Mariana Branco
Da Agência Brasil, em Brasília
A presidente do Andes-SN
(Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior),
Marinalva de Oliveira, esteve nesta quinta-feira (23) no Ministério do
Planejamento para protocolar uma contraproposta dos professores à pasta, apesar
de o governo ter encerrado as negociações com a categoria no dia 3 de agosto,
quando assinou acordo com o Proifes (Sindicatos de Professores de Instituições
Federais de Ensino Superior). O Proifes representa a minoria dos docentes. As
entidades de classe da maioria, o Andes-SN e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), rejeitaram
a proposta governamental de reajuste de 20% a 45%.
PROFESSORES
EM GREVE
Sindicato pede a Dilma
reabertura imediata das negociações com professores federais em greve
De acordo com Marinalva de
Oliveira, na contraproposta, os docentes abrem mão de aumento e dão preferência
à reestruturação da carreira. O documento pede que, a cada degrau de
progressão, os professores tenham ajuste de 4% - anteriormente, o percentual
desejado era 5%. Segundo a presidenta do Andes-SN, a categoria também decidiu
acatar o piso de início de carreira proposto pelo governo, de R$ 2 mil.
"Antes, pleiteávamos R$ 2,5 mil, salário inicial considerado ideal pelo
Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos]".
Marinalva teve que entregar uma
cópia da contraproposta ao setor de protocolo da Secretaria de Relações do
Trabalho, já que nenhum representante do Ministério do Planejamento foi
designado para recebê-la. Segundo a presidenta do Andes-SN, o mesmo ocorreu no
Ministério da Educação. "Não conseguimos ser recebidos pelo ministro
[Aloízio Mercadante]", disse.
Segundo a assessoria de
comunicação do Planejamento, a negociação com os professores terminou e não
será retomada. O secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça,
está reunido com categorias em greve e passará o dia envolvido com negociações.
Ele recebeu a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) – cujos
representantes não deram entrevista após o encontro – e agora está reunido com
o comando nacional de greve da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Fonte: Uol
Educação, 23/08/201214h07.
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