Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Folha de S.Paulo divulga Greve das Universidades Estaduais Baianas

Folha.com 01/06/2011 - 17h24

Em greve, professores de estaduais da Bahia dormem na Assembleia

DE SÃO PAULO
Professores das universidades estaduais da Bahia, em greve há quase dois meses, dormiram na galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa na noite desta terça-feira (31).
A invasão do prédio do legislativo baiano, iniciada por volta das 11h de ontem, pretende pressionar o governo a negociar os pedidos dos docentes.
Pelo menos 60 mil alunos estão sem aulas devido à greve de cerca de 5.000 professores no Estado. Estão sem aulas a Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), a Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz), a Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e a Uneb (Universidade do Estado da Bahia).
Os professores pedem a retirada de uma cláusula do acordo salarial que congela os salários por quatro anos, além da revogação do decreto 12.583, de fevereiro de 2011, que prevê o contingenciamento de verbas das universidades.

Emiriene Costa-31.mai.11/Divulgação
Professores das universidades estaduais dormem na galeria de ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia
Professores das universidades estaduais dormem na galeria de ex-presidente da Assembleia Legislativa da BA
Segundo a Aduneb (Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia), o decreto elimina pontos fundamentais para o trabalho dos professores, como o regime de dedicação exclusiva e o afastamento para cursos de aperfeiçoamento --como doutorado e outros.
De acordo com os grevistas, o governo retirou as propostas apresentadas na mesa de negociação em reunião na Secretaria de Educação na sexta-feira (27). Por enquanto, o governo não apresentou novas propostas.
Para o coordenador do Fórum das Associações Docentes, Gean Santana, esta é uma tentativa de pressionar os professores a retomar as aulas. "Primeiro o governo suspende o pagamento dos nossos salários e agora retira as propostas da mesa de negociação. Não vamos nos intimidar, pois isso só aumenta a nossa indignação e capacidade de luta", disse.
OUTRO LADO
Em nota divulgada ontem, a Secretaria Estadual da Educação diz que espera que professores retornem ao trabalho imediatamente.
Uma decisão judicial considerou ilegal a greve dos professores da Uneb e determinou que eles retornassem ao trabalho sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5.000 pela associação dos docentes.
"O governo aguarda decisão para os demais processos judiciais impetrados para as greves nas outras universidades estaduais", afirmou a nota.
A secretaria afirma ainda que, diante da recusa do acordo proposto --incorporação de gratificações que representam reajuste salarial de 4% ao ano até 2014--, considera a proposta superada.
A Aduneb afirma que nenhuma notificação oficial chegou à diretoria da entidade sobre eventual decisão do Judiciário que seja contrária ao movimento grevista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário