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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Costa Rica livra-se de seus zoológicos



Ministro do Ambiente declara: consciência evolui; manter
animais em jaulas é ideia antiga, que já não combina com país.
Costa Rica
5 de agosto de 2013
 

Depois de quase 95 anos, o governo da Costa Rica decidiu colocar um fim à exibição de animais enjaulados em zoos.
O Zoológico Simon Bolivar foi criado por decreto em 1919 e abriu no coração da capital em 1921. Desde então, gerações de famílias visitaram a Costa Rica e seu zoo para ver animais selvagens locais, como onças ameaçadas de extinção e outras espécies, como leões.
Depois de décadas de operação e visitação extensiva, o Ministério do Meio Ambiente e Energia (MINAE) afirmou que a Costa Rica tem visto uma mudança na consciência ambiental e que a ideia de zoológicos com animais em jaulas expirou.
“O MINAE tem a responsabilidade de responder ao crescimento da consciência ambiental dos costarriquenhos, que não querem mais ver animais em jaulas. É uma velha ideia, que não combina mais com os costarriquenhos”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Rene Castro. Cerca de 400 animais de 71 espécies de pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos que habitam o Zoo Simon Bolivar serão levados a centros de resgate em maio do próximo ano, e os nativos serão soltos na natureza. O zoo, que é administrado há 20 anos pela Fundação Fundazoo, será transformado em um parque botânico, que também terá como objetivos pesquisas científicas e educação.O governo também está trabalhando junto à comunidade para determinar o que será criado no local do Centro de Conservação de Santa Ana, outro zoo operado pela mesma fundação, e que tem 52 hectares – será mantida sua classificação de Parque Natural Urbano.

A Costa Rica, reconhecida internacionalmente por suas políticas de conservação ambiental, é um país pequeno, de 4,5 milhões de habitantes, lar de mais de 5% da biodiversidade do planeta. Suas florestas cobrem 52,3% de seu território, do qual 30% permanecem protegidos na forma de Parques Nacionais e Reservas.


Tradução de João Paiva, Teca Franco, Junia Machado

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