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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Piso Nacional dos professores pode ser rebaixado com o apoio da CUT e CNTE


Tese de rebaixamento foi defendida pelo dirigente nacional Heleno Araújo, no Congresso do Sinte-Pi

09-12-2012 11:05

Nos dias 05, 06 e 07 deste mês ocorreu o XII Congresso do Sinte-Pi, em Teresina. Durante os debates sobre financiamento da Educação, o dirigente nacional da CNTE e CUT, professor Heleno Araújo (foto, centro), defendeu de forma explícita o rebaixamento da correção do Piso Nacional do Magistério. Tal proposta foi aplaudida pela direção do sindicato e por centenas de delegados que participaram desse Evento sob as rígidas orientações da professora Odeni de Jesus (à esquerda na foto) e do prof. Manoel Rodrigues, ambos experientes quadros cutistas.

Entenda um pouco mais
Desde 2009, governadores e prefeitos lutam para modificar a forma de correção do Piso Nacional, que ainda é pelo custo-aluno, com previsão de 21% de reajuste para 2013. Esses gestores, todos aliados do governo federal, querem que o Piso seja corrigido de forma rebaixada apenas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor-INPC, em torno de 4% anuais. Agora recentemente, o STF negou mais uma vez esse tipo de política vinda de seis governadores, dentre os quais o do Piauí (Wilson Martins/PSB) e liderados por Tarso Genro/PT, Rio Grande do Sul.

A absurda proposta da CNTE e CUT
Embora com o apoio até do Supremo Tribunal Federal e com o enorme potencial de mobilização dos professores em todo o país, CNTE e CUT defendem uma espécie de "Plano B" de rebaixamento do Piso. A ideia é que, em vez dos 21% previstos para 2013, a correção se dê pelo INPC (os 4% anuais) acrescidos de apenas 50% da correção do custo-aluno já prevista para 2013. Ou seja, esquecem-se os 21% e defende-se aproximadamente 14,5%, que é a soma dos 4% com a metade de 21%, 10,5%. Um golpe, em nossa opinião.

Desculpas não colam, professores não podem aceitar
Não há justificativas reais para que se aceite tal rebaixamento, como a CUT e CNTE querem vender. O Brasil é hoje a sexta economia mundial, com um Orçamento previsto para 2013 na casa dos 2,14 trilhões de reais. O problema é que investe menos de 5% do seu PIB em Educação e continua a doar bilhões para a agiotagem da dívida pública. Para o próximo ano, Dilma já anunciou R$ 900 bi para esse fim. Ou seja, para a enorme área da Educação, menos de R$ 100 bi. Para meia dúzia de banqueiros, quase dez vezes mais.

Greve Nacional
A CNTE e a CUT deveriam era chamar uma greve nacional pela manutenção do Piso tal como foi aprovado em 2008. Apresentar "Plano B" de rebaixamento não passa de golpe e traição. Os professores não podem aceitar!
Imagem de alguns delegados e delegadas que apoiaram a direção do Sinte-PI e suas estranhas teses de rebaixamento das lutas da categoria.

3 comentários:

  1. Nossa muito bonito heim, se nem a classe da educação está nos apoiando a coisa tá feia. Será que estão recebendo alguma coisa por trás pra mudar de idéia, ano passado a cnte queria que o salário fosse pra mais de 1,700 e agora traindo a classe dos professores, deviam era tomar vergonha na cara!!!

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  2. Joselma Dias
    Estou decepcionada com a posição da cnte, professores não podemos aceitar tamanha traição. Merecemos um salário digno, será que o salário deste representantes destas frentes sindicais será corrigido assim?

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  3. Isso é uma vergonha! Como pode próprio sindicato que representa os professores defender o rebaixamento do salário do professor? Esse sindicato está do lado de quem afinal? Acho que está na hora de os professores de todo o Brasil tomar uma atitude e não aceitar mais que a CUT e CNTE os representem. Os professores precisam criar o seu próprio sindicato. Sindicato genuinamente de professores. Assim como os advogados, médicos e engenheiros têm sindicato próprio sem precisar da interferência da CUT ou da CNTE.Por que a CUT não faz parte do sindicato desses profissionais? Por isso eles são fortes e unidos quando desejam conquistar seus direitos. Está na hora de os professores do Brasil pensar nessa idéia. CUT não tem nada a ver com professor. Temos que criar o nosso próprio sindicato para fortalecer a nossa categoria.

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