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quinta-feira, 20 de junho de 2013

No novo que queremos

Juliana Brito 20/06/13

No novo que queremos não cabe o câncer do conservadorismos que criminaliza os movimentos sociais, persegue e pune os diferentes, decide sobre a sexualidade e o corpo de homens e mulheres, não cabe também pautas da idade média, o fundamentalismo religioso, a degradação ambiental, a violência contra a população da periferia e sobretudo contra os jovens negros. Não cabem golpes para trocar governantes, como se isso resolvesse o problema. 64 ainda está vivo em nossa memória, muitas cicatrizes ainda doem.
Por mais assustador que o novo seja ele é melhor que a inércia. Ele traz um germe imprevisível cujo DNA ainda não pode ser desvendado. Talvez ele possa romper com as antigas tutelas e formas tradicionais de lutas, talvez ele seja capaz de promover o encontro dos anseios do asfalto e do morro, talvez. Talvez ele possa acolher contribuições de antigos combatentes, ganhar experiência e massa crítica. Talvez ele invente formas novas de ser e estar nas ruas, nas escolas, no trabalho, no esporte, na igreja etc. Ou talvez ele seja apenas mais uma catarse e logo se diluirá, apenas uma folha amarelada na história.

O novo que queremos precisa ser melhor e gerar novas formas de convívio social, novas formas de experimentar a cidadania. Dá medo e esperança.

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