por Alexandre Aguiar
Chapada Diamantina – Bahia
A efervescência em torno da presença da jornalista cubana
Yoane Sánchez no Brasil, com posicionamentos pro e contra é que considero
expressão da democracia.
Se o Governo Cubano fosse tão reacionário assim, ela não
teria conseguido sair do país. Por outro lado, se uma abertura política em Cuba
não fosse tão necessária, as pessoas nem falariam do assunto.
Quando Ernesto Che Guevara e seus companheiros não
retornaram da Bolívia, isso sim foi violência às liberdades.
É muito bom saber que as pessoas estão recebendo essa
jornalista apenas com gestos, palavras e ações não violentas, pois 40 ou 50
anos atrás as pessoas que queriam debater as questões sociais e políticas dos
países da América Latina eram recebidas com metralhadoras em punho.
Carlos Marighella que foi um parlamentar brasileiro
constituinte de 1946 morreu em armas durante o Regime Ditatorial Brasileiro de
1964 e, tudo isso simplesmente por discordar. Por qual motivo não receberam Che
Guevara ou Marighella para uma palestra?
Aqueles que não consideram livre a comoção e a manifestação
pacifica com a presença da jornalista e dos que dela discordam é que estão
presos e alienados em suas consciências.
O fato primordial é que as dificuldades de CUBA chamam a
atenção do mundo e as pessoas se importam, o que já é um bom começo.
Tomara que sirva de aprendizado para que brasileiros
possamos nos importar com as nossas dificuldades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário