Professor Arandi Ginane Bezerra Jr., D. Sc.*
Li a interessante tese de
doutorado do ministro Aloizio Mercadante Oliva. Este trabalho acadêmico cujo
título é “As bases do novo desenvolvimentismo: análise do governo Lula” está
disponível na Biblioteca Digital da Unicamp1. Inicialmente, o motivo que me levou
à leitura foi uma curiosidade. Explico, sou físico de formação, também escrevi
uma tese de doutorado e, assim como o ministro Mercadante, sou professor e
funcionário público. As 537 páginas da tese do Dr. Mercadante chamaram minha
atenção e fiquei curioso por saber do que se tratava. Ao final da leitura,
acadêmico que sou, consultei o currículo Lattes do ministro 2. Queria saber
quantos artigos ele havia publicado, porquanto uma tese tão robusta – imaginei
– deveria conduzir a artigos interessantes. Confesso que fiquei decepcionado,
porque o Dr. Mercadante não publicou nenhum artigo referente à tese. De fato,
em seu currículo Lattes não consta a publicação de artigos em periódicos.
Desconfiei.
A desconfiança se deve a meu
apego a um princípio: teses de doutorado devem ser trabalhos inéditos e
relevantes, logo (se são inéditos e relevantes), deveria ser possível
publicá-las em revistas nas quais há o processo de revisão pelos pares. Mas,
deixemos, por enquanto, para lá as tecnicalidades e comentemos as fotografias.
Ao me deparar com a fotografia que o ministro colocou em seu currículo2,
surpreendi-me com o contraste entre sua expressão “hoje” e aquela que havia se
fixado em minha memória, referente ao “ontem”. Refiro-me a uma foto publicada
na revista Veja3, em julho de 1984. Seguem, abaixo, as fotos:
Mercadante “ontem” 3 Mercadante
“hoje” 2
Minha curiosidade se
transformou em cisma: o sorriso de “hoje” está em total descompasso com a
expressão grave de “ontem”. Por quê? Sei que, muitas vezes, precisamos dar
tempo ao tempo para que o raciocínio coordene as ideias, as impressões e as
sensações, por isso, decidi continuar a leitura da tese. Ao longo das horas,
fui me deparando com ideias interessantes, expressas pelo doutor Mercadante em
trechos que reproduzo aqui (incluindo a referência ao número da página):
“Evidentemente, a educação de
qualidade exige, acima de tudo, professores bem pagos, formados e motivados,
recursos pedagógicos adequados, instalações apropriadas...” (p.48).
“...a educação continua a ser
um dos principais gargalos do desenvolvimento nacional” (p.255).
“Apesar dos avanços observados
nas últimas décadas, a educação continua a ser reconhecidamente um dos mais
graves problemas do país, um sério gargalo para o desenvolvimento sustentado e
para a elevação dos padrões de vida e cidadania da população brasileira”
(p.265).
“Apesar da reação contrária de
alguns governadores, especialmente os da oposição, os salários na educação
continuam baixos, sobretudo na educação básica, embora todos concordem que não
haverá melhoria da educação com profissionais desvalorizados, mal pagos e mal
preparados para o exercício do magistério” (p.271).
“O pressuposto é o de que os
países que quiserem se destacar no longo prazo no cenário mundial terão de
desenvolver sociedades com educação de qualidade e economias que tenham
capacidade para gerar inovação científica e tecnológica. A simples eficiência
na produção de commodities não assegurará, por si mesma, um lugar de destaque
na globalização e na ordem mundial. Pelo menos não no longo prazo” (p.488).
“É claro que educação de
qualidade pressupõe fundamentalmente professores qualificados e valorizados,
escolas bem equipadas, envolvimento dos pais e das comunidades no ensino, etc”
(p 492).
“Temos, é claro, ilhas de
excelência, particularmente no ensino superior, mas a regra geral é a educação
ainda precária e de qualidade inferior” (p.492).
Ao concluir a leitura da tese
de doutorado, fui reler o texto que Mercadante, então professor da PUC-SP e
vice-presidente da Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior,
publicou na revista Veja, em 1984. Trata-se do artigo “A greve, o feijão e o
sonho”3, do qual reproduzo as seguintes passagens, também muito interessantes:
“Abalado por inúmeros
movimentos grevistas, o sistema educacional público brasileiro atravessa
atualmente um momento crítico que raras vezes em sua história se manifestou de
forma tão aguda... Antes de mais nada, a comunidade universitária engajou-se
nesse processo de luta para reivindicar seu feijão e defender seu sonho”.
“Não tivemos outra alternativa
a não ser desencadear uma greve. E, a se manterem as atuais posições do governo
– a ministra da Educação encerrou as negociações, traindo compromissos
anteriores assumidos com a ANDES – a greve atual continua e outras greves
inevitavelmente ocorrerão”.
Li e reli as passagens. Voltei
a prestar atenção nas fotos. O “processo interno”, mistura de pensamento com
intuição, prosseguiu. Se as fotos são sobremaneira diferentes – o contraste
entre sisudez preocupada em uma e sorriso esperto na outra – os discursos, por
sua vez, são achegados: a tese do doutor Mercadante parece coerente com o
artigo do professor e sindicalista Mercadante. Fico a pensar no tempo e nas
transformações – não exatamente a partir dos referenciais da Física, ciência da
minha formação, mas, talvez, da Filosofia. Na fotografia, há algo de morte; meu
olhar, contudo, busca uma transcendência. Assim, que seguirei nesta bricolagem,
pensamento solto e não linear.
Eis que fui ao Google e digitei
as palavras que me vieram à cabeça em fluxo contínuo: Mercadante tese doutorado
ministro sonho... Quase 500 mil páginas se ofereceram a mim. Sábado à tarde,
enveredei-me a ler um pouco mais. Descobri muitas coisas.
Por exemplo, descobri que,
quando candidato ao governo de São Paulo, em 2006, Mercadante declarou: “Eu
construí a minha vida na educação... fiz meu mestrado e doutorado na
Unicamp...”4. Opa! Alguma “dobra temporal” aqui. A tese de doutorado, ele
defendeu em 17 de dezembro de 2012. Logo, em 2006, não era doutor e o então
candidato Mercadante faltou com a verdade. Por quê? Minha curiosidade continua
viva.
Salto para uma notícia da Folha
de São Paulo (FSP), de 20105:
“O senador Aloizio Mercadante
(PT-SP), candidato derrotado ao governo de São Paulo, foi convidado na tarde
desta sexta-feira (3) pela presidente eleita, Dilma Rousseff, e vai assumir o
Ministério de Ciência e Tecnologia no futuro governo... Assim, Mercadante é o
primeiro dos candidatos do partido que não tiveram êxito nas urnas a ser
‘socorrido’ por Dilma. Em 2003, Lula assumiu seu primeiro mandato tendo no
primeiro escalão vários derrotados nas urnas, como o baiano Jaques Wagner e o
gaúcho Tarso Genro” (FSP, 03/12/2010).
O candidato Mercadante foi
“socorrido” pela presidenta Dilma no mesmo mês em que defendeu sua tese de
doutorado. No mês seguinte, o doutor Mercadante
assumiu o ministério da Ciência
e Tecnologia, com um discurso também interessante6:
“O mundo da ciência e da
tecnologia é estratégico para que possamos crescer com qualidade, gerando maior
valor agregado aos nossos produtos e serviços, e em consequência, a
competitividade global da economia, e acentuando o atual processo de inclusão
social”.
Em trecho da matéria que consta
no sítio da FINEP6, encontra-se outra informação que considero relevante para
este processo de elaboração em que me encontro imerso:
“Recentemente, voltou à
academia para defender sua tese de doutorado na Unicamp. ‘Costumava dizer que
‘estava’ senador, mas que era, na realidade, economista e professor. Agora,
‘estarei’ ministro, sendo com muita honra e acima de tudo, um educador e um
economista”.
