OS CARAS DE PAU

Governo vai aos meios de comunicação espalhar mentiras. Alguma novidade?
Mais uma vez o governo desloca o debate do campo da política para o mundo da fantasia. No mundo  mágico dos Srs.parlamentares, a educação na Bahia parece estar a mil maravilhas. O Sr. secretário de educação, Osvaldo Barreto, montou seu picadeiro no jornal Bahia Meio Dia para dizer que o salário dos professores das universidades estaduais é maior que o dos docentes das federais (Mesmo tendo o maior PIB do Nordeste, os salários dos professores da Bahia só não são piores que o do Maranhão!).
Disse ainda que o tal decreto 12.583/11 em nada afeta as universidades, fazendo crer que todo o movimento grevista é uma grande farsa. Bem, é realmente uma pena que nem tudo neste mundo seja fantasia, caso contrário, poderíamos contar com o detector de mentiras do Pinóquio em pleno horário comercial.
Contar mentiras se tornou a especialidade deste governo, que tanto investe em publicidade para
mostrar uma Bahia que só é vista nos comerciais (Assista no YouTube: “Quero morar na propaganda
do governo da Bahia), bem diferente do dia-a-dia da população que, infelizmente, vive no mundo real. É espantoso o esforço que o PT faz para negar sua continuidade com as velhas práticas carlistas.
A greve dos professores e dos estudantes da UESB já dura quase dois meses e até o momento o governo não demonstrou qualquer disposição em atender as reivindicações do movimento. Na verdade, o que o Estado fez foi cortar os salários dos professores, comprometendo as condições de vida das suas famílias. Para completar, o governo se retirou da mesa de negociações numa tentativa autoritária de acabar com a disposição de luta dos grevistas. A greve – que atinge também os professores da UEFS, UNEB e UESC, e os estudantes desta última – foi a forma mais legítima encontrada pela comunidade universitária para protestar
contra o descaso que os sucessivos governos dos mais variados partidos têm tratado a educação pública na Bahia.
As universidades estaduais vivenciam um processo crescente de deterioração das condições mínimas de realização das suas atividades acadêmicas. Enquanto na propaganda do governo, o que se vê é a ampliação de cursos superiores e do aumento de alunos matriculados em busca de uma formação profissional capaz de resolver todos os seus problemas. Na prática, o que presenciamos é a falta de salas de aula, livros, espaço físico e professores para os estudantes realizarem os seus cursos, e quando saem, nem sempre encontram emprego. É preciso lembrar que os estudantes também estão em greve, ao contrário do que certos canais de comunicação fizeram parecer ao mostrar o quanto a greve prejudica a vida acadêmica dos discentes. Isso, porém, é outra mentira, pois as atividades acadêmicas são prejudicadas diariamente por conta dos baixos recursos destinados à educação.
Como se isso não bastasse, o governo decretou que os serviços públicos – entre eles, a educação – terão seus recursos ainda mais reduzidos, o que significa aprofundar a precariedade desses serviços para a população. O papel do Estado é canalizar recursos para projetos que atendem aos interesses do patrão e do
grande capital. Somente unidos os trabalhadores podem derrotar um dos seus maiores inimigos: o Estado, pois, o governo é como feijão duro, só se cozinha na pressão. Entre nessa luta!
Professores e estudantes da UESB continuam em greve em defesa de condições dignas de trabalho e de estudo!!!
Comissão de Mobilização do Movimento Grevista da UESB – 02/06/2011