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domingo, 10 de junho de 2012

Ações de Jaques Wagner/PT contra professores da Bahia repercutem em todo o país


2012-06-10 14:17
Docentes estão há de mais sessenta dias em greve, o que afeta diretamente mais de 1 milhão de alunos que usam a rede pública. O governador Jaques Wagner/PT, ao invés de negociar e cumprir acordo feito com a categoria em novembro último apela, desavergonhadamente, para a mentira, truculência e manda descontar salários dos professores. Parece até o "Toninho Malvadeza" da "modernidade".  Ações do petista repercutem negativamente em todo o país
Os professores da Rede Estadual da Bahia estão em greve há mais de sessenta dias. Enfrentam a intransigência de Jaques Wagner (PT) e reivindicam, como pauta maior, o cumprimento integral da Lei 11.738/2008, segundo a qual os docentes da Educação Básica Pública de todas as redes do país deveriam ter recebido, desde janeiro último, reajuste linear de, no mínimo, 22,23%. Essa mesma Lei diz que caso prefeitos e/ou governadores não possam aplicar tal percentual de correção, a União complementa com recursos financeiros. Para isso, basta que estados e municípios abram suas receitas/despesas e demonstrem que precisam de ajuda.
Apenas em relação ao Fundeb, veja abaixo alguns recursos específicos da Educação gerenciados pelo atual governo baiano até maio deste ano, quase 1 bilhão de reais. Mesmo alegando que não pode atender os professores, Wagner até agora não pediu "socorro" à União.

RECURSOS FUNDEB - BAHIA 2012              VALOR (R$)
janeiro                                                                270.858.588,09
fevereiro                                                            159.081.362,68
março                                                                  177.115.545,81
abril                                                                   337.066.274,20
maio                                                                   256.434.474,70
TOTAL                                                             929.968.515,08

As mentiras, manipulações e truculências do governador
Desde o início da greve, o governador Jaques Wagner em nenhum momento deu qualquer sinal de que pretendia negociar de forma séria com os professores ou, muito menos, apontar uma saída positiva para tantos dias sem aulas. Pelo contrário. Iniciou pela mídia uma campanha para tentar desqualificar o movimento e confundir a opinião pública. Diz desconhecer o acordo assinado que sua equipe fez com a APLB em novembro último, onde o governo se comprometia a aplicar o percentual de correção do piso que o MEC estipulasse, os 22,23%. Além disso, dá propositalmente uma série de interpretações estapafúrdias à Lei 11.738/2008, ao afirmar, por exemplo, que "ela ampara apenas os professores que não têm curso superior". Wagner apelou ainda à justiça para que decretasse a greve ilegal e, criminosamente, mandou descontar salários dos grevistas, atropelando inclusive uma recente decisão do STF, que proíbe tal tipo de medida. Parece até o velho Antônio Carlos Magalhães... Só que piorado, segundo depoimentos de muitos baianos e pessoas pelo país afora.
É importante não esquecer que a Lei do Piso Nacional do Magistério era para estar sendo posta em prática desde 2009, ano seguinte à sua aprovação. Além disso, o percentual de 22,23% refere-se ao custo-aluno 2012 repassado aos estados e municípios desde janeiro último, e é relativo ao modo de correção anual do Piso, tudo de acordo com a citada Lei 11.738/2008. Portanto, são totalmente absurdas e improcedentes as alegações de Jaques Wagner para não atender às reivindicações dos professores e prejudicar os alunos.

A greve continua
Apesar da intransigência e ameaças do governador, os docentes baianos estão firmes na paralisação. Categoria rejeita as propostas ridículas feitas pelo governo para aniquilar a Lei do Piso Nacional e permanece em greve.
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