Os trechos “estarei ministro” e
“sendo com muita honra e acima de tudo, um educador e um economista” reverberam
em minha cabeça. Na sequência, entendi que o primeiro se referia, provavelmente,
ao fato de que haveria uma troca de ministério (“estava” em um ministério,
depois em outro “estaria”). Ora, em 24 de janeiro de 2012, Mercadante mudava de
pasta, continuava ministro. O agora ministro da educação manteve seu discurso
firme, talvez porque se considere “acima de tudo, economista e professor”7:
“Essa é a minha verdadeira
identidade. Todos os cargos que ocupei, tudo o que fiz, fiz com base nessa
profunda e definitiva identidade”.7
A identidade profunda,
aprendemos com a psicologia, é algo que está sempre em outro lugar,
definitivamente. Mas como encontrá-la? Como é que alguém, afinal, estabelece
uma identidade? Nossa identidade se mistura com o mundo, o mundo se mistura com
nossa identidade. Queria entender e parece que estou me complicando... O
ministro, por sua vez, parece que se encontrou e que encontrou seu lugar.
Talvez, por isso, o sorriso. Volto a me ater às fotos e percebo que naquelas
das cerimônias de posse (de ambos os ministérios) há o mesmo sorriso que me
havia chamado a atenção na foto do currículo Lattes. Será que encontrei o fio
da meada?
Ora, pois, no discurso da nova
posse8, o ministro me deu mais uma pista:
“Lá em casa respiramos educação
e, no trabalho, já respiramos muito pó de giz.
Essa longa trajetória na
pesquisa e no magistério me preparou para todos os desafios que enfrentei na
minha vida pública.”
Seria, talvez, alguma alergia a
pó de giz mais uma razão para o ar preocupado na foto de 1984? Ou será que a
“longa trajetória na pesquisa” teria cansado o professor? A propósito, neste
ponto, devo insistir que, de acordo com os critérios produtivistas de avaliação
apregoados pelo ministro Mercadante, o professor Mercadante está em maus
lençóis, isto porque nunca publicou um artigo, um artiguinho sequer em revista
“indexada”. Seria por isso também a preocupação estampada na fotografia?
Mas deixemos este “papo Qualis”
para lá e examinemos outra frase presente no desfecho do discurso de posse do
ministro da Educação8:
“Não podemos esperar. O Brasil
já se tornou a sexta economia mundial, tirando o lugar que pertencia ao Reino
Unido. Porém, não melhoraremos de posição e não consolidaremos nosso
desenvolvimento se não ousarmos, se não inovarmos, se não pensarmos grande, se
não pensarmos o futuro a partir da educação.”
Neste ponto da minha reflexão,
sou tentado a escrever que, tanto a tese de doutorado quanto os discursos de
posse do ministro doutor Mercadante, constituem fonte fantástica de frases
excelentes a serem usadas em discursos e em textos referentes à importância da
educação, da pesquisa e da valorização do trabalho docente. Sinceramente,
recomendo a leitura. Quem fizer copy-paste dos textos elaborados pelo ministro
(por favor, não se esqueça de dar o devido crédito) vai ficar bem na fotografia,
com perdão pelo trocadilho.
Mas pergunto: o que dá
autoridade a um discurso? Onde a alma do discurso? Acredito que discurso não
tem nem uma, nem outra. Alma é gente que tem. E alma é passível de
qualificação. A propósito de alma e de discursos, é preciso registrar duas
declarações mais recentes do ministro Mercadante. A primeira delas, emitida
logo na sequência da deflagração da greve nacional dos professores federais,
iniciada em 17 de maio, e a segunda, 90 dias após o início da greve:
“Não vejo porque uma greve
neste momento, neste cenário em que o governo demonstra todo interesse em
cumprir o acordo e há tempo
para negociar” (ministro
Mercadante, declaração à imprensa9 em 23/05/2012).
