foto: Uneb - Campus I |
13/03/2013 10:03
O Governo Jacques Wagner, de maneira
irresponsável, brinca com a educação do Estado. Na mesma semana em que os
principais jornais impressos estamparam manchetes em que o governador,
sorridente, comemora o aumento do PIB de 3,1% em 2012, contra apenas 0,8% do
resto do país, o Fórum dos Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba)
pleiteou, junto ao Ministério na Educação (MEC), em Brasília, recursos para
evitar que as universidades entrem em colapso financeiro. Até então, o PIB da
Bahia já se destacava como o maior de toda a região Nordeste.
No mesmo período, o site Bahia
Negócios, em 6 de março, publicou matéria em que mostra os reitores das Ueba
tentando buscar auxílio financeiro que chegariam a R$ 20 milhões, provenientes
do repasse retroativo da diferença de recursos do programa Sisu e de emendas
parlamentares que favorecem às universidades. A resposta do Governo Federal foi
amarga: ao invés dos recursos financeiros solicitados, os reitores obtiveram
apenas a promessa de que na eventual elaboração de projetos, que ainda, nem se
quer foram elaborados, as Ueba poderão receber auxílio financeiro no final de
2013.
De volta ao cenário estadual,
todas as evidências levam o Movimento Docente a acreditar que, ao contrário do
que afirmam os secretários de Jacques Wagner, não faltam recursos nos cofres do
Estado para a educação, o que falta é vontade politica e sensibilidade social.
As Ueba atravessam um momento
crítico de estrangulamento orçamentário. Já no segundo semestre no ano passado,
por possuir déficit no repasse orçamentário, as Universidades Estaduais foram
obrigadas a solicitar ao governo suplementação de verba para custeio e
investimento, e as antecipações das quotas (QCM) de novembro e dezembro. A
solicitação da Uneb, segundo a Administração Central, foi na ordem de R$ 14
milhões.
Conforme matéria publicada no
ADUNEB-Mail 458, dia a dia, o caos se instala na Uneb. A falta de
infraestrutura ocorre em vários Campi: carteiras quebradas, queda de energia
constante, falta de material didático, residência docente com energia cortada,
interrupção no serviço de limpeza dos Campi por falta de pagamento etc. E se
não bastasse a administração nociva do governador e sua equipe, a Uneb ainda
sofre por falta de pulso firme do Reitor Lourisvaldo Valentim. Como fiel
súdito, ele se esconde à sombra de seu chefe, Jacques Wagner, e não reivindica
os direitos da Universidade.
É hora de fazer o governo
Wagner se arrepender das agressões que tem imposto ao MD e a educação do
Estado. Chegou o momento de uma união, ainda maior, entre os professores. É
necessário levar o problema ao espaço público, mostrar à sociedade a ameaça de
falência das universidades estaduais e a precarização do trabalho docente.
Vamos à luta! Todos juntos pela educação em 21 de março, Dia de Luta Docente!
Fonte: ADUNEB
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