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terça-feira, 17 de julho de 2012

SOBRE OS FRUTOS DESTA GREVE


Por Silvanei Rocha Oliveira (Silvinha)

Consultando o Aurélio, recolho estes significados para “dignidade”: autoridade moral, honra, decência, respeito a si mesmo... E, a partir dessa constatação semântica, sou tomada por sentimentos ambivalentes: por um lado, sinto-me desvalorizada, esmagada por um governo que tem a seu favor o jurídico, a mídia, a desinformação da sociedade, o controle político, o poder econômico; por outro lado, sinto-me satisfeita, honrada por pertencer a essa categoria que ousou enfrentar o “Golias”. Muito mais que coragem, nessa luta desigual, demonstrou nobreza de princípios, o que me deixa orgulhosa de ser PROFESSORA.
Em 11 de abril de 2012, Iniciava-se o reinado do terror wagneriano, uma repugnante combinação de medidas cruéis: abomináveis decisões judiciais, bombardeio de propagandas enganosas, intimidação do estado. Cortaram nossos meios de subsistência, fragilizaram nossa sanidade mental, enfim, tentaram de todas as formas nos desestabilizar. No entanto, mantivemos o equilíbrio, às duras penas, a fim revelar para a sociedade a real faceta desse governo que age contra os professores, contra os alunos e, sobretudo, contra a educação.    
Na realidade, os petistas revelaram ser mais adeptos de selvagerias contra os trabalhadores do que seus modelos carlistas. O sadismo que os carlistas levaram décadas para manifestar, os petistas aprenderam em poucos anos.      Embriagados com as sucessivas vitórias eleitorais, esse governo tende a fazer pouco dos protestos dos professores, por acreditar que todos são passíveis de cooptação e que, por isso, se manterá eternamente no poder.
Compartilhar experiências nessa luta, em processo há mais de três meses, suscitou-me a seguinte reflexão: “Quando querem transformar dignidade em doença / Quando querem transformar esperança em maldição / É o bem contra o mal e você de que lado você está?”

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