"Não conheço nenhuma
proposta melhor para os professores, tanto do setor público quanto do
privado" (declaração à imprensa10 em 15/08/2012, sobre a proposta
apresentada, em 13/08, pelo governo aos professores).
A curiosidade que me moveu no
início, o contraste e o descompasso que percebi ao dirigir o olhar para as fotografias,
ganham, assim, outra dimensão, porque esbarram no insulto. Insulto porque
aquele Mercadante que escreveu o que escreveu e que disse o que disse, agora,
diz – e faz! – outra coisa. Minhas memórias remetem à semelhança com quem pediu
para esquecerem o que escreveu, senão, vejamos:
“Por isso, à frente do
Ministério da Educação continuarei a luta da minha juventude pela dignidade dos
professores. Esse é um compromisso de vida que assumo, agora, como compromisso
público!” (Aloizio Mercadante, discurso de posse no MEC8).
“Compromisso de vida” é
expressão impactante. Mas impacto maior foi aquele causado pelo simulacro de
acordo, assinado em 3 de agosto, entre o governo federal e uma entidade que
representa tão somente 3% da categoria dos professores. De fato, a maioria dos
professores recusou a proposta apresentada pelo governo e este,
arbitrariamente, encerrou as negociações. Isto faz eco com o texto de jornal
escrito em 1984 pelo professor Mercadante, denunciando que “a ministra da
Educação encerrou as negociações, traindo compromissos anteriores assumidos com
a ANDES”. Neste sentido, salta aos olhos o excelente futurólogo que era
Mercadante: “a greve atual continua e outras greves inevitavelmente ocorrerão”.
Onde a “luta da juventude”, onde a “dignidade”? Ele disse, mesmo, “compromisso
de vida”?
Talvez, o professor Mercadante,
desanimado de ser professor, tenha percebido o quanto a vida de político seria
melhor. E, talvez, o sorriso brote quando o ministro abre seu contracheque. Por
exemplo, no mês de julho, segundo dados do Portal da Transparência11, seu
salário líquido totalizou R$ 32.195,27. Motivo para sorrir.
Talvez, o sorriso também seja
porque o ministro Mercadante esteja feliz por contribuir para o “Fomento à
Pesquisa e ao Desenvolvimento de Conhecimentos Científicos”; informações do
Portal da Transparência12 revelam que o ministro recebeu, em 2011, R$ 14.109,00
da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); em 2012, sua atuação na área
continua13, pelo que percebeu o total de R$ 5.479,48.
Além disso, segundo o mesmo
portal14, o ministro também recebeu, entre fevereiro e abril de 2011, R$
9.000,00 “para pagamento de indenização moradia”. Talvez, a vida de ministro
seja um pouco melhor que a de professor. Seria por isso o sorriso?
Aqui das minhas bandas,
sinceramente, não ando satisfeito com a remuneração que recebo (de professor
federal em regime de dedicação exclusiva). Também não tem sido fácil conseguir
verbas para exercer meu trabalho. Por exemplo, receber diárias (para a passagem
e para o feijão), quando saio em viagens nacionais e internacionais, a fim de
participar de congressos, é dureza. Para mim e para outros milhares de
professores. Em outra nota, ainda segundo dados do Portal da Transparência15,
para o ministro Mercadante, em 2011, houve a liberação de R$31.297,54 em
diárias. É sabido que ministros viajam muito.
Estou quase escrevendo outra
tese – e dizem que texto longo ninguém lê. Pois, declaro que li os do ministro
(as 537 páginas da tese, o artigo de jornal e os discursos de posse). Aos que
acompanharam este meu tecido, é hora de apresentar alguma espécie de desfecho,
ou conclusão. É jogo duro a vida de acadêmico, mesmo quando tentamos nos
libertar, certas categorias nos tomam de assalto. É assim com a estrutura dos
textos. Por isso a demanda por concluir. Permitam-me, antes, afirmar que, mesmo
em greve, mesmo sentindo na carne o desprezo e o desrespeito que o governo,
vergonhosamente, insiste em propagar, ainda assim, o humor continua. O bom
humor. Penso, elaboro, fico preocupado e sinto raiva, às vezes, franzo a testa.
Mas o sorriso sempre vem ter aqui nesta face. Não é uma questão de “achismo”:
sou, sim, diferente daquele professor que, quando chegou a hora de ser mais,
perdeu-se.
Aí vai mais.
Li, reli, pensei, matutei, e
fiquei com pena do professor Mercadante – aquele preocupado da foto de 1984.
Acho que aquele professor, por conta da opressão e da injustiça, sofria. Aquele
professor, que ainda não era doutor, também por isso, provavelmente, ficava
preocupado. Aquele professor sonhava – e, sem medo – declarava o sonho,
primo-irmão da esperança. Aquele professor, sem ter vergonha, escrevia
“feijão”. Então, fiquei com pena daquele professor que, tornando-se político,
parece que se desfez, ou fez-se duplo, e escreveu uma tese de letra morta.
Escreveu muitas linhas bonitas, mas mortas.
Quanto ao ministro doutor,
emito aqui minha opinião: sua tese, pensando bem, é pouco mais que uma
propaganda de um governo (será que vai além disso?). As
passagens que destaquei e
copiei são interessantes, mas, eis que fico em dúvida: será que ultrapassam o
senso comum? Ah, e o ministro! Parece ser mais um “político” a corroborar a
impressão que – de novo – o senso comum atribui ao termo. E, agora, parece que
entendo as fotos. O ministro do futuro, “político de sucesso”, ri-se do
“professor sem sucesso”: sem sucesso acadêmico e sem sucesso político. É o
ministro que o homem se tornou que ressoa na própria alma. Sorri quem está
contente. Sorri quem se encontrou. Acho que entendi. Pessoalmente, acho que não
desejo sucesso ao ministro Mercadante. Ou melhor, acho que desejo outro tipo de
sucesso. O fato é que sinto saudades do professor Mercadante, que mal conheci.
O professor não teve sucesso (naquela foto, parece até que ele já sabia disso).
Ouvi dizer que o ministro Mercadante, o da pose, vai ter que comer muito feijão
para que os brasileiros voltem a acreditar quando ele falar de sonho.
Hoje, prefiro um ar preocupado,
porque ressoa com o tempo em que vivo: enquanto o ministro sorri na outra
fotografia, o(s) professor(es) carrega(m) o peso de uma greve. A partir de
agora, acho que vou contrair uma mania: tirar mais fotos e olhar para elas
a-ten-ta-men-te. A chateza desta coisa toda é que desconfiarei de mim quando
estiver sorrindo.
Curitiba,
19 de agosto de 2012.
*Departamento
Acadêmico de Física
Universidade
Tecnológica Federal do Paraná
Em
greve desde 17/05/2012.
Referências:
3revista
Veja, p. 114, 4 de julho, 1984, vide cópia em:
http://sesduft.com/2012/06/12/a-greve-o-feijao-e-o-sonho-de-mercadante-de-vice-presidente-do-andes-a-ministro-da-educacao/
5http://www1.folha.uol.com.br/poder/840654-mercadante-e-convidado-e-aceita-ciencia-e-tecnologia.shtml
11http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/Servidor-DetalhaRemuneracao.asp?Op=1&IdServidor=1699199&Ano=2012&Mes=6
Fonte: FocAia
Pensei que eu é que escrevia demais!!! Como escrever pouco quando há tanto a dizer?
ResponderExcluirEntre duas fotos e dois sorrisos de mais um que poderia fazer diferente e não o fez, e por isso agora está feliz.
Falta do que fazer dá nisso.
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