No dia 17/03 de 2011 os professores aprovaram em Assembleia Geral uma paralisação de quatro dias por melhores condições de trabalho. Logo em seguida os estudantes aderiram à paralisação, também aprovada em assembléia geral, e deram corpo às manifestações. Logo após o quarto dia de paralisação, os docentes deliberaram mais uma semana de paralisação, uma vez que o governo não deu nenhuma resposta às reivindicações da campanha.
Nós estudantes, tivemos um papel fundamental nessa campanha. Trazendo um debate politizado e consciente dos direitos sociais, reivindicamos residência, restaurantes e creches universitários. Reivindicamos também o aumento do numero de bolsas trabalho, espaço de convivência estudantil, democratização dos espaços deliberativos, e prioritariamente, autonomia financeira.
Agora estamos em uma nova etapa de nossas mobilizações e, por consequência, da campanha SOSUESPI, os docentes aprovaram no dia 9 de maio, a Greve por tempo indeterminado. E, pela primeira vez na historia dessa universidade, e por que não dizer do Piauí, docentes de uma universidade pública param por falta de condições básicas de trabalho. E quando falamos em condições básicas, não falamos exclusivamente de papel, pincel ou tinta (que falta também), falamos principalmente da falta de estrutura física nos campus da capital e principalmente do interior, da falta de laboratórios e materiais laboratoriais, da falta de um acervo bibliográfico atualizado, da falta de quase 700 professores efetivos e 400 técnicos, da falta de políticas de permanência do estudante na universidade, como residência e restaurante (ja citados).
Os professores pararam suas atividades não para reivindicar exclusivamente reajuste salarial (que também é uma pauta da campanha, e uma pauta justa, visto que a data base é neste mês e ainda não foi informado nenhum reajuste) os professores pararam fundamentalmente porque a universidade não dispõe de recursos financeiros para se auto-gerir, ficando a mercê das migalhas disponibilizadas através de emendas parlamentares dos deputados federais e estaduais. A reivindicação é, portanto, por autonomia financeira e administrativa.
Dito isso,comunico a vocês, que em Assembléia Geral dos Estudantes da UESPI, nesta quarta-feira, 18, foi aprovada a GREVE GERAL DOS ESTUDANTES DA UESPI em apoio à greve dos professores e a campanha SOS UESPI. A decisão foi aprovada por unanimidade dos estudantes presentes, sendo que entre estes encontravam-se estudantes dos Campus de Picos e Parnaíba, interior do estado, e estudantes da FACIME, Torquato Neto e Clóvis Moura, campus da capital.
Abraços fraternos e saudações revolucionarias!Luan Matheus
Coordenação Geral do COMUNS - UESPI, 2011
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