ADs e os Comandos de Greve tensionaram e insistiram em manter a negociação, lembrando que o desfecho foi criado pelo próprio governo e não pelo MD já que a proposta já havia sido aceita, mesmo com a incorporação da CET acontecendo em longínquos quatro anos. Em sumo, o governo tentou apresentar uma “desculpa” para a inclusão da cláusula alegando que o MD já tinha conhecimento, pois esta é uma condição presente em todos os acordos salariais de todas as categorias, além do mais a mesma situação foi registrada durante as negociações de incorporação da Gratificação por Estímulo à Atividade Acadêmica (GEAA), em 2007/2008. No entanto, admitiu que quatro anos era, de fato, muito tempo, uma vez que nas negociações com outras categorias o prazo máximo estabelecido era de três anos.
Numa tentativa de legitimar a cláusula, os governistas sugeriram que o Fórum das ADs apresentasse uma redação reformulada para uma nova discussão, mas imediatamente as direções das Associações de Docentes (ADs) e o Comando de Greve rechaçaram a proposta, ressaltando que as assembleias já haviam rejeitado a cláusula completamente. A reunião foi finalizada com duas perguntas ventiladas pelo MD: se o governo vai negociar com a categoria em greve e se o governo apresentará uma nova redação para a cláusula. Clóvis Caribé informou que responderá ao Fórum das ADs até a próxima quarta, 20 de abril.
Na velha e já conhecida prática da enrolação, desta vez, o governo afirmou que não poderia apresentar nenhuma resposta, não abriria o diálogo, já que as três secretarias que compõem a Mesa Setorial de Negociação (SEC, SAEB e SERIN) já haviam se reunido apontando para a condição de somente conversar com a categoria desde que estejam desenvolvendo as suas atividades fins, e, finalmente, que não retiraria a cláusula. Desta forma, o reinício do diálogo já nasce ameaçado pela imposição deste novo condicionamento.
O governo rejeita, assim, a greve enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora e tenta deslegitimar o movimento paredista - já em curso em três das quatros Universidades Estaduais da Bahia, esquecendo que a causa da paralisação geral é uma resposta à sua política para a Educação Superior, responsável por pagar um dos piores salários da região Nordeste do país, além de impor sucessivos decretos que ferem a autonomia das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) ao promover cortes em seu orçamento e atacando direitos dos docentes resguardados no Estatuto do Magistério.
Mesmo diante de tal informação, o Fórum das ADs e os Comandos de Greve tensionaram e insistiram em manter a negociação, lembrando que o desfecho foi criado pelo próprio governo e não pelo MD já que a proposta já havia sido aceita, mesmo com a incorporação da CET acontecendo em longínquos quatro anos. Em sumo, o governo tentou apresentar uma “desculpa” para a inclusão da cláusula alegando que o MD já tinha conhecimento, pois esta é uma condição presente em todos os acordos salariais de todas as categorias, além do mais a mesma situação foi registrada durante as negociações de incorporação da Gratificação por Estímulo à Atividade Acadêmica (GEAA), em 2007/2008. No entanto, admitiu que quatro anos era, de fato, muito tempo, uma vez que nas negociações com outras categorias o prazo máximo estabelecido era de três anos.
Numa tentativa de legitimar a cláusula, os governistas sugeriram que o Fórum das ADs apresentasse uma redação reformulada para uma nova discussão, mas imediatamente as direções das Associações de Docentes (ADs) e o Comando de Greve rechaçaram a proposta, ressaltando que as assembleias já haviam rejeitado a cláusula completamente. A reunião foi finalizada com duas perguntas ventiladas pelo MD: se o governo vai negociar com a categoria em greve e se o governo apresentará uma nova redação para a cláusula. Clóvis Caribé informou que responderá ao Fórum das ADs até a próxima quarta, 20 de abril.
Publicada originalmente no site da ADUSB-SSind
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