Por decisão consensual, os professores da UESB decidiram pela manutenção da greve. Conforme entendimento da plenária da Assembleia Geral, ocorrida nesta segunda, 18, no campus de Itapetinga, as duas reuniões com o governo para discutir o Decreto 12.583/11 e a cláusula restritiva não apresentaram nenhuma novidade. Pelo contrário, reforçou ainda mais o caráter do governo Jaques Wagner no que diz respeito aos ataques à Universidade Pública.
A categoria referendou a posição do Fórum das ADs durante a reunião de sexta, 15, de que o Movimento Docente (MD) não deve apresentar uma contraproposta de redação para a cláusula, conforme solicitado pelo do governo. Os professores voltarão a discutir o assunto quando o governo apresentar uma resposta, que, de acordo com o Coordenador de Desenvolvimento da Educação Superior (CODES), Clóvis Caribé, será na quarta, 20. Quanto ao Decreto 12.583/11, a categoria rechaçou a tentativa do governo em deslegitimar as representações sindicais ao abrir uma negociação “às escondidas” com os reitores.
A “coisa estranha” que acontece na UESB, segundo revelação do governo, também foi pontuada e, ao lamentar o papel da Reitoria, os professores decidiram que também vão endurecer com a administração para que os fatos sejam esclarecidos e a Pauta Interna atendida, já que até o momento nenhuma resposta concreta foi apresentada.
No intuito de buscar respostas para as questões que estão colocadas neste momento de crise nas Universidades Estaduais, especificamente, na UESB, a assembleia aprovou a realização de uma Audiência Pública na próxima terça, 26 de abril, às 14h no campus de Vitória da Conquista, já que os membros do governo só possuem posição pessoal e nada podem fazer. Também foi cobrada uma posição publica do Fórum dos Reitores quanto ao Decreto 12.583/11 e a greve.
Decisões e ações importantes aprovadas
O Mandado de Segurança visando garantir o salário dos docentes foi avaliado como uma medida importante, mas antes de ser efetivada, a Assessoria Jurídica da ADUSB-SSind deverá entrar em sintonia com a assessoria do ANDES-Sindicato Nacional para saber qual o melhor caminho a ser adotado.
No que diz respeito aos recursos às decisões do Comando de Greve, a plenária determinou a liberação das aulas nos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado), a manutenção da representatividade da ADUSB-SSind com participação de membros da diretoria e o representante do Comando de Greve nas reuniões com o governo. Além disso, os pontos cruciais para a Assembléia Universitária a ser realizada no dia seguinte como a aprovação do seu caráter deliberativo, o voto universal e a manutenção das assembleias de categoria como instância decisiva, também foram aprovados.
Os docentes da UESB que hoje ocupam cargos públicos, sejam no Governo do Estado ou através de mandatos eletivos, foram avaliados pela assembleia por acreditar que estes, apesar da história de combatentes, atualmente prejudicam a luta sindical. Por este motivo, a plenária aprovou uma nota de repúdio ao deputado José Raimundo Fontes (PT) e uma campanha publicitária (cartazes e outdoor) com nome e foto, revelando à sociedade quem são os professores. Antes, porém, será realizada uma consulta junto ao setor jurídico a fim de buscar a validade do encaminhamento.
A plenária aprovou ainda uma ação relâmpago na manhã de quarta, 20, no aeroporto de Jequié, por ocasião da chegada do governador à cidade. Aproveitando o momento religioso, acontecerá a queima do Judas, com afixação do boneco na terça, 26, a promoção de uma enquete para a escolha de quem é o Judas das Universidades Estaduais com a queima no sábado, 30. Ainda no calendário de novas ações, foi aprovada a realização de um Ato Público na região do Iguatemi, em Salvador, na quinta, 28, em conjunto com as demais universidades.
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