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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Zumbi Vive, um manifesto a favor da diversidade da vida!


Imagem: cambetabangkokmacau.blogspot.com
Ato Público contra racismo e homofobia no IFBA

As palavras que usamos e os pensamentos que fomentamos definem as “coisas” que somos como uma construção continua da realidade, que será mais ou menos rica a depender da nossa militância individual em prol de um mundo mais rico em termos de possibilidades relacionais.
Alexey Dodsworth.

Um grupo de professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Campus Vitória da Conquista, doravante denominado Família IFBA, convoca a sociedade conquistense para o Ato Público Zumbi Vive, um manifesto a favor da diversidade da vida! Um Ato contra o racismo e homofobia, que acontecerá no Pátio interno do IFBA, no dia 21 de junho, às 10h da manhã.
Desde 30 de abril declarações de cunho homofóbico e racista foram deflagradas em diversos e-mails no ambiente do INTRAUNIDADE, que é um grupo para discussão de assuntos institucionais ou não, entre os funcionários do IFBA no campus Vitória da Conquista (professores e técnicos-administrativos), que embora seja um espaço não-oficial de envio e recebimento de e-mails, é utilizado pela Direção para comunicação interna entre os servidores.
Este episódio virtual que explicita o momento real de muita intolerância, cerceamento de direitos, violência psicológica e simbólica que se construiu no IFBA tem origem em e-mails encaminhados por docentes deste campus e que expressa um movimento geral que ainda persiste na sociedade brasileira.
Tal fato indignou muitos servidores que se sentiram violentados pelas manifestações contra direitos garantidos na forma de lei, mas que ainda encontram resistência de efetivação.
Não poderíamos nos calar diante de demonstrações de preconceito, pois isto significaria concordar que estas atitudes se alastrem. Por esta razão solicitamos o apoio da sociedade conquistense para o Ato Público contra a homofobia e racismo, numa demonstração da luta contra todas as formas de discriminação que tem imperado na sociedade e especialmente no campus do IFBA Vitória da Conquista.
À guisa de esclarecimento, selecionamos partes dos e-mails trocados no espaço do INTRAUNIDADE e que representam de forma exemplar o tipo de postura que queremos combater.
Atenciosamente,
                                    
Família IFBA
mferreira@ifba.edu.br
Tel.: (77) 9999 6809 / 8843 8667 / 9196 6787

SERVIÇO:
O que é?      Ato Público contra racismo e homofobia.
Zumbi Vive, um manifesto a favor da diversidade da vida!
Onde?          IFBA – Campus Vitória da Conquista (antigo CEFET)

Quando?     Quinta-feira, dia 21 de junho, às 10h
A seguir uma síntese dos e-mail circulados no INTRAUNIDADE:
Prof. do IFBA:
“Fantástico o comentário do Dr. Ives. Alguma coisa é precisa fazer, enquanto é tempo, pois se um dia os brancos desse país tiverem essa mesma visão, a coisa vai feder! A demagogia dos políticos pode transformar isso aqui numa África do Sul”.
Dr. Ives Gandra da Silva Martins escreveu: Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados. Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria! Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos
”...
        

Prof. do IFBA:
“Se...   O rei do futebol é negro, o político mais poderoso do mundo é negro, o ator mais famoso do mundo é negro... vamos lutar pelas cotas dos italianosdescendentes e polacosdescendentes!!!”

Prof. do IFBA
“Tem outra questão que me intriga: a reparação que tanto é dita por quem defende as cotas. Confesso que até hoje eu não entendi direito que reparação é esta, pois (no meu entendimento) reparação se faz a pessoa que foi diretamente prejudicada -- todas as pessoas que foram escravas já faleceram! Teoricamente, não há a quem reparar.
Explico... Por exemplo, se uma pessoa foi acusada falsamente de homofobia ou racismo, isto é injúria e pode levar aquele que fez a acusação para o xilindró. Assim, o Estado pune o agressor e faz a reparação do dolo que foi feito à vítima. Agora, com relação às cotas, o Estado reparará a quem? Entenderam minha dúvida?”

Prof. do IFBA, repudiando os e-mail racistas:
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia (...)
Eu sou descendente de Zumbi
Sou bravo valente sou nobre
Os gritos aflitos do negro
Os gritos aflitos do pobre
Os gritos aflitos de todos (...)
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia (...)
LINHAGEM (Carlos Assumpção)

Prof. do IFBA:
“Pessoal, está no mercado esta nova droga chamada sais de banho, as pessoas ficam violentas e atacam as outras como se fossem "zumbis" canibais, chegando a comer a carne das vítimas atacadas. Já pensaram se chegar as escolas? Nós os professores termos que dar aulas em jaulas para não sermos atacados.”

Prof. do IFBA:
“Pessoal, ultimamente tenho estudado a vida deste homem fantástico que é Francisco de Paula Vítor. Um exemplo de tolerância amor e fraternidade. Eu daria minha vida toda para ter nascido filha deste homem nobre mesmo que fosse permitido um tempo muito curto. Sonho que um dia estudaremos esta história nas escolas com detalhes:
‘Ao saberem os colegas seminaristas que o negro era como eles, um estudante e candidato ao sacerdócio, ficaram atônitos, A sua admissão no Seminário causou desagrado aos estudantes orgulhosos, que se sentiram deprimidos por terem que conviver ao lado de um negro. E comentavam uns com os outros: Como é possível ser um padre, um ministro de Deus, um negro tão feio, um tipo tão hediondo? Foi necessária a intervenção do bispo de Mariana, D. Viçoso, para acalmar os ânimos dos exaltados seminaristas, dizendo a eles que aquele negro possuía ALMA ALVÍSSIMA”.

Prof. do IFBA encaminha texto de Rebouças:

Prof. do IFBA:
“Amados, polemizando um pouco mais, segue mais uma entrevista com Claudia Aparecida Alves sobre o assunto... O meu intuito é mostrar que existem diversos pontos de vista sobre o mesmo:

            “A corrente de pensamento do chamado determinismo biológico ou genético enxerga o comportamento homossexual como resultado de uma variação genética e, neste caso, seria uma doença ou “quase-doença”. Outra corrente analisa essa prática como resultado da educação ou do meio ambiente em que o indivíduo foi criado, sendo sua orientação sexual algo totalmente normal. Esta última é a defendida pelos gays, lésbicas e simpatizantes (GLS). Os estudiosos do assunto são unânimes em dizer que as causas desse comportamento ainda são desconhecidas da ciência. Nisto os cristãos estão à frente, pois sustentam a tese de que a prática homossexual é um ato de rebeldia contra os planos de Deus. (...) As relações extraconjugais, o sexo com animais, as orgias em grupo, a prática homossexual, a pedofilia... tudo isso são expressões de uma sociedade fascinada com o gozo transitório dos sentidos. (...) Na espécie humana, o ato sexual é fundamental para a procriação e continuação da espécie. Enquanto que a relação homossexual é estéril, ou seja, não segue o padrão natural de nascer, crescer, reproduzir e morrer. Talvez isso explique a homofobia (aversão à prática homossexual) de algumas espécies animais. Um exemplo curioso e o veado-de-rabo-branco, que chega a agredir os da sua espécie que apresentem comportamento homossexual”.

Prof. do IFBA:
“Amados colegas, para compartilhar mais um ponto de vista sobre o assunto, compartilho o artigo: Homossexualidade e saúde pública – Ocultamento dos fatos.

“Trabalhei como enfermeira durante vários anos na década de 1980 de 1990 no Centro Médico Universitário de Stanford, onde pude ver os danos que os homossexuais fazem a seus corpos com algumas de suas práticas sexuais”. Estou convicta, à luz de minha experiência clínica e como conseqüência de ter feito consideráveis estudos, que a homossexualidade nem é normal nem benigna. Mais ainda, é um vício letal de conduta. (...) Por isso, eu sei, não existe outro grupo de pessoas nos Estados Unidos que sofre mais de enfermidades infecciosas em seus quarenta e tantos anos que o dos que praticam a homossexualidade. Isso, para mim, é trágico quando sabemos que a homossexualidade pode ser prevenida em muitos casos, ou substancialmente curada na idade adulta quando existe suficiente motivação e ajuda”. (...) De acordo com a especialista, as enfermidades a que os homossexuais ativos são vulneráveis podem ser classificadas como segue: Enfermidades clássicas transmitidas sexualmente (sífilis); enfermidades entéricas (infecções de espécies Giardialamblia, — ‘enfermidade intestinal gay’; Hepatite A, B, C, D e citomegalovirus); traumas (que têm como conseqüência incontinência fecal, hemorróidas, fissura anal, edema penil e a síndrome de imunodeficiência adquirida AIDS).

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