Segundo a pesquisa, um trabalhador negro com nível superior completo recebe na indústria da transformação, em média, R$ 17,39 por hora, enquanto um não negro chega a receber R$ 29,03 por hora
14/11/2013
Da Agência Brasil
Os negros representam 48,2% dos
trabalhadores nas regiões metropolitanas. Mas, mesmo assim, a média de seu
salário chega a ser 36,1% menor do que a de não negros. As diferenças salariais
recebem pouca influência da região analisada, das horas trabalhadas ou do
setor de atividade econômica, o que significa que os negros efetivamente
recebem menos do que os brancos. As informações são do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgadas
hoje (13).
A pesquisa, realizada entre
2011 e 2012 nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto
Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, além do Distrito Federal, aponta
desproporção também em relação à formação educacional.
Dos negros trabalhadores, 27,3%
não haviam concluído o ensino fundamental (que vai do 1º ao 9° ano) e apenas
11,8% conquistaram o diploma de ensino superior, ao passo que entre os não
negros em atividade 17,8% não terminaram o ensino fundamental e 23,4% formaram-se
em uma faculdade. E, segundo o Dieese, esse cenário se reflete nos ganhos
salariais.
Ainda de acordo com o Dieese,
um trabalhador negro com nível superior completo recebe na indústria da
transformação, em média, R$ 17,39 por hora, enquanto um não negro chega a
receber R$ 29,03 por hora. Isso pode ser explicado porque “o avanço escolar
beneficia a todos promovendo o aumento dos ganhos do trabalho, mas de maneira
mais expressiva para os não negros”.
Fonte: Brasil de
Fato
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