Encabeçada por movimentos e lideranças que lutam contra a
violência policial no Brasil, a campanha “Onde está o Amarildo?” tomou
conta das redes sociais brasileiras. A campanha questiona o paradeiro de
um morador da Favela Rocinha, no Rio de Janeiro – que foi visto pela última vez no dia 14 de julho sendo levado por policiais militares da Unidade de Polílica Pacificadora (UPP) instalada nesse bairro.
Amarildo Dias de Souza tem 47 anos e nasceu na comunidade da Rocinha,
conhecida como a maior favela do mundo. É pai de 6 filhos e divide com eles e sua mulher um barraco de apenas um cômodo sobrevivendo com apenas 300 reais por mês. Desde que foi sequestrado pela polícia militar do Rio naquele domingo à noite, sua família passa fome.
O blogueiro especializado em segurança, Jorge Antonio Barros, deu destaque à campanha lembrando que:
Como trata-se de um morador pobre de uma favela do Rio, esse caso tem tudo para cair no esquecimento. Felizmente a onda de protestos mantém a comunidade mobilizada.
E num outro post acrescentou:
O que é preciso de fato é que seja estabelecido o estado de direito democrático na favela pacificada. A polícia tem que agir por lá como age em áreas nobres da cidade, apesar de no Leblon ter sido um fiasco.
Perfis dos movimentos sociais que lutam contra a violência policial, como o das Mães de Maio e da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência,
mantiveram uma campanha constante, com uma boa repercussão, no
Facebook. Com imagens e frases diretas, e com manifestações de
solidariedade de várias cidades brasileiras, tiveram grande repercussão
durante os últimos dias.
Os moradores da Favela do Moinho, em São Paulo, que sofrem com as pressões da especulação imobiliária em São Paulo e organizaram um movimento de resistência, também demonstraram sua solidariedade.
No Facebook se espalharam traduções da frase “Onde Está Amarildo” em diversas línguas, buscando apoio e pressão internacional.
A solidariedade veio de vários lugares tais como Uruguai, Inglaterra, Palestina, EUA, França e Espanha. Um brasileiro que vive em Berlim criou um meme para divulgação da campanha no país.
Fonte: Global Voices
Fonte: Global Voices
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