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A lei que tramita no Congresso
restaura os limites que vigoram desde 1985 no país e permitirá interrupção da
gravidez só em casos de estupro e de risco para mãe ou para o feto
13/02/2014
Da Redação
Cerca de 200 espanholas
protestaram de uma forma inusitada contra a nova lei anti aborto que pode ser
aprovada no país: elas registraram em cartório pedido de propriedade sobre o
próprio corpo.
O ato ocorreu, no último dia 5,
em cartórios de seis cidades espanholas: Madri, Barcelona, Bilbao, Sevilha,
Pamplona e Pontevedra. Nas duas primeiras, os cartórios aceitaram os pedidos e
já estão fazendo os trâmites necessários.
Segundo a ativista Yolanda
Domíngues, o ato foi pensado para mostrar que as mulheres estão "fartas de
que todo mundo decida sobre o corpo feminino".
"Foi uma maneira de
reivindicar o direito de decidir sobre nosso corpo. Já que nos tratam como
objetos, queremos reforçar que 'meu corpo é minha propriedade'", explicou
a ativista.Yolanda também afirmou que mulheres do mundo todo, inclusive do
Brasil, se mostraram animadas em realizar ações parecidas.
O premiê Mariano Rajoy
apresentou o projeto anti aborto no final do ano passado. Nele, o aborto só
será considerado legal na Espanha se for fruto de um estupro ou se houver risco
de morte para a mãe ou para o fato. A lei vigente hoje, de 1985, considerada
uma das mais avançadas da Europa, permite o aborto até a 14ª semana de gravidez
sem nenhuma restrição.
Nesta terça-feira (11) o PSOE,
partido de esquerda espanhol, tentou retirar o projeto da pauta do Congresso,
mas acabou sendo derrotado em votação secreta.
Com informações da BBC e do
Estado de S.Paulo
Fonte: Brasil de Fato
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