Carlos Marighella (Reprodução) |
Em uma decisão histórica e
inédita alunos do colégio estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em
Salvador (BA), decidiram na última terça-feira (10) mudar o nome do colégio
para Carlos Marighella. A decisão foi feita em uma assembleia em conjunto com
os professores, e o resultado será encaminhado para a Secretaria da Educação da
Bahia para que seja avaliada a possibilidade de uma renomeação.
O colégio foi inaugurado
durante a ditadura civil-militar, quando o general que ocupava o Palácio do
Planalto era Emílio Garrastazu Médici. Durante seu governo, iniciado logo após
a instauração do AI-5, centenas de militantes foram perseguidos e mortos pelo
regime, entre eles o militante comunista baiano Carlos Marighella, que havia
passado os seus últimos anos tentando organizar a Aliança Nacional Libertadora,
que combatia a ditadura com ações de guerrilha.
Além de Marighella, outra opção
para o nome do colégio era o do geógrafo baiano Milton Santos, grande
intelectual e exilado da ditadura.
A eleição foi organizada pel
coordenação pedagógica da escola, e composta por professores, funcionários,
estudantes e pais de alunos. A ideia de mudar o nome da escola veio depois de
uma atividade escolar, uma exposição organizada pelas turmas do último ano, batizada
de “A vida em preto e branco: Carlos Marighella e a ditadura militar”. A
exposição envolveu os alunos.
Fonte: Pragmatismo
Político
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