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sexta-feira, 7 de março de 2014

Marx, Darwin, Freud e Einstein moldaram nosso mundo

livro esboça a história das ideias humanas, dos filósofos europeus da Antiguidade Clássica ao século 18 Você pode discordar das ideias de um deles –ou das de todos eles–, mas a escolha dos quatro nomes fundamentais para a compreensão do mundo atual, feita por Stephen Trombley em "50 Pensadores que Formaram o Mundo Moderno", é difícil de questionar. Dos 50, o autor destaca Marx, Darwin, Freud e Einstein.
Karl Marx (1818-1883) apresentou uma análise original dos conflitos de classes ao longo da história. A teoria marxista deu origem a revoluções em todos os cantos do planeta, alterou fronteiras e, mesmo depois da Guerra Fria, continua a inspirar debates.
No século 19, a humanidade estava confiante de que a razão e a ciência eram capazes de dominar a natureza até que Sigmund Freud (1856-1939) mostrou que não dominávamos nem mesmo nossos próprios pensamentos.
"A Interpretação dos Sonhos" apresentou uma instância da mente que era ignorada: o inconsciente. O pressuposto foi o estopim de uma revolução teórica que permeou o debate sobre o comportamento humano no século 20.
Charles Darwin (1809-1882) revolucionou a biologia ao publicar "Sobre a Origem das Espécies Através da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida", ou simplesmente "A Origem das Espécies", como a obra ficou conhecida.

Com tiragem inicial de 1.250 exemplares, "o livro que abalou o mundo", considerado um dos mais importantes da história, dava ao mundo a teoria da evolução. O estudo do naturalista apontava para um lento processo de seleção natural e de descendência, por meio de inúmeras mutações e adaptações graduais.
Albert Einstein (1879-1955), premiado com o Nobel de Física em 1921, foi o responsável pela Relatividade. A teoria expunha que a mecânica newtoniana, sólida explicação dos fenômenos físicos, não podia ser aplicada a todos os fenômenos do Universo.
 
A era dos 'gigantes filosóficos' terminou
 
"Por que motivo o passado teve mais nomes importantes entre os pensadores?", questiona Trombley. O autor responde fundamentado no ensaio "O Futuro da Filosofia', de John Searle, "temos mais filósofos bem treinados que em qualquer outra época e eles estão ocupados resolvendo problemas filosóficos".
Segundo Searle, aproximadamente 90% dos problemas deixados pelos gregos da Antiguidade permanecem conosco. "E ainda não encontramos um modo científico, linguístico ou matemático de responder a eles".
"Talvez tenhamos mais equipamentos militares do que inimigos", diz Trombley, "Pode ser que tenhamos mais filósofos que problemas".
 
Fonte: Folha de S.Paulo, 27/02/2014

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