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domingo, 24 de agosto de 2014

Globo e Fifa envolvidas em gigantesca fraude fiscal, segundo processo da Receita

17/7/2014
Por Redação - do Rio de Janeiro

Manifestantes projetaram palavras como “Sonega”, “Mente” e “Manipula” sob o logotipo da Rede Globo, em São Paulo


O jornalista Miguel do Rosário revela, em primeira mão no site O Cafezinho, detalhes do processo em que o maior conglomerado de mídia do país é investigado por sonegação de impostos, evasão de divisas e formação de quadrilha. Os autos desapareceram da Receita Federal há cerca de um ano mas, agora, uma cópia ipsis literis reapareceu e vazou para a internet.

A transação, que pressupõe a existência de uma quadrilha internacional, simula negócios para permitir que a operação verdadeira – a compra dos direitos de transmissão para o Brasil dos jogos da Copa de 2002, realizada no Japão e Coreia do Sul – significasse uma gigantesca evasão de impostos. Os valores, reajustados, ultrapassam a casa de R$ 1 bilhão, sem contar as transações ainda obscuras que podem estar envolvidas na cessão da autorização de exclusividade da Fifa para o televisionamento do Mundial. A transmissão da Copa do Mundo de 2014 também foi exclusiva deste grupo de mídia, que conta com recursos públicos do governo federal.

Leia, a seguir, o resumo dos fatos que o jornalista Fernando Brito publicou nesta quinta-feira, no site Tijolaço, com base nas provas contidas no processo que agora reaparece, “embora duvide que o Ministério Público vá tomar qualquer atitude”, desconfia Brito.

“A Fifa entregou a International Sports Media and Marketing, um braço da conhecida ISL, que foi indiciada na Justiça suíça por fraudes e falsificação de documentos.

“A ISMM vendeu, em 29 de junho de 1998, à TV Globo e a Globo Overseas, empresa da Globo na Holanda, os direitos de transmissão daquela Copa em oito parcelas, a última a vencer em 2002.

“Quem pagou foi a Globo Overseas, repito, sediada na Holanda, mas controlada integralmente pela Globinter, uma empresa de fachada, que funcionava numa caixa postal nas Antilhas Holandesas, paraíso fiscal no Caribe.

“A Globinter, por sua vez, é controlada pela Globo Radio, empresa das Ilhas Cayman, adivinhe, um paraíso fiscal.

“Pagou com dinheiro supostamente tomado de uma tal Power Company, com sede no Uruguai. Que é, por sua vez, propriedade da holding Globopar (controladora) da TV Globo.

“Não se perca, calma.

“Aí a Globinter, das Antilhas Holandesas, cria uma nova empresa, em outro paraíso fiscal, as Ilhas Virgens Britânicas, a Empire Investment Group, integralizando o capital com os direitos de transmissão da Copa.

“Como a Globinter é dona da Globo Overseas, pôde passar os direitos à Empire.

“A Globinter, então, “vende” a Empire à TV Globo ao Brasil e, com isso, vão os direitos televisivos.

“A Empire some do mapa.

“E a Globo forma uma nova empresa no Brasil, a GEE Ltda, que tem como capital estes mesmos direitos.

“Vende, então, 30% destes direitos, na forma de participação societária na GEE, para a Globosat, que controla seus canais de tv a cabo.

“E a GEE também morre e seu espólio, a transmissão da Copa, finalmente fica, oficialmente, nas mãos da TV Globo e da Globosat (cabo).

“Para que todo este transeté no molho do piqueretê de faz-desfaz-compra-vende de empresas?

“Para remeter, à guisa de empréstimos, adiantamentos e compras de cotas de capital nestas empresas de fachada os recursos com os quais se compraram estes direitos de transmissão da Copa.

“Ou seja, para produzir uma fraude fiscal de R$ 615 milhões, na época, ou R$ 1,2 bilhão, hoje.

“Mas, como o Brasil é um país iluminado, um belo dia uma escriturária da Receita Federal, sem mais nem porquê, volta de suas férias na repartição e rouba o processo contra a Globo.

“Por nada, por nada, só porque lhe deu na telha.

“E o nosso Ministério Público, nossa mídia e nosso Judiciário se satisfazem com essa explicação.

“Só os blogueiros sujos, estes recalcados, não se conformam com essa conversa.

Conheça os documentos:
 

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