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domingo, 24 de junho de 2012

E depois dizem que greve não serve pra nada....


Charge: presoporfora.blogspot.com

Otávio Lisboa Torres, militante da USP repassou esse histórico de todos as greves das universidades nos últimos 30 anos. É ótimo para debater com os estudantes que caíram naquela mentira de que greve não dá em nada.
Viva a greve das federais! Pelo fim do vestibular! Controle das universidades pelos estudantes e trabalhadores!
Reproduzimos o histórico das greves nas universidades brasileiras.
Reivindicações e Resultados
1980 1981 1982 1984 1985 1987 1989 1991 1993 1994 1995 1996 1998 2000 2001 2003 2005

Greve 1980
Duração: 26 dias (16/11 a 11/12/1980)
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 7 escolas
Reivindicações: Reposição salarial de 48% retroativa a mar./80, um novo plano de carreira, verbas para a educação até atingir a 12% do orçamento da União, reajuste salarial semestral, revogação imediata do D.L. n.6733/79.
Resultados: Em 11/12/80 foram publicados o D.L. n. 820 e o Decreto n. 85.487, estabelecendo um novo plano de carreira do magistério superior das Instituições Federais Autárquicas e o reenquadramento dos docentes.

Greve 1981
Duração: 20 dias, de 11/11 a 01/12/81
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 5 escolas
Reivindicações: reposição salarial de 45%, retroativa a mar./8l; reajuste semestral igual ao inpc, em set./8l; enquadramento dos professores colaboradores que haviam sido discriminados em 80; 12% do orçamento federal para a educação.
Resultados: Reposição salarial de 30% para os docentes das lES autárquicas, a partir de 01/1/82; reenquadramento dos colaboradores discriminados; fixação de um prazo de seis meses para discutir a reestruturação da universidade.

Greve 1982
Duração: 32 dias, de 18/11 a 20/12/82
IFES em greve: 18 universidades autárquicas e mais 3 escolas
Reivindicações: reposição salarial de 23,8% sobre o salário de maio/82; reajuste semestral igual ao INPC, em nov./82; aposentadoria integral; atribuição das vantagens dos estatutários aos regidos pela CLT, e vice-versa; correção de distorções no enquadramento na nova carreira docente; reestruturação da universidade com base na Proposta da ANDES.
Resultados: Recuo do governo na implantação, via decreto, do ensino pago nas universidades federais e da transformação das autarquias em fundações.

Greve 1984
Duração: 84 dias, de 15/05 a 07/08/84
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 8 escolas
Reivindicações: reposição de 64,8% sobre o salário de jan./84; reajuste semestral, em jul./84, com base no INPC e garantido por lei; 13º salário para os estatutários e quinquênio para os celetistas; piso salarial de três salários mínimos para os servidores técnico-administrativos; verbas para o pleno funcionamento das lES.
Resultados: A greve se encerrou sem nenhuma conquista. Mas em jan./85 os docentes das autarquias tiveram uma reposição salarial de 20%, interpretado como resultado da greve de 84.

Greve de 1985
Duração: 45 dias, de 10/08 a 23/09/85
IFES em greve: as 16 universidades fundações
Reivindicações: reposição salarial de 38,5%, reajuste salarial igual ao INPC do semestre, implantação de reajuste trimestral, adicional de 5% a cada quinquênio, adicional de DE não inferior a 50%, 5% de produtividade, aposentadoria integral, verbas para custeio e capital das lES fundacionais no montante de 954 bilhões de cruzeiros.
Resultados: O MEC comprometeu-se a elaborar um novo Plano de Cargos e Salários para as lES fundacionais, com isonomia salarial, a entrar em vigor em jan./86. (Com o novo plano de cargos e salários, algumas categorias de docentes em algumas fundações tiveram, em 86, ganho superior a 50%)
Para saber sobre as demais greves, consulte Coletivo Lênin

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