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terça-feira, 14 de junho de 2011

Peleja entre o Cão Raivoso do PT(CR) e a Mula Paciente(MP) do Sindicalismo

CR
1. Vim do inferno pavoroso
Para o Brasil comandar,
Tenho chifres, tenho garras,
O poder é o meu lugar,
Não dispenso uma peleja,
Mula Douta não graceja,
Esta luta eu vou ganhar!
MP
2. Cala boca Cão raivoso,
Seu filhote de capeta;
Sou mais velha que você,
Uma Mula Douta e reta,
Volte em tempo para o inferno
Com seu louco desgoverno,
Seu lugar é na sarjeta!
CR
3. Meu lugar, minha querida,
É bem perto do poder,
Mula eu fui por algum dia,
Sei bem o que a faz sofrer,
Mas agora “eu tenho a força”,
Contra mim não lute ou torça,
Do contrário vai perder!
MP
4. Seu lugar Cão fedorento
É bem longe da Bahia,
Volte ao Rio de Janeiro
Pra beber dia após dia,
Enche o rabo de cachaça,
Vai dormir com a sua traça,
Sua derrota se anuncia!
CR
5. Deixa disso Mula Douta,
Tenho amigos entre vocês,
Já conheço este discurso,
Cada coisa de uma vez,
Na Bahia eu vou ficar
A vocês vou comandar
Com dureza e malvadez!
MP
6. Coitado do “Malvadeza”,
Meramente um aprendiz,
Se comparado a você
Cão raivoso e sem raiz
Que nasceu de um pobre ovo
Para retirar do povo
Tudo o que lhe faz feliz!
CR
7. Do povo só quero o voto,
De você somente apoio,
Seu estudo, seu trabalho,
(Do trigo retiro o joio),
Se você me incomodar,
Com sua greve sem lugar,
Eu lhe causo mazaroio!
MP
8. Esta fúria Cão maldito
Nos seus versos não me assusta;
Sou uma Mula de coragem,
Nossa luta é sempre justa,
Coisa certa e pouca rara,
Pra lhe dá um coice na cara,
Isso sim, nada me custa!
CR
9. De coice já calejei,
Desse mal não morro mais,
Há muito tempo convivo
Com diversos animais,
Fiz estágio precioso,
Meu mestre foi rigoroso
E aprendeu com Satanás!
MP
10. Seu mestre Cão sem vergonha
Foi o maldito Stalinismo,
Que lhe adestrou por completo
Em maldade e terrorismo;
Seu desejo é controlar,
(Deste Estado se apossar)
Com bravata e com cinismo!
CR
11. Mula Douta sem cabeça,
Sou mais forte que você,
Mais esperto e mais sabido,
Sou o Cão bravo do PT,
Esta disputa sem graça
Vou vencer pela trapaça
Você pode se render!
MP
12. Sai de mim filho de cobra,
Puxa saco sem vergonha,
Cão de chácara da elite,
Com sua morte a gente sonha;
Os seus dias estão contados
Somos mais organizados
Que seu bando de pamonha!
CR
13. Seu discurso causa riso,
Dentro da sociedade,
E ninguém quer mais saber
De greve pela cidade,
O que o povo agora quer
É carne, emprego e colher,
Eis a mais pura verdade!
MP
14. Cala boca seu nojento
E olha em volta deste Estado,
O caos reina em toda parte,
Quase tudo está parado;
A saúde, a educação,
A polícia e o cidadão,
Ninguém mais quer ser roubado!
CR
15. O que importa nisso tudo
É o poder da propaganda,
Sei vender melhor meu peixe
Deixo em dia minha quitanda;
Cante - “Agora tem, tem, tem” -,
Vem pra cá você também,
Mula Douta mirabanda!
MP
16. O que tem mais por aqui
É em toda parte miséria;
Tem o crime organizado,
Hospital com bactéria,
Tem escola sem merenda,
Gente sem trabalho ou renda,
Seu discurso é uma pilhéria!
CR
17. Dou ao povo o que ele quer,
Bolsa família e mentira,
Abraço nas eleições,
A pobreza é o que me inspira,
“Todos pela educação”,
Deixo o povo na ilusão,
E o seu voto a gente tira!
MP
18. Cão raivoso seu maldito
Esta prática é cruel,
Quem engana um povo assim
Não demora e vira réu,
Pois o tribunal da história
Julgará sua trajetória,
Seu triste e tosco papel!
CR
19. Não quero glória futura
Quero sim meu bolso cheio,
Enquanto você faz greve,
Ao Estado eu surrupeio,
Desmantelo o sindicato,
A justiça eu desacato,
Sei como armar tiroteio!
MP
20. Este seu discurso falso,
Para o povo analfabeto,
Pode até fazer sucesso,
Pode parecer correto,
Mas não esqueça seu bandido,
Na Bahia o corrompido
Fica sem carinho e afeto!
CR
21. Fica quieta Mula Douta,
Volta logo ao seu quintal,
Vai cuidar do sindicato,
Comer grama no curral,
Sou mais forte que você
Ocupo agora o poder
- Nada disso é pessoal!
MP
22. Da sua boca sai nojeira,
Dos seus olhos sai fumaça,
Você cheira a enxofre e merda,
Pensa apenas em cachaça,
Quando fala solta fogo
No final venço este jogo
E lhe amasso feito traça!
CR
23. Você só me faz sorrir
Com seu discurso vazio,
Quanto mais você relincha,
Mais eu canto e assovio,
Dou risada no banheiro,
Deixo preso o seu dinheiro;
Seu salário eu extravio!
MP
24. Não temo suas ameaças
Seu filhote de serpente,
Pode prender meu dinheiro,
Use deste expediente,
Mostre as garras sem ter medo
Revele (enfim) seu segredo;
Seu ditador imponente!


CR
25. Desse jeito Mula Douta
Vou ter mesmo que apelar,
Seus direitos garantidos
Bem depressa vou tirar,
Por decreto ou por vontade,
Sem demonstrar piedade
Não vou mais negociar!
 
 
Fim do primeiro ato...continua...em breve o próximo capítulo... 
Lourival P. Piligra Júnior
Professor Assistente DFCH-UESC 
Poeta 
 

2 comentários:

  1. Piligra, meu amigo, isso só poderia ter sido escrito por vc.Vc é mesmo um poeta versátil, do soneto ao cordel satírico. Uma fina, lúcida e, ao mesmo tempo, bem humorada visão do momento político atual, que ficará para o futuro! abraços (Marcos Aurélio Souza)

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  2. Amei!com certeza critividade é o q ñ ti falta...

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