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Quase todo orçamento da
universidade está comprometido com gastos com pessoal
A Universidade de São Paulo
(USP) cortou em 73% a verba para projetos especiais, que são voltados às áreas
de pesquisa, graduação, pós-graduação e extensão, por causa do sufoco
financeiro pelo qual vem passando. O orçamento deste ano destinou R$ 11,7
milhões para essa área, ante R$ 44,4 milhões
do ano passado.
“Vai ser um grande problema em
relação ao desenvolvimento das pesquisas, mas também tem toda a estrutura
física. Boa parte dos novos laboratórios não deve sair”, disse ao jornal “O
Estado de S. Paulo” uma pesquisadora da área biomédica que não quis se
identificar. Iniciativas como os Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) devem ser
afetados.
As dificuldades da universidade
têm relação com o alto custo com a folha de pagamentos de funcionários e
professores e aposentados. Dos R$ 5 bilhões do orçamento da USP, 99,96% estão
comprometidos com o gasto com pessoal. O restante tem de ser dividido com
custeio e investimentos. Para dar conta dos demais gastos, a universidade tem
usado verba de reserva e cortou em 29,3% o orçamento para custeio e
investimento.
A reitoria afirmou que estão
congeladas até abril, pelo menos, contratações e novas obras. O reitor Marco
Antonio Zago garante que, apesar dos cortes, não haverá prejuízos à
universidade. “De saída, a melhor solução é brecar [os gastos]. Depois,
analisaremos caso a caso”, declarou ao jornal. Os cortes vão atingir também o
campus da Zona Leste, interditados por causa de passivos ambientais.
Fonte: Spresso
SP